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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

A Jóia de Medina

Sherry Jones é jornalista profissional desde 1979 e é actualmente correspondente da agência noticiosa internacional Bureau of National Affairs, em Idaho.

Aprendeu árabe e estudou aprofundadamente a história do Islão para poder escrever este polémico romance sobre a vida de uma das mulhers de Maomé, A’isha bint Abi Bakr.

A publicação da obra foi complexa e de acordo com o escritor Salman Rushdie «Uma obra objecto de inaceitável censura».

A Joia de Medina é um romance histórico com um profundo e exaustivo trabalho de pesquisa que nos revela a vida e importância desta mulher, filha de um abastado mercador da Meca do século VII.

Na génese do nascimento da fé islâmica, a história de uma mulher ruiva de carácter indómito que casou com o Profeta com nove anos para partilhar a sua vida com as outras esposas-irmãs.

Uma mulher que será mais do companheira e acérrima defensora das palavras do marido, será uma conselheira indispensável.

É uma história de amor, de aprendizagem e tolerância que nos dá a conhecer a Medina do século VII e nos faz mergulhar nos conflitos emergentes do nascimento e ascensão da fé islâmica.
É uma visão empolgante e intimista da vida das mulheres através dos olhos da heroína A’isha, cujo nome significa «vida».


Um livro de inegável beleza cuja leitura aconselho a quem pretenda ter uma visão histórica, embora ficcionada nos diálogos,  mais abrangente e equilibrada sobre um tema tão pouco conhecido como o é a vida das mulheres do Profeta.

Os Vários Sabores da Vida

Anthony Capella é um escritor que nasce no Uganda em 1962 mas vive actualmente em Oxfordshire, em Inglaterra.

O livro «Os Vários Sabores da Vida», foi uma agradabilíssima descoberta e leitura que relata as aventuras de um homem, Robert Wallis na Londres dos finais do século XIX. 

O percurso de um boémio que passa a vida de forma indolente aspirando a escrever poesia, e que recebe uma proposta tentadora e enigmática de um mercador de café para elaborar «um vocabulário de cafés» que exprimisse e captasse a essência, os aromas e os sabores exóticos e perfumados.

A história desenvolve-se em torno deste curioso cargo que Robert assume na empresa do mercador, e onde conhece Emily, a filha do mercador. Mulher arrebatadora, impetuosa e indomável que se torna sufragista e que desperta a paixão de Robert.

A vida troca-lhes as voltas e Robert parte para a longínqua Abissínia, em África em busca do melhor café do mundo onde conhece Fikre a escrava de um poderoso negociante que lhe dá um grão de café muito especial...

O enredo envolvente e bem urdido transporta-nos a paragens distantes e exóticas de uma África que desperta os sentidos e para o Brasil morno e lânguido numa mescla de castas de café, odores perfumados e sabores inesquecíveis.

Uma narrativa rica em pormenores e detalhes que leva o leitor a sentir o aroma do café a cada página que folheia e a imaginar o ambiente de uma Londres do virar do século XIX e da abertura dos primeiros «cafés».




domingo, 13 de setembro de 2015

Assassin's Creed, de Oliver Bowden


Terminei ontem, o primeiro volume da saga Assassin's Creed, cujo protagonista é Ezio Auditore.

Não é um livrão que vá recordar para todo o sempre, mas entretém o suficiente. Além de que, e este recado é para quem seguiu a série televisiva Os Bórgãos, encontramos por lá muita gente conhecida. 

E para quem é fã da saga em videojogo, o livro segue o roteiro do jogo.  

Sinopse retirada do site Wook:
"Traído pelas famílias que governam Itália, um jovem embarca numa épica busca por vingança. Para acabar com a corrupção e restaurar a honra da sua família, ele terá que aprender a Arte do Assassino. Pelo caminho, Ezio terá que apelar à sabedoria de grandes mentes como Leonardo Da Vinci e Niccolo Machiavelli, sabendo que a sobrevivência está dependente da sua perícia. Para os seus aliados ele será uma força para trazer a mudança lutando pela liberdade e pela justiça. Para os seus inimigos ele será uma ameaça que procura destruir os tiranos que oprimem o povo de Itália. Assim começa uma história épica repleta de poder, vingança e conspiração."

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

O Confessor, de Daniel Silva

Em tempos, já tinha lido qualquer coisa de Daniel Silva (filho adoptivo de pais portugueses e neto de um açoriano que era pescador, este norte-americano de 55 anos, é considerado um digno sucessor de mestres do romance de espionagem ou de thriller político como Graham Greene e John Le Carré, Daniel Silva é um antigo jornalista da CNN - segun), mas para ser sincera já tinha sido há tanto tempo que não me lembro sequer do título do livro.

Mas lembrava-me do personagem Gabriel Allon. Lembrava-me que era um espião israelita e pouco mais.

Peguei n'O Confessor, e acabei por descobrir que este livro está incluído numa trilogia sobre o Holocausto que inclui Uma Morte em Viena e O Assassino Inglês.

O livro começa com a apresentação de Benjamin Stern, um professor que vive numa residência com estudantes, e que se dedica à escrita de um livro. Umas páginas à frente, Stern chega a casa e nota alguém a mexer nos seus apontamentos, e que acaba por o matar.

É aqui que entra Gabriel Allon. E, de repente, damos por nós a assistir a reuniões de uma organização secreta no Vaticano, a conspirações para assassinar o Papa, a revelações sobre o Papa Pio XII e sobre o papel que desempenhou durante o Holocausto, etc etc etc...

Daniel Silva escreve bem que se farta. O Confessor não é uma obra prima da Humanidade, mas lê-se muito bem, e é um bom exemplo de investigação e boa documentação (um pouco à semelhança de Dan Brown, na minha opinião...). Cumpre aquilo a que um bom livro se propõe: entreter e informar. Querem mais que isto? Eu não.