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sábado, 30 de abril de 2016

Desejo de Vingança, de Jussi Adler-Olsen

Mais um livro terminado. Mais um thriller nórdico. Mais uma prova de que os escritores escandinavos são deliciosamente doentes. Ou então sou eu que gosto de coisas que vão aos limites.

Quanto a este "Desejo de Vingança". Não é tão doentio, nem tão claustrofóbico quanto o antecessor, "A Mulher Enjaulada".

Continuamos a acompanhar Carl Mørck e o seu assistente, Assad, no Departamento Q. A ação passa-se imediatamente depois do caso resolvido de "A Mulher Enjaulada".
O sucesso da resolução do caso anterior dá a Carl uma visibilidade a que ele não está habituado.
Os seus superiores integram mais uma pessoa no Departamento, para agilizar a resolução de casos antigos, a jovem Rose. E Carl não está muito "para aí virado".

Mas este é um problema com que terá de lidar mais tarde. No momento, alguém deixou, em cima da sua secretária, os ficheiros de um caso antigo, com mais de 20 anos. O que tem este caso de especial? Além de já ter sido encerrado, e ter sido realizada uma detenção, Carl, seguindo o seu instinto, não o consegue pôr de lado. Mesmo quando os seus superiores ordenam que o esqueça... contrariando todas as ordens, Carl encontra indícios que envolvem nomes importantes da sociedade dinamarquesa.

Homicídios violentos, agressões, vingança... são alguns dos ingredientes deste livro.

Ficha técnica:
Desejo de Vingança
Jussi Adler-Olsen
438 páginas
PVP - 17,96€
Editorial Presença (coleção O Fio da Navalha)

Bibliomóvel: há dez anos a anunciar livros com uma buzina


(carregar, para redirecionar)



Excerto:

Com pequenos textos e muitas fotografias, Nuno Marçal vai registando as "crónicas de um bibliotecário ambulante" no blogue O Papalagui, que existe desde 2006. É impressionante ver as imagens antigas, descobrir que ainda ali havia crianças e muita gente à espera da biblioteca. "A chegada da carrinha era um acontecimento."


quarta-feira, 27 de abril de 2016

Contos Tradicionais da CPLP


Há umas semanas, no âmbito do Aqu'Alva Stória - Encontro Internacional da Narração Oral, que decorreu em Agualva-Cacém, tomei conhecimento da existência deste áudio-livro (eu só tenho o livro!)

Trata-se de uma compilação de contos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Cada país contribuiu com dois  contos, e as ilustrações são também da autoria de diversos artistas dos países que constituem a CPLP.

Como nasceu esta obra?
Em celebração dos 18 anos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), foi editado o áudio-livro “Contos Tradicionais da CPLP”, com os objetivos de promover a diversidade cultural e os laços linguísticos que unem e enriquecem os povos da CPLP junto do público mais jovem.

A obra comemorativa foi inspirada nas "Coletâneas da Literatura Oral da CPLP de/em Língua Portuguesa", elaboradas pelo Instituto Internacional da Língua Portuguesa. A publicação contou com o honroso contributo de grandes artistas plásticos, escritores, investigadores, atores, cantores e contadores de histórias dos nossos Estados-membros, que nos trouxeram as palavras, os sons, as cores e o imaginário das nossas sociedades.

Este projeto teve como um dos seus objetivos utilizar a tecnologia em prol de uma maior visibilidade do áudio-livro, levando-o ao maior número de crianças da nossa Comunidade, que encontrem nos Estados-membros da organização ou em qualquer parte do mundo. Desta forma, foi desenvolvida uma aplicação para dispositivos móveis e uma aplicação web do áudio-livro.

Acessibilidades
O áudio-livro encontra-se disponível para nas lojas Google e Apple, onde podem ser descarregadas, gratuitamente, para telemóveis e tablets. Esta aplicação contém os contos tradicionais narrados pelos artistas convidados, assim como as ilustrações realizadas para a obra. Na aplicação, poderão também ser encontradas cantigas de roda, assim como uma mensagem vídeo do Embaixador Murade Murargy, Secretário Executivo da CPLP.

Esta aplicação pode ainda ser utilizada no PC, encontrando-se disponível no Portal da CPLP em formato de arquivo RAR. Após descarregada, a aplicação pode ser visualizada, sem acesso à internet. Assim, bastará um acesso à rede para descarregar a aplicação, não sendo necessário no futuro estar ligado à internet para que possa usufruir dos contos e das suas narrações/ilustrações, permitindo a sua partilha em qualquer dispositivo.

(Mais informações disponíveis em: http://www.cplp.org/contostradicionais )


Celina Pereira (cantora e contadora de estórias), José Afonso (produtor musical) e Sidney Cerqueira (artista plástico) faziam parte da equipa de coordenação da obra que tenho em mãos.

Ainda não tive hipótese de explorar a fundo os contos, mas, a minha primeira nota de agrado vai para as ilustrações que são fora de série. Onze ilustradores deram vida a estas estórias, que são muito mais do que isso...

Obrigada a Celina Pereira que falou neste livro. E obrigada à representante da Direção de Ação Cultural e da Língua Portuguesa da CPLP.

terça-feira, 19 de abril de 2016

segunda-feira, 18 de abril de 2016

O Redentor, Jo Nesbø

Sinopse (retirada do site Wook)
Oslo. Noite gelada. Quem se deslocou ao centro para as últimas compras de Natal faz uma pausa numa movimentada praça para ouvir o concerto de rua do Exército de Salvação, mas um súbito estrépito cala a música e um homem cai no chão atingido por um tiro à queima roupa.
O inspetor Harry Hole e a sua equipa têm pouco a que se agarrar para iniciar a investigação: não têm qualquer suspeito, não encontraram a arma do crime e desconhecem as motivações do criminoso. Mas é quando o assassino percebe que atingiu o homem errado que Harry Hole se começa a deparar com enigmas perturbadores. Depois de um perspicaz trabalho de investigação a equipa concentra-se num suspeito.
Ferido, sem dinheiro, com seis balas apenas no carregador e sem sítio para dormir numa gelada cidade nórdica, o assassino desespera, mas nada o demove do seu único propósito: eliminar o seu alvo.

Ficha técnica:
O Redentor
Tradução: Dora Reis
Edição/reimpressão:2013
Páginas: 520
Editor: Dom Quixote
ISBN: 9789722052009
Idioma: Português

Jo Nesbø não é, de todo, um estreante nas lides da ficção policial. E este O Redentor é mais uma prova do valor da literatura nórdica.
Na minha modesta opinião - que vale o que vale - Stieg Larsson abriu um trilho que, neste momento, outros autores estão a alargar. Camilla Läckberg, Åsa Larsson, Jussi Adler-Olsen ou Lars Kepler são nomes que, facilmente, se reconhecem nas listas de "Os Mais Vendidos".
Os cenário gelados, o frio, e uma violência e uma psicopatia que tão bem cabe ali - o sangue, os pormenores sórdidos que contrastam com a brancura da neve. Ou como li há pouco tempo: "No Norte, mata-se tão bem!"

E, aviso já, a próxima resenha, vai ser sobre o livro Desejo de Vingança, de Jussi Adler-Olsen, de quem já falei aqui


A Abadia dos Cem Pecados, de Marcello Simoni

Marcello Simoni é, por muitos, considerado o autor-sensação do romance histórico. Aos 40 anos, o escritor italiano já publicou "O Mercador de Livros Malditos", "A Biblioteca Perdida do Alquimista" e "O Manuscrito nos Confins do Mundo " - a Trilogia Ignazio de Toledo.

Agora, voltou aos mesmos ambientes medievais, desta feita com o cavaleiro francês Maynard de Rocheblanche.

Estamos em 1346. No final da batalha de G
récy, Maynard de Rocheblache depara-se com o moribundo Rei da Boémia, que lhe entrega um misterioso manuscrito, e, antes do último suspiro, diz-lhe que não deverá falar dele a ninguém. Nem ao seu filho, o príncipe herdeiro da Boémia.

O texto faz referência a uma relíquia, o Lapis exilii. Para proteger este documento, Maynard vê-se obrigado a fugir, e a combater pessoas que se querem apoderar dele. Pelo caminho, faz alguns aliados, que tenta proteger.

Este livro não é uma surpresa. Já conhecia Marcello Simoni e A Abadia dos Cem Pecados confirma o que pensava: Marcello Simoni tem uma escrita fenomenal. Este livro descreve os ambientes de tal maneira que nos basta fechar os olhos e imaginar, por dois minutos, a abadia e o convento que servem de cenário. 
Quando penso nos escritos de Marcello Simoni, o que me vem à cabeça, de imediato, é "O Nome da Rosa". A mesma obscuridade. A mesma atmosfera pesada e sombria. Os enigmas. O mesmo arrepio na pele quando imaginamos figuras, escondidas na penumbra. 

A Abadia dos Cem Pecados é o 1.º livro da Trilogia da Abadia. Leiam, que só vos faz bem. 

Sobre o autor:
Marcello Simoni nasceu em Comacchio, em 1975, onde atualmente vive e trabalha. Licenciado em Letras, trabalha como bibliotecário mas já foi arqueólogo. O Mercador de Livros Malditos foi o seu romance de estreia, que rapidamente conquistou o público internacional e a crítica, tendo sido distinguido, entre outros, com o Prémio Bancarella.




Ficha técnica:

A Abadia dos Cem Pecados
Tradução de Inês Guerreiro
Editora Clube do Autor
366 Páginas
PVP: 17,50€

terça-feira, 12 de abril de 2016

Novidade editoriais

Editorial Caminho

978-972-21-2798-1
192 páginas
PVP (c/ IVA) 12,90€

Sala de Espera, o novo livro de Daniel Sampaio chegou às livrarias esta semana. Neste novo livro de Daniel Sampaio, encontramos algumas respostas para temas dos nossos dias.
Num conjunto de crónicas, bem ao jeito do autor, são estas algumas das questões tratadas por Daniel Sampaio e para as quais encontrará propostas de solução:
· Como proceder perante a utilização excessiva dos computadores pelos mais novos.
· O que se entende por alienação parental, guarda partilhada e responsabilidades parentais em divórcios litigiosos.
· O que são pais tóxicos e como podem os filhos reagir.
· O padrasto pode fazer de pai ou não? O livro diz que sim.
· Por que razão está tão difícil a relação entre o professor e o aluno nas nossas escolas? Que poderemos melhorar?
· Vale a pena ensinar Os Lusíadas como se faz agora?
· Que atitude tomar perante os jovens que bebem em excesso?
· Que fazer com as recordações do Natal da nossa infância?
· Vale a pena acreditar na mentira do ranking das escolas? O autor diz que não.

Daniel Sampaio escreve sobre as famílias, os casais e os jovens dos nossos dias. Nos seus livros, tem dado especial atenção aos comportamentos de risco na adolescência e as questões da escola.

* * * * *

978-972-21-2799-8
102 páginas
PVP (c/ IVA) 10,90€

Vamos Comprar um Poeta é o novo livro de Afonso Cruz e chegou esta semana às livrarias. Numa sociedade imaginada, o materialismo controla todos os aspetos das vidas dos seus habitantes. Todas as pessoas têm números em vez de nomes, todos os alimentos são medidos com total exatidão e até os afetos são contabilizados ao grama.
E, nesta sociedade, as famílias têm artistas em vez de animais de estimação. A protagonista desta história escolheu ter um poeta e um poeta não sai caro nem suja muito – como acontece com os pintores ou os escultores – mas pode transformar muita coisa. A vida desta menina nunca mais será igual…

“Gostava de ter um poeta. Podemos comprar um? A mãe não disse nada, limitou-se a levantar a louça, quatro pratos de sopa, quatro colheres de sopa e informar os comensais, eu e o pai e o meu irmão, de que a carne seria servida de seguida, dentro de trinta segundos. O pai acabou de mastigar um bocado de pão, cerca de treze gramas, moveu os maxilares cinco vezes e inquiriu:
Porque não um artista?
A mãe disse:
Nem pensar, fazem muita porcaria, a senhora 5638,2 tem um e despende três a quatro horas por dia a limpar a sujidade que ele faz com as tintas naqueles objectos brancos.
Telas.
Isso.
Muito bem, disse o pai, compramos um poeta. De que tamanho?”

Uma história sobre a importância da Poesia, da Criatividade e da Cultura nas nossas vidas, celebrando a beleza das ideias e das ações desinteressadas.

Afonso Cruz é escritor, ilustrador, cineasta e músico da banda The Soaked Lamb. Em julho de  1971, na Figueira da Foz, era completamente recém-nascido, e haveria, anos mais tarde, de frequentar lugares como a António Arroio, as Belas-Artes de Lisboa, o Instituto Superior de Artes Plásticas da Madeira e mais de meia centena de países.
Recebeu vários prémios e distinções nas diversas áreas em que trabalha, vive no campo e gosta de cerveja.

Novidades editoriais

Clube do Autor

A Memória, de David Baldacci
Edição/reimpressão:2016
Páginas: 424
PVP: 15,30€ / 17€
O regresso de David Baldacci às livrarias acontece com o livro A Memória, um thriller poderoso sobre uma história de luto, justiça e redenção.

Atleta dotado, Decker foi o primeiro a tornar-se profissional na sua terra natal. Mas a promissora carreira acabou antes mesmo de ter começado. Na sua primeira jogada, uma violenta colisão de capacetes arredou-o do campo, deixando-o para sempre marcado por um efeito secundário fora do vulgar. Decker não consegue esquecer-se de nada.

Quase duas décadas depois, a sua vida muda drasticamente pela segunda vez. Agora detetive da polícia, Decker regressou a casa depois de uma operação de vigilância e encontrou à sua espera um autêntico pesadelo: a mulher, a filha pequena e o cunhado tinham sido assassinados. Com a família destruída, a identidade do assassino tão difícil de descobrir e incapaz de esquecer um único pormenor daquela noite horrível, Decker depara-se com o colapso do seu mundo. Abandona a polícia, perde a casa e chega mesmo a viver nas ruas, como um sem-abrigo, aceitando, volta e meia, trabalhos como investigador privado.

Cerca de um ano depois, um homem entrega-se à polícia e confessa os assassínios. Ao mesmo tempo, um acontecimento terrível quase destrói os alicerces da pequena cidade de Burlington e Decker é chamado para ajudar nas investigações. Decker aproveita a oportunidade para descobrir o que aconteceu, de facto, à sua família. Para desvendar a verdade, tem de usar as suas notáveis capacidades e enfrentar o fardo que elas acarretam. Tem de suportar as recordações que preferia mil vezes esquecer. E é bem possível que se veja obrigado a um derradeiro sacrifício…