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segunda-feira, 30 de julho de 2018

Um passeio até às minhas memórias: Os Maias

A última não-notícia deste nosso rectângulo à beira-mar plantado deveu-se à obra Os Maias, de Eça de Queiroz. A verdade é que li o livro e não me caiu nenhum membro vital do corpo.

Todo este sururu fez-me lembrar a altura em que li Os Maias.

Terminado o 11.º ano, a professora de Português alertou a turma que, no ano seguinte, um dos livros de leitura obrigatória seriam Os Maias. Lembro-me que tinha a obra em casa fazia um montão de tempo, graças à furiosa leitora caseira que dava pelo nome de Maria da Conceição - a senhora minha mãe, portanto. Além de Os Maias, tinham mais uma "porradona" de livro de Eça nas prateleira de casa.

Esse ano, tinha começado mal. Uma das minhas melhores amigas tinha morrido em janeiro. Uma familar, adolescente também, tinha morrido em abril. E eu tinha pedido à minha mãe para interceder por mim no local onde ela trabalhava para me arranjarem um lugarzinho. Tinha 17 anos.

Fui trabalhar então. Terminados os exames nacionais, apanhava o autocarro e lá ia; esta situação de "trabalhadora estudante" não ultrapassou a semana, semana e meia, sensivelmente. No mês de junho, chovia bastante, recordo-me, e no trabalho - no bar de uma colónia de férias - ainda só havia aposentados, porque o pessoal ativo esperava que o tempo escolar terminasse, obviamente.

Foi nesse mês de junho que li Os Maias (um dos meus colegas andava a ler A Náusea, de Sartre, só porque sim...). Os meses seguintes foram muito mais ocupados, mas lembro-me perfeitamente de chegar a setembro e sentir-me satisfeita por levar um ligeiro avanço.

(nessa altura, fiquei amiga de um rapaz chamado Carlos Eduardo... o que tornava tudo ainda mais engraçado)

Meses mais tarde, aproveitei para ler O Crime do Padre Amaro. Afinal de contas, vivia em Leiria, local onde se passava a ação. E sentia-me, genuinamente feliz por pisar as pedras que... quem sabe... um dia... Eça teria também pisado. Talvez não! Mas gostava de pensar que sim.

Há uns dias, pouco antes de estalar esta não-polémica, descarreguei para o Kindle todas as obras de Eça de Queiroz. Tudo. À distância de um clique... literalmente. Que poderei ler quando me aprouver.

sábado, 28 de julho de 2018

LIdo: O Evangelho Segundo Lázaro, de Richard Zimler

Zimler não sabe escrever mal. É um facto. O Evangelho Segundo Lázaro é o terceiro livro de Zimler que leio este ano, e mais uma vez, termino-o fascinada.

O Evangelho Segundo Lázaro vem preencher um lapso daquilo que sabemos da história de Jesus. Jesus ressuscitou, a determinada altura da sua vida, o seu amigo Lázaro, irmão de Maria e Marta. O livro vem revelar-nos a natureza da amizade de ambos, da perspetiva de Lázaro.

Lázaro, viúvo e pai de duas crianças, morre. Mas Jesus (Yeshua, escrito no seu original) vem e volta a trazê-lo à vida. Depois de um recomeço algo confuso, Lázaro vê-se envolvido numa conspiração, promovida por Anás e Caifás, para a morte de Yeshua. Correndo perigo de vida, Lázaro nunca desiste do amigo que lhe deu uma segunda oportunidade.

A dor da perda de Yeshua, e, depois de uma das irmãs, faz Lázaro pegar nos filhos e recomeçar longe. Já mais velho, escreve uma longa missiva a um dos netos onde descreve tudo aquilo que lemos... o livro é a carta de Lázaro a Yaphiel, o seu neto adolescente, filho de Llana (filha adotiva de Lázaro).

Acho que já destaquei a forma magistral como Zimler se documenta. É fácil, mais para uns do que para outros, ler e informar-se. Mas Zimler lê e apreende, informa-se e informa-nos, ensina e aprende e faz parecer fácil escrever um livro onde Jesus é apenas um co-protagonista, e apesar de todo o enredo depender dele.

O Evangelho Segundo Lázaro é um excelente livro. Há muitos nomes, muitas referências - e ajuda bastante o livro, no final, possuir um glossário com expressões e palavras da época para o leitor se orientar... aconselho a todos, independentemente do credo ou religião. É ler... ler de coração aberto!

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Constatação de um facto

Tenho 67 livros no Kindle. Mais 22 descarregados no portátil. Mais umas dezenas por ler, em papel, espalhados por toda a casa. Quando voltar a proferir as frases "tenho de comprar um livro" ou "não tenho nada de jeito para ler" ou "comprei porque precisava de ter este livro"... internem-me. A sério. É um favor que me fazem...

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Um passeio até às minhas memórias: desisti do 1.º livro

Na semana passada, além da Alice Vieira, falei também da Biblioteca Itinerante da Gulbenkian. Num belo dia, talvez quisesse ler algo diferente escolhi A Ilha do Tesouro, de Robert Louis Stevenson. Não sei o que me passou pela cabeça, mas devo ter achado que praia e piratas seria uma combinação vencedora.

Spoiler alert: não foi! E A Ilha do Tesouro tornou-se, oficialmente, no 1.º livro que não terminei. Não guardo grandes memórias deste meu rotundo falhanço para com John Long Silver e Capitão Flint, entre outros estimadíssimos personagens. Lembro-me, claramente, do momento em que o fechei e pensei que aquilo não era para mim.

Estava na Colónia de Férias da PSP, na Praia da Vieira. Já tinha começado a lê-lo na casa que havíamos arrendado para as férias, já tinha feito um forcing na praia e junto ao posto de trabalho da minha mãe, por ser mais sossegado... andei quase uma semana neste toca-e-foge com o livro até que fui vencida pelo cansaço: a Ilha do Tesouro era demasiada areia para a minha pequena praia.

Confesso que, até hoje, nunca o li. Acho que o esforço sobre-humano que fiz para o ler me deixou trauma. Até acho graça à temática dos piratas, juro. E vi o "Velas Negras" que recuperou os personagens e que funciona, segundo me parece, como uma prequela do livro, mas... ainda não fui capaz.

E há muito poucos livros que me fizeram desistir deles. A Ilha do Tesouro foi o primeiro! E é que nem me lembro sequer da capa... crianças, não façam como eu. Eu compensei com outros livros, portanto, não digam "ahh ela não leu, por isso não vou ler!". O livro está no Plano Nacional de Leitura, portanto, façam o favor e instruam-se.


sexta-feira, 20 de julho de 2018

Lido: O Ministério da Felicidade Suprema, de Arundhati Roy

Este espacinho, às vezes, fica dias sem uma palavra; estranho, num blogue que tem nos livros... nas palavras... a sua essência! Estamos em julho, e, em julho, estou mais cansada de um ano anormal. Houve umas semanas muito ativas, muito pródigas em textos dia sim-dia sim... mas agora sinto, no corpo, o cansaço acumulado...

Terminei ontem - já era hoje, na verdade - O Ministério da Felicidade Suprema, de Arundhati Roy, o 2.º romance (em 20 anos) desta autora, depois de O Deus das Pequenas Coisas.

Ao contrário de O Deus das Pequenas Coisas, este novo livro é mais retorcido. Tem muitas idas e vindas ao passado de muitas personagens que nem se chegam a cruzar. A protagonista primeira de O Ministério da Felicidade Suprema é Anjum, uma Hijra (um terceiro género no Paquistão, Bangladesh e Índia) que, no momento da ação, vive num cemitério. Havemos de conhecer várias pessoas ligadas a ela: Saddam, Zainab, outras Hijras, outros miseráveis de um território devastado pelas sucessivas guerras indo-paquistanesas.

Apesar da escrita doce e de artifícios de beleza usados por Roy, O Ministério da Felicidade Suprema é um livro muito cruel. Retrata uma sociedade que não se vê nos panfletos turísticos, uma sociedade dos despojados, dos pobres, dos exilados, das vítimas...

Nenhuma personagem é, essencialmente, feliz. Todas têm cicatrizes profundas, e acho que é nisso que reside a essência do livro: apesar de tudo, todas têm momentos felizes e nunca se sentiram tão bem como então. Quando Anjum encontra Zainab pela primeira vez, quando Saddam encontra em Anjum a figura maternal que não teve, o casamento de Zainab e Saddam, quando Tilo e Musa se reencontram depois de muitos desencontros, quando a Menina Jebeen é acolhida... até que no fim, suspiramos de alívio.

Não esperem facilidades a ler O Ministério da Felicidade Suprema. Não é simples, não é linear e não pode ser, de todo, encarado como um romance "comum". Não sei se este livro vai ficar no meu coração como O Deus das Pequenas Coisas, mas é um livro especial.

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Um passeio até às minhas memórias: Alice Vieira

Alice Vieira, para mim, é sinónimo de férias de Verão e de Biblioteca Itinerante da Gulbenkian. É tão engraçado conseguirmos associar livros a épocas felizes da nossa vida…

A minha mãe trabalhava durante o Verão, e trabalhava na Praia da Vieira, portanto, invariavelmente, as minhas férias de Verão, enquanto criança, pré-adolescente e adolescente eram na Praia da Vieira. Durante alguns anos, a Biblioteca Itinerante da Gulbenkian pousava por lá e a minha mãe, em dois Verões seguidos, inscreveu-me como leitora temporária (o cartão ainda deve andar perdido algures numa qualquer gaveta).

E li muito de Alice Vieira. Lembro-me de andar com o Rosa, Minha Irmã Rosa para trás e para a frente. Os Olhos de Ana Marta, o Lote 12 - 2.º Frente, Chocolate à Chuva, Úrsula, a Maior… juraria sobre todas as coisas que também li A Lua não está à venda e Águas de Verão, mas não tenho memória nenhuma das histórias.

Para mim, Alice Vieira tem cheirinho a maresia pela manhã, sal nos lábios e areia entre os dedos… para mim, Alice Vieira tem um lugarzinho no coração, mesmo ao lado da Bolacha Americana e da bandeira amarela da Praia da Vieira.

Imagem retirada do site alfarrabista.com - é esta a capa que me lembro



terça-feira, 10 de julho de 2018

Novidade: Adeus. 23 Separações Funestas e Outros Acidentes Naturais, de Luís Rainha

Sinopse:
Adeus. 23 Separações Funestas e Outros Acidentes Naturais, de Luís Rainha, é feito de despedidas. De uma mulher que sem explicação é substituída na vida do homem que a ama(va) a fantasmas demasiado palpáveis, passando por prodígios, mortes reveladoras e violências escusadas. Nas livrarias desde 3 de julho.

Em registos que saltam do quotidiano para o fantástico, da comédia para o terror, assistimos à pequena tragédia de alguém que é «infiel pela primeira vez, por aselhice nobelizável, por cegueira desmedida, por distracção incomensurável». E encontramos um sitiado numa «casa já infestada de grandes animais malvestidos, a fervilhar raiva cega, urgência para vingar na minha sensível pessoa séculos de opressão».

Sobre o autor:
Luís Rainha nasceu em 1962, na Figueira da Foz, e irá morrer um destes dias, não sabe onde.
Estudou Engenharia, pintou, depois vendeu a alma à publicidade e ainda voltou à escola, para estudar
Sociologia. 
No entrementes, foi escrevendo, primeiro para BD, depois no mundo mais crescido dos livros só com letras, publicando também sob pseudónimos. Foi injustamente premiado com três filhos admiráveis e vive entre Lisboa e as Beiras, onde trabalhou pela conservação do lobo-ibérico.
Gasta horas com cada parágrafo que escreve, na ânsia de produzir, mais do que prosa, pequenos
mecanismos falantes que impressionem pela cristalização sem falhas; e que ainda contem histórias
merecedoras da atenção de terceiros. 
O seu livro de contos 18 Palavras Difíceis foi distinguido com uma menção honrosa no Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca.

Ficha do Livro:
Ficção / Contos
216 páginas
15x23 · 15,50 €

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Um passeio até às minhas memórias: Condessa de Ségur

Lembro-me claramente do dia em que a minha mãe apontou para um conjunto de livros e disse "eu li muitos destes livros quando tinha a tua idade". Teria à volta de 10 anos, e estávamos na festa de final de ano do jardim-de-infância que o meu irmão frequentava.

Os livros, com uma encadernação em capa mole, tinham quase todo o mesmo tom azul e branco, e fui logo conquistada pelas ilustrações das capas. Para escrever este texto, tive de procurar bastante para conseguir descobrir que eram da Editorial Pública. Ainda existem, em muito boas condições. E não, não me vou desfazer deles.

Estes livros foram relidos tantas vezes, que me surpreendo como é que estão em tão boas condições, sinceramente.

Com todo o respeito pelo trabalho da Patrícia Furtado que ilustra as novas edições, gosto muito mais do traçado mais adulto dos meus livrinhos da década de 90, literalmente do século passado. Acho que são muito mais fiéis ao tempo em que as ações se passam, mais elegantes e não são tão infantis quanto os atuais.

Não consigo destacar um livro. Tenho a sensação que houve livros que foram mais relidos que outros; se a memória não me trai, havia um ou outro título que me faziam sentir envergonhada pelas atitudes irrefletidas dos protagonistas, que, quase sempre, eram crianças.




sexta-feira, 6 de julho de 2018

Divulgação: Destino:o teu coração, de Katy Colins

Sinopse:
Era suposto que gerir O clube de viagem dos corações solitários fosse uma segunda oportunidade, a oportunidade que devolveria a vida a Georgia Green.
Ela pensava que se trataria apenas de uma questão de viajar, mas a realidade não era tão idílica, começar um novo negócio não era exatamente um caminho de rosas!
Então, quando Georgia se viu de repente a caminho da Índia por causa de um problema de trabalho, soube que algo tinha de mudar.
Onde estava a mulher que lutara com tanto afinco para reconstruir a sua vida? Talvez, na terra de Bollywood, das praias maravilhosas e do Taj Mahal, pudesse encontrar a chave para recuperar o ritmo… mas o que estava prestes a comprovar era que, na Índia, o país tinha as rédeas da situação, não o viajante. No entanto, Georgia não iria desanimar assim tão facilmente!

Sobre a autora: 
Katy Colins completou o seu primeiro romance A Dogs Tale quando tinha 11 anos, e que recebeu críticas entusiastas… do seu avô e do professor de inglês.
Este foi o encorajamento que ela precisava para continuar a escrever. 
Como jornalista qualificada com artigos publicados na Company Magazine e no The Daily Star, Katy Colins mudou para Relações Públicas, isto, antes de vender tudo o que possuía para partir sozinha, com uma mochila, para o Sudeste Asiático e finalmente passar os pensamentos para palavras, escrevendo à medida que viajava. Esta experiência inspirou o seu primeiro romance Destino: um novo começo o primeiro da série O clube de viagem dos corações solitários, que já foi publicado.
Quando não está a escrever sobre romances, viagens e aventuras, adora viajar, encontrar-se com a família e amigos e autoconvencer-se de que o seu vício pelo bolo de Mr. Kipling não está fora de controlo – ainda não.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Divulgação: Archote no Ouvido: História de uma Vida 1921-1931, de Elias Canetti

Sinopse:
«Era verdade que eu não queria aprender o que se passava no mundo. Tinha a impressão de que espreitar para dentro de qualquer coisa demasiado censurável me tornaria cúmplice dela. Eu não fazia tenção de aprender quando aprender significava trilhar o mesmo caminho.»

Neste volume da sua famosa autobiografia, tendo como pano de fundo a admiração pelo escritor vienense Karl Kraus, e a paixão por Veza, a sua primeira mulher, Elias Canetti transporta o leitor até aos politicamente agitados e culturalmente intensos anos 20 do século xx. Emergem à luz também personagens e recantos mais obscuros, sejam a sua bizarra senhoria, por exemplo, que percorria as divisões da casa lambendo a parte de trás de todas as fotografias emolduradas do seu falecido marido, ou o sanatório defronte de sua casa, cujos pacientes serviram de inspiração para personagens em Auto-de-Fé.

Num registo que tem tanto de pessoal, como de universal, Canetti traça o quadro de uma época onde sobressaem episódios históricos como o incêndio do Palácio de Justiça, em Viena, ponto de partida para a redação do fundamental ensaio Massa e Poder, ou o ambiente artístico de Berlim em 1928, onde o autor trava conhecimento direto com personalidades marcantes, como Brecht, Isaac Babel ou George Grosz.

O Archote no Ouvido, segundo volume da trilogia autobiográfica cuja publicação a Cavalo de Ferro iniciou com A Língua Resgatada, é uma oportunidade única de, na primeira pessoa, poder-se acompanhar um dos grandes autores do século XX numa viagem ao mundo e pelas pessoas que exerceram influência decisiva no seu percurso de escritor. Os primeiros capítulos encontram-se disponíveis para leitura em www.cavalodeferro.pt.

Sobre o autor:
Elias Canetti (Ruse, 1905 — Zurique, 1994), romancista, filósofo e ensaísta, e uma das figuras mais influentes do pensamento crítico do século XX, foi galardoado com o prémio Nobel de Literatura, em 1981. Proveniente de uma família de judeus sefarditas (a língua materna de Canetti foi o ladino), a sua juventude foi passada entre a Áustria, a Suíça e a Alemanha. Auto-de-Fé, o seu primeiro e único romance, data de 1935, e é destinado a inserir o seu nome na história da literatura, ao lado de figuras como as de Musil e de Broch. Em 1960 publica o ensaio Massa e Poder, estudo fundamental e indispensável sobre a sociedade humana ao qual dedicou três décadas da sua vida. Seguem-se, entre outras obras, o volume de ensaios A Consciência das Palavras (1975) e a trilogia autobiográfica cuja publicação a Cavalo de Ferro iniciou com A Língua Resgatada .

Ficha do Livro:
420 pp
23,99€

quarta-feira, 4 de julho de 2018

terça-feira, 3 de julho de 2018

Divulgação: Alice no país das sapatilhas, de Susana Tavares

Sinopse:
Alice, 15 anos, é a miúda mais popular do colégio. Namora com o Mister Giraço do 12º ano e o seu blogue, «Alice no País das Sapatilhas», soma visitantes e seguidores. Like, like, like! O seu sonho de vida é ser uma Fashion Blogger, sempre atenta às últimas tendências.

Mas, a um mês de fazer 16 anos, o feed da sua vida muda radicalmente quando os pais decidem ir viver para Rolhas, uma pequena e remota aldeia de Trás-os-Montes onde nem sequer há Internet. What? OMG! Vários emojis de espanto!

E agora? Será possível sobreviver à adolescência sem redes sociais? E como é que ela, habituada a viver permanentemente online, vai traçar o seu caminho offline? Longe da cidade, dos centros comerciais, das amigas e do namorado… São demasiados dramas para uma janela de chat só!

Alice no País das Sapatilhas - Tirem-me deste filme! é uma história divertida que acompanha as aventuras online e offline de uma adolescente dos dias de hoje, em que os dilemas próprios da idade passam pela existência (ou não) de Wi-Fi.

Lançamento a 5 de julho na Bertrand Amoreiras
Apresentação por Sara Rodi e Nuno Graciano

Sobre a autora:
Licenciada em Jornalismo, Susana Tavares encontrou na escrita a sua vocação e paixão. Trabalhou nas principais produtoras de ficção nacionais, onde lhe passaram pelas mãos centenas de guiões de telenovelas e séries juvenis de sucesso, como Floribella ou Rebelde Way. O seu primeiro filme, Beat Girl, conta a história de uma jovem pianista dividida entre a música clássica e a música eletrónica. E ela própria tem estado dividida, desde então, entre a escrita para televisão e a escrita literária. Com a mesma facilidade e entrega, escreve para gerar imagens audiovisuais ou para apelar à imaginação.
Depois do sucesso da série juvenil Massa Fresca, que escreveu em parceria com outros autores, foi também coautora da trilogia da série transformada em livro. Ultimamente, tem mergulhado no universo dos desenhos animados, como revisora de guiões traduzidos para o canal português do Cartoon Network. Acima de tudo, faz o que gosta.

Ficha do Livro:
Género: Juvenil
Nº de páginas: 224
À venda a partir de: 4 julho 2018
P.V.P.: 12,90€



Lançamento do livro O Pavão Yoyô e o Tigre Gagá Juntos Fazem Yoga

Lançamento do livro e oficina para os mais novos sobre o livro O Pavão Yoyô e o Tigre Gagá Juntos Fazem Yoga, de Sónia Gomes Costa (texto) e Patrícia Furtado (ilustração).

4 de julho, às 18h00, na Biblioteca Orlando Ribeiro, em Lisboa


Com o Pavão YoYô e o Tigre GaGá, vamos pôr em ação, de forma leve e divertida, o significado de Yoga.

Yoga é junção e, na nossa história, o mais importante é a união através do coração. Com esse pozinho mágico e sempre a rimar, vamos juntar animais, plantas e objetos na natureza para, a brincar, todos o Yoga poderem praticar.

Sobre autoria:
Sónia Gomes Costa é licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, e jornalista de profissão. Em 2009, decidiu aprofundar a prática do Yoga e da meditação Mindfulness, aprendendo com vários professores e participando em diversos retiros e formações em Portugal, Inglaterra e Indonésia.
Frequentou a União Budista, o Centro de Yoga de Benfica, a Confederação Portuguesa do Yoga e a Escola Yoga Family. Participou em formações práticas de Parentalidade Consciente, Sabedoria do Corpo e Inteligência Emocional no Centro Upaya, e formou-se em Necessidades Educativas Especiais pelo Centro Qualifica. Desde 2014 que se dedica também a facilitar a prática do Yoga e da meditação a crianças e adultos.
Criou a comunidade Om Magic com Arte&Coração, que une as suas valências na Escrita e na Música e com a qual potencia a expressão criativa de cada um através do Yoga, em escolas, creches, jardins-de-infância, rede de bibliotecas e centros de estudos, eventos e workshops.

Patrícia Furtado nasceu em 1977, o ano do Star Wars, em Lisboa, e cedo se assumiu como uma pequena «nerdette» com a mania que sabe tudo. Os livros e o desenho sempre foram os seus vícios e logo percebeu que se conseguisse fazer da bonecada o seu trabalho nunca teria de realmente trabalhar.
Licenciou-se em Design de Comunicação na Faculdade de Belas Artes e conseguiu arranjar o primeiro emprego num atelier de design em Lisboa. Em 2001, mudou-se para Londres, onde trabalhou como webdesigner freelancer para clientes como a PepsiCo e a Haagen Dazs. De volta a Lisboa, trabalhou no The Lisbon Studio, até se focar na ilustração editorial. Começou a trabalhar regularmente para jornais e revistas e a fazer capas para livros infantojuvenis. Publicou livros de receitas e ilustrou livros de Valter Hugo Mãe, Alice Vieira, Álvaro Magalhães, Nuno Markl, entre outros..

Ficha do Livro:
37 páginas l PVP c/ IVA 10,90€

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Divulgação: Mesmo antes da Felicidade, de Agnès Ledig

Sinopse:
Mesmo antes da Felicidade, de Agnès Ledig, conta a história de uma mãe solteira de 20 anos que trabalha como caixa num supermercado – Julie – e que faz tudo pelo filho, Lulu.

Um dia o destino de Julie cruza-se com o de Paul, um cliente sexagenário que se comove com a sua situação e lhe estende a mão. Aos seus olhos, Julie é uma mulher inteira, interessante, respeitável e respeitada. É este homem que, comovido com a sua história, a convida a ela e a Lulu para a sua casa de praia na Bretanha. Desconfiada de tanta generosidade, acaba por aceitar para que Lulu veja o mar e faça castelos de areia. Será que a felicidade encontrou finalmente o caminho da vida de Julie? Ou estará o destino apenas a preparar-se para lhe puxar o tapete – outra vez?

Mesmo antes da Felicidade, o segundo livro de Agnès Ledig, esteve dois anos no top dos livros mais vendidos e recebeu o prémio Maison de la Presse. Em menos de cinco anos, a autora tornou-se uma das romancistas francesas mais acarinhadas pelo público. 

Sobre a autora:
Agnès Ledig nasceu em 1972, em França. Começou a escrever em 2005, quando o seu filho Nathanaël ficou doente com leucemia. Todos os domingos, escrevia páginas e mais páginas de dúvidas, esperança, sorrisos, lágrimas, pequenas alegrias partilhadas e coragem.. a coragem de um menino de cinco anos. Quando o seu pequeno anjo partiu, Agnès Ledig cumpriu a promessa que lhe tinha feito: conseguiu reerguer-se, deu forma de letra ao que de mais fundo sentia no seu coração e nunca mais largou o seu novo grande amor – a escrita. Em menos de cinco anos, tornou-se uma das romancistas francesas mais acarinhadas pelo público. Os seus livros estão traduzidos em uma dúzia de línguas.

Ficha do Livro:
Ficção / Romance
296 páginas
15x23 · 15,99 €
Nas livrarias a 3 de Julho

Um passeio até às minhas memórias: Uma Aventura

Uma Aventura no Carnaval foi o 1.º livro de "crescidos" que me caiu nas mãos. Foi-me oferecido por ocasião de um aniversário, por um primo, e marcou o meu gosto pelos livros de mistério.


Lembro-me, claramente, que o despachei numa penada e que o reli e reli e reli, até que os meus pais me compraram outros da mesma coleção - talvez tenha sido o meu pai que, como ia diariamente para Leiria, tinha maior facilidade em comprar novos títulos. Crescer numa aldeia pequena tinha destas desvantagens: viver longe das livrarias e das novidades pulsantes da literatura juvenil.

Também lia muito de O Clube das Chaves e Triângulo Jota - quem ainda se lembra destas coleções??? - mas a coleção de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, com ilustrações de Arlindo Fagundes era, de longe a minha favorita. Tive a coleção toda até ao momento em que estes livros começaram a ser "pouco". Mais crescida, queria mais conteúdo, uma escrita mais adulta, algo mais que Uma Aventura já não me dava; em suma, estava a crescer.

Também passei pela série "Viagens no Tempo", das mesmas autoras que me dava aquele gostinho da História aliada à aventura e ao mistério.

Com satisfação, vejo que Uma Aventura continua a ser escrita e creio que já vai nos 60 títulos, ou coisa que o valha.

Obrigada, Ana Maria Magalhães! Obrigada, Isabel Alçada! Obrigada, Arlindo Fagundes!
Por me terem feito uma leitora, por terem definido o meu género literário preferido, por me terem levado a viajar pelos Açores, Escócia, Madeira, Algarve, Alentejo, Cabo Verde, França e por tantas outras cidades... sem sair do meu Picoto.

domingo, 1 de julho de 2018

Divulgação: O Pecado da Gueixa, de Susan Spann

Sinopse: 
Neste viciante thriller histórico, repleto de pormenores de época e da cultura japonesa, um missionário português enfrenta o código samurai para salvar a vida de uma mulher.

Quioto, 1564. O padre Mateus, um jesuíta português, está no Japão como missionário. Quando uma gueixa convertida ao cristianismo é acusada da morte de um samurai, o padre compromete-se a ajudá-la, arrastando o seu protetor, o mestre ninja Hiro Hattori, para a investigação. 
Segundo o código samurai, o filho tem o direito de matar o assassino do pai para repor a honra da família. E se o padre e o ninja não conseguirem provar a inocência da jovem em dois dias, também serão mortos.
Ao mergulhar nas perigosas águas do mundo noturno de Quioto, percebem que toda a gente –
desde a esquiva proprietária da casa de chá até ao desonrado irmão do morto – tem um motivo para querer manter a morte do samurai envolta em mistério. As pistas amontoam-se e apontam para demasiados suspeitos: da rara arma do crime utilizada preferencialmente por assassinas ninjas, a uma mulher samurai, passando por uma relação amorosa, um viajante incógnito e alguns negócios obscuros. E tudo parece piorar quando a investigação põe a descoberto uma hoste de segredos que ameaça não só a vida deles, mas também o futuro do Japão.

Sobre a autora: 
Susan Spann, advogada e antiga professora de Direito, estudou mandarim e japonês e é apaixonada pela cultura asiática. Os seus passatempos incluem cozinha oriental, esgrima, arremesso de facas e shurikens, arco tradicional, artes marciais, escalada e hipismo. O Pecado da Gueixa é o seu livro de estreia em Portugal.