Na semana passada, além da Alice Vieira, falei também da Biblioteca Itinerante da Gulbenkian. Num belo dia, talvez quisesse ler algo diferente escolhi A Ilha do Tesouro, de Robert Louis Stevenson. Não sei o que me passou pela cabeça, mas devo ter achado que praia e piratas seria uma combinação vencedora.
Spoiler alert: não foi! E A Ilha do Tesouro tornou-se, oficialmente, no 1.º livro que não terminei. Não guardo grandes memórias deste meu rotundo falhanço para com John Long Silver e Capitão Flint, entre outros estimadíssimos personagens. Lembro-me, claramente, do momento em que o fechei e pensei que aquilo não era para mim.
Estava na Colónia de Férias da PSP, na Praia da Vieira. Já tinha começado a lê-lo na casa que havíamos arrendado para as férias, já tinha feito um forcing na praia e junto ao posto de trabalho da minha mãe, por ser mais sossegado... andei quase uma semana neste toca-e-foge com o livro até que fui vencida pelo cansaço: a Ilha do Tesouro era demasiada areia para a minha pequena praia.
Confesso que, até hoje, nunca o li. Acho que o esforço sobre-humano que fiz para o ler me deixou trauma. Até acho graça à temática dos piratas, juro. E vi o "Velas Negras" que recuperou os personagens e que funciona, segundo me parece, como uma prequela do livro, mas... ainda não fui capaz.
E há muito poucos livros que me fizeram desistir deles. A Ilha do Tesouro foi o primeiro! E é que nem me lembro sequer da capa... crianças, não façam como eu. Eu compensei com outros livros, portanto, não digam "ahh ela não leu, por isso não vou ler!". O livro está no Plano Nacional de Leitura, portanto, façam o favor e instruam-se.
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