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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Tahrir Os dias da Revolução

Relato em primeira mão da jornalista e escritora portuguesa, Alexandra Lucas Coelho da sua vivência no coração da revolução egípcia.

Autora de «Caderno Afegão» e «Viva México», vive actualmente no Rio de Janeiro como correspondente do jornal «Público».

A autora voa para o Cairo em plena revolução e vive na praça Tahrir a queda de um regime, juntamente com milhares de egípcios. Viveu e dormiu na praça vários dias recolhendo testemunhos e momentos dessa experiência histórica única, que é estar no centro da acção quando se reescreve mais um capítulo da História de um país.

Um texto singelo, mas detalhado e rico de emoções que transporta o leitor para um ambiente fervilhante, intenso e vibrante de um momento fundamental na História do século XXI.

Uma leitura que recomendo vivamente!

"O Clube de Fãs", de Irving Wallace

Um grupo de 4 homens, liderado por Adam Malone, decide raptar Sharon Fields, uma estrela de cinema em ascensão, conotada com o rótulo de "símbolo sexual" do momento.
A ideia é simples: apresentarem-se, conhecerem Sharon e convencê-la a fazer amor com cada um dos 4, por sua "livre e espontânea vontade".

A ideia é má é o primeiro pensamento que cada leitor tem de imediato. E é má, porque desde logo partem do pressuposto errado que efectivamente Sharon é tal e qual como as personagens que interpreta no grande ecrã. Adam Malone tem reunidas entrevistas em que é "assumido" que Sharon tem o sonho de ser possuída por homens simples e anónimos.

O auto-intitulado "Clube de Fãs" é composto por Shively, um mecânico, solteiro e com uma personalidade bastante violenta, Yost, um vendedor, antiga estrela do futebol universitário, casado e com dois filhos, Brunner, o mais velho do grupo é um contabilista apagado, casado desde sempre e mais reservado e o já referido Malone, escritor e funcionário de um supermercado para pagar as contas.

O plano, delineado ao pormenor, começa a dar errado logo no 2.º dia, quando Shively viola Sharon... que, a partir daí, começa a traçar o seu plano de fuga, socorrendo-se do seu talento na representação.

É um belo livro, com 700 e qualquer coisa páginas. Sem ser genial, lê-se bastante bem, especialmente porque queremos saber como Sharon se "safa". O que achei mais difícil de assimilar foram a meia-dúzia de páginas em que é descrita a 1.ª violação.

Segundo a Wikipédia, Irving Wallace escreveu cerca de 19 romances, sendo que "O Clube de Fãs" data de 1974. Mais aqui.

A edição que li já não tinha capa, por isso "saquei" deste mundo que é a Internet, uma página simplesmente indicativa. Imagem retirada daqui.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

As "chatices" das novas tecnologias

Achei muito curiosa esta notícia (retirada do site Dinheiro Vivo) sobre Salman Rushdie, autor do livro "Os filhos da meia-noite", que já foi abordado aqui.

"Salman Rushdie já pode chamar-se assim (outra vez) no Facebook

A vitória foi anunciada hoje pelo escritor indiano: "Já sou Salman Rushdie outra vez. Sinto-me muito melhor. Uma crise de identidade na minha idade não tem piada", brincou, referindo-se ao facto de a rede social não ter permitido o nome pelo qual é conhecido mundialmente, Salman Rushdie.

Tudo começou no fim-de-semana quando o escritor, confrontado com a imposição do Facebook para que usasse o nome do passaporte, Ahmed Rushdie. Simultaneamente, pediu-lhe prova da veracidade da sua identidade.

Salman Rushdie não gostou e começou a enviar mensagens para o Twitter - "Querido Facebook, forçar-me a mudar de Salman para Ahmed Rushdie é o mesmo que forçar J.Edgar Hoover a ser John Hoover", escreveu o escritor.

Noutra mensagem: "Onde estás escondido, Mark?, desafiando Mark Zuckerberg, presidente do Facebook, "Vem cá para fora e devolve-me o meu nome."

A mensagem espalhou-se, tal como a indignação, junto dos mais de 100 mil seguidores, e horas depois o Facebook estava a repor a página do escritor indiano, com o nome pelo qual é mundialmente conhecido."

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

«A viagem dos cem passos»

Richard C. Morais de nacionalidade americana, nasceu em Lisboa em 1960 e viveu parte da sua vida na Suiça, e dezassete anos em Londres, onde foi editor sénior da Ford regressa aos Estados Unidos em 2003. Este livro é o primeiro escrito pelo autor.
Original, com um enredo cativante a apaixonante, segue a ascensão de um jovem indiano nascido em Bombaim no mundo da culinária europeia.
A história revela a vida de Hassan Haji um jovem que nasce com um talento especial uma qualidade inata que o tornará num grande chef. No périplo da sua vida começa em Bombaim com a família, passa por Londres e termina finalmente em França, numa pequena localidade francesa chamada Lumière.
É em Lumière que a sua família inicia uma saga culinária sob a forma de um restaurante que irá colidir frontalmente com o tradicional restaurante francês, no outro lado da rua. Metaforicamente cem passos separam duas culturas, um abismo que criará situações de excepção até ao culminar de uma realidade que levará Hassan e percorrer esses mesmos cem passos, numa viagem sem retorno ao mundo da aprendizagem culinária e que o tornará num grande chef e proprietário de um reconhecido restaurante em Paris.
Emocional, colorido de mil sensações, odores e paladares com uma sensibilidade cuidada, é um livro que nos faz viajar muito mais do que cem passos num mundo maravilhoso.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O Quarto de Jack, de Emma Donoghue

E, em menos de 24 horas, literalmente devorei o livro "O Quarto de Jack", que queria ler há imenso tempo.
Esta obra é contada através dos olhos de Jack, um rapazinho de 5 anos para quem todo o Mundo é o Quarto que ele e a Mamã habitam.

Durante a narrativa - um nadinha semelhante ao que foi lido em "Visto do Céu" - ficamos a saber que a Mamã de Jack foi raptada por "Nick Mafarrico" quando tinha 19 anos e desde aí tem vivido sempre fechada, sempre sozinha, naquele espaço exíguo... até que nasceu Jack.

Com o nascimento de Jack, foi necessário criar divertimentos para educar o menino da melhor forma possível. Até que tudo muda... e Jack descobre que todo o Mundo tem mais do que 11 metros quadrados, uma Cama, um Tapete ou um Guarda-Fatos.