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quinta-feira, 29 de março de 2018

Novidades editoriais para os mais pequeninos

Depois do público juvenil, nada melhor que um miminho para os mais novos. Fiz um "apanhado" de algumas das últimas novidades para os mais pequeninos.
O critério para estas escolhas... bem, é subjetivo. Mas, a razão maior, acho que foram os traços dos desenhos que são absolutamente deliciosos!
Digam-me de vossa justiça: são ou não prendas fantásticas para os bebés da família?

O post é maiorzinho do que o habitual, por isso não desistam, por favor. 
juro que vai valer a pena!!!

As Coisas Maravilhosas Que Tu Vais Fazer, de Emily Winfield Martin, esteve nos tops do New York Times durante anos, e chega agora às livraras portuguesas pela mão da Fábula. Um livro maravilhoso que celebra o amor que os pais sentem pelos filhos.

Aqui as primeiras páginas: http://www.fabula.pt/media/pdf/9789897076480.pdf


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O Dragão com Coração de Chocolate, de Stephanie Burgis, é um livro doce e ternurento, que vai encantar leitores de todas as idades. Uma história que mostra como é importante descobrirmos a nossa paixão e nunca desistirmos dela e como podemos todos viver em harmonia, respeitando todos os seres que nos rodeiam.

E se um dragão fosse transformado num humano? Aventurina é uma jovem dragão de espírito indomável. Apesar de estar proibida de sair da gruta onde mora com a família, decide fugir. Ansiosa por mostrar aquilo de que é capaz, ela captura a presa mais perigosa de todas: um humano. Mas este humano é um mago poderoso e convence-a a provar um chocolate quente encantado que transforma Aventurina numa jovem humana de 12 anos. Apesar do espanto, ela percebe que encontrou a sua verdadeira paixão: o CHOCOLATE.

Aventurina não perde tempo e segue em direção à cidade. Ela quer aprender mais sobre a sua nova paixão. Mas Aventurina vai perceber que o mundo dos humanos é bem diferente do dos dragões. Saber distinguir os bons dos maus será a primeira de muitas aprendizagens. A segunda será confiar neles...


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Já aqui tenho falado no O Simão, o Leãozinho da Vila Meiga, está de regresso com novas peripécias. O Simão está a crescer, gosta de divertir-se e de viver grandes aventuras. Afinal de contas, não há nada melhor do que ser criança!

Maria Inês de Almeida (texto) e Aurélie de Sousa (ilustração) deram vida a esta coleção, que com mais estes dois títulos - Vamos Acampar! e O Circo Chegou! - já conta com sete: É Tão Bom Ter Amigos, Já Não Tenho medo do Escuro, Parabéns, Simão, Vem aí um Bebé e a Magia do Natal foram os primeiros. Estes livros são ideais para ler em voz alta às crianças e para os mais novos que já iniciaram a leitura autónoma. Inclui uma secção de conselhos para pais e educadores escrita pelo conhecido pediatra Hugo Rodrigues.





terça-feira, 27 de março de 2018

Lido: A História de Quem Vai e de Quem Fica, de Elena Ferrante

Este é o 3.º capítulo da série napolitana escrita por Elena Ferrante. Há medida que vou passando as páginas e, sem surpresa, me vou aproximando do fim desta saga, aparecem-me umas pequenas câimbras no estômago.

Neste terceiro livro da tetralogia, Lenu e Lila já são adultas. Lila já passou por aquilo que os brasileiros descrevem como "o pão que o Diabo amassou", enquanto que Lenu, depois de uma infância e adolescência miseráveis, se vê chegar à adultez da vida com privilégios e sem quaisquer problemas.

Encontramos as duas já nos seus trintas, com filhos, mais maduras, mas ainda com aqueles traços que tanto as definem. Neste livro, estamos nos anos 70 e são muitas as tensões sócio-económicas a abalar o organismo vivo que é esta comunidade de personagens que temos vindo a conhecer. Porque os acontecimentos não atingem apenas Lenu ou apenas Lila. Agora há filhos, mas também há pais, há irmãos, há outros amigos, há empregos...

Quero tanto falar deste livro, mas, ao mesmo tempo, tenho de me conter, porque não sei quem desse lado já leu ou tem a intenção de o fazer.

Desde o primeiro livro que tenho vindo a tentar descobrir de qual das duas protagonistas gosto ou não gosto. E continuo sem saber. À sua maneira, ambas de agradam e desagradam. Tenho a sensação que Elena Ferrante sabe demasiado da natureza humana e que Lenu e Lila podiam ser qualquer pessoa.
Terminei este livro numa ânsia, porque, mais uma vez, a autora criou um cenário de tal verosímil que me fez sentir mal fisicamente pelo rumo que as coisas estão a tomar.

A determinado ponto, ao ler o ponto de vista da outra, pensava "pois, faz sentido" quando anteriormente a havia "julgado". Ao terminar, ia balbuciando "não, não faças isso... vai correr mal!", como se me pudessem ouvir e repensar aquele ato.

Às vezes, ler é um ato de auto-mutilação. Um ato sacrificial auto-infligido. Um momento de dor que queremos e vamos dar a nós próprios. Nem pensar que isto possa ser uma sugestão para não se ler... pelo contrário! A História de Quem Vai e de Quem Fica é de tal maneira envolvente que, mesmo sofrendo com o destino destas pessoas em papel, queremos mais e mais e vamos ficando tristes e alegres com cada derrota ou cada vitória.

Novidade juvenil: O Grande Jogo dos Detetives, de Caroline Carlson

Hoje a sugestão é para o público juvenil.


Sinopse:
A Rua dos Detetives está repleta de investigadores talentosos, mas Toby Montrose não é um deles. Ele é apenas o assistente do tio, e numa cidade onde não faltam detetives, os negócios não estão a correr muito bem e o jovem teme pelo seu futuro.
Os pais de Toby desapareceram num acidente quando ele tinha oito anos e nenhum dos seus familiares tem condições para o albergar de forma permanente. Para evitar ir para um orfanato, Toby foi passando de casa em casa. E agora o tio Gabriel é a sua última esperança.
Quando o detetive mais requisitado da cidade decide criar um concurso para escolher o «Maior Detetive do Mundo», Toby nem hesita: vai participar e ganhar o prémio para ajudar o tio e ficarem a viver juntos.
O caso torna-se perigosamente real quando um dos detetives é encontrado morto mesmo antes de o jogo começar. E agora? Quem será capaz de resolver este crime? E em quem se pode confiar? Será que o crime está relacionado com a família de Toby?
Com a ajuda de Ivy, a sua nova amiga e a melhor detetive que Toby conhece, os dois vão decifrando pistas, desafiam os profissionais mais experientes e evitam transformar-se se nas próximas vítimas…

Sobre a autora:
Caroline Carlson nasceu em Massachusetts e tem um Mestrado em Escrita para Crianças do Vermont College of Fine Arts.
É autora de vários livros para jovens, incluindo a série «The Very Nearly Honorable League of Pirates». O seu primeiro livro infantil, Magic Marks the Spot, uma das escolhas do ano do New York Times, foi considerado Melhor Livro para Crianças pela American Booksellers Association e fez parte da seleção Junior Library Guild.

segunda-feira, 26 de março de 2018

Novidade: A Rapariga Alemã, de Armando Lucas Correa

Em maio de 1939, o transatlântico St. Louis partiu de Hamburgo, na Alemanha, com destino a Havana, Cuba. Nele fugiam 937 passageiros, a larga maioria refugiados judeus alemães.

Apenas 28 foram autorizados a desembarcar em Cuba e o navio teve de regressar à Alemanha, levando muitos dos refugiados a sofrerem os horrores dos campos de concentração.

De Berlim, nas vésperas da Segunda Guerra Mundial, a Cuba, à beira da Revolução; da Nova Iorque pós-11 de Setembro à Havana da atualidade, esta história real mostra-nos toda a força e determinação de gerações de exilados, ainda e sempre à procura do seu lugar no mundo.



Sinopse:
Com o aproximar da guerra, a vida da jovem alemã Hannah Rosenthal mudou. Em 1939, as ruas de Berlim estão decoradas com bandeiras vermelhas, pretas e brancas. Pelas ruas andam «ogres», vestidos com uniformes castanhos.
O pai de Hannah parece mais diminuído a cada dia. E a sua mãe vive sempre com medo. É quando decidem fugir da Alemanha a bordo do navio St. Louis, com destino a Cuba, que lhes dará asilo.

Cerca de 70 anos depois, em Nova Iorque, Anna Rosen recebe uma encomenda
No dia do seu 12.º aniversário, chegam às mãos de Anna fotografias de família do pai, Louis, um cubano que nunca conheceu. O nome da remetente é Hannah, e o pacote vem de Cuba. Louis morrera nas Torres Gémeas a 11 de setembro de 2001, pouco antes de Anna nascer.

Qual será a relação entre ambas?
Decididas a desvendar os mistérios do homem das suas vidas, Anna e a mãe viajam até Cuba para conhecerem Hannah, que as espera. Conseguirão todas encontrar as respostas que procuram?

Sobre o autor:
Armando Lucas Correa é jornalista, autor e editor da People en Español, a revista em língua espanhola mais vendida dos Estados Unidos. Venceu vários prémios da National Association of Hispanic Publications e da Society of Professional Journalism. A Rapariga Alemã é o seu primeiro romance.

domingo, 25 de março de 2018

Novidade: Os Prémios, de Julio Cortázar

O primeiro romance publicado de Cortázar, até hoje inédito em Portugal, que antecipou O Jogo do Mundo – Rayuela.

Sinopse: 
Um grupo rumoroso e heterogéneo de personagens, espécie de catálogo representativo da sociedade de Buenos Aires da época, premiado na lotaria nacional com um bilhete para uma viagem luxuosa de cruzeiro, embarca no navio Malcolm, cheio de expectativas.

Contudo, entre distrações e atrações iniciais, um clima de mistério faz crescer a tensão entre os passageiros e a tripulação: o navio é colocado em quarentena devido a uma inexplicável doença, a rota e o destino final da viagem são desconhecidos, o capitão não se apresenta e nenhum dos membros da tripulação fala espanhol e, sobretudo, o acesso à popa da embarcação está interdito aos passageiros. Todas estas absurdas circunstâncias constituirão um irresistível desafio para os hóspedes deste navio que os levará a um jogo cada vez mais perigoso e com um final surpreendente.

Sobre o autor:
Julio Cortázar (1914 - 1984), escritor argentino, é considerado um dos autores mais inovadores e originais do seu tempo. Mestre no conto e na narrativa curta, a sua obra é apenas comparável a nomes como os de Edgar Allan Poe, Tchékhov ou Borges. Deixou igualmente romances como O Jogo do Mundo (Rayuela), que inauguraram uma nova forma de fazer literatura na América Latina, rompendo com o modelo clássico, mediante uma narrativa que escapa à linearidade temporal e onde as personagens adquirem uma autonomia e uma profundidade psicológica únicas.

sábado, 24 de março de 2018

Novidade: Guerra Americana, de Omar El Akkad


A Saída de Emergência publica Guerra Americana, de Omar El Akkad, o romance finalista do The Book Year Award 2017.


Este é um romance distópico que abrange temas políticos, económicos e alterações climáticas, com bastante relevância na atualidade. Omar El Akkad, é um jornalista e autor premiado, os seus trabalho incluem despachos da NATO sobre a guerra no Afeganistão, os julgamentos militares em Guantánamo ou a revolução da Primavera Árabe no Egipto.

Sinopse:
Sarat Chestnut nasceu no Louisiana e tem apenas seis anos quando a Segunda Guerra Civil Americana eclode em 2074. Mas até ela sabe que o petróleo é proibido, que metade do Louisiana está submerso e que drones não tripulados sobrevoam os céus.
Quando o seu pai é morto e a sua família é obrigada a viver num campo de refugiados, ela rapidamente começa a ser moldada por esse tempo e lugar até que, finalmente, pela influência de um misterioso funcionário, se transforma num instrumento mortífero da guerra.
A sua história é contada pelo seu neto, Benjamin Chestnut, que nasceu durante a guerra – parte da Geração Milagrosa – e é agora um idoso a confrontar os segredos negros do passado, do papel da sua família no conflito e, em particular, a importância da sua tia, uma mulher que salvou a sua vida ao destruir a de outros.

Sobre o autor:
Omar El Akkad nasceu no Cairo, no Egito, cresceu em Doha, no Qatar, até que se mudou para o Canadá com a sua família. É um jornalista e autor premiado que viajou por todo o mundo para cobrir as mais importantes histórias da última década. Os seus relatos incluem despachos da NATO sobre a guerra no Afeganistão, os julgamentos militares em Guantánamo ou a revolução da Primavera Árabe no Egito. Vive em Portland, Oregon.

sexta-feira, 23 de março de 2018

Lido: As Sombras de Leonardo da Vinci

Spoiler alert: este livro começa com a morte de Leonardo da Vinci. Sim, o senhor falece. Eu sei, é um choque, ninguém estava à espera...

Deixando de lado a brincadeira, As Sombras de Leonardo da Vinci é um excelente exercício de como a ficção e a realidade se podem confundir. Tudo bem que a Wikipédia nem sempre é a melhor das fontes de confirmação, mas, à medida que ia lendo este livro, ia pesquisando alguns pormenores e, excluindo os diálogo, batia tudo certinho.

À medida que lemos, vamos acompanhando o frenético Leonardo da Vinci e o seu início de carreira, apadrinhado por Lorenzo Médici, o chefe da família Médici, uma das mais influentes (e ricas) em Florença desde o século XIV.

Nas 300 e tal páginas deste livro, vemos desfilar nomes tão conhecidos (mesmo da cultura pop... este livro é quase um Os Bórgias meet Da Vinci's Demons): Maquiavel, César Bórgia, Savonarola, Sforza, Miguel Ângelo, Botticelli, Rafael, entre muitos outros.

O trabalho de investigação é irrepreensível. Sabemos, claro, que os diálogos são ficcionados, mas os factos são aqueles e, por mais anos que passem, o génio de da Vinci permanece.

Uma das minhas paixões é a História. E as ficções históricas aquecem-me o coração. Não só porque sei que aquilo que estou a ler, romanceado, aconteceu verdadeiramente e que hoje, anos ou séculos depois, estamos a "colher" os frutos daqueles factos, mas também porque, a minha parte mais... não queria dizer, romântica, mas cá vai... gosta de fantasiar o "como" é que as coisas tomaram determinado rumo, e não outro.

As Sombras de Leonardo da Vinci é um livro muito muito interessante. 

Um aparte que nada tem a ver com o livro - há uns tempos, após ver uns minutos a nova versão de As Tartarugas Ninja, comentava com o meu excelso companheiro que os miúdos, se não forem instados a isso, nunca irão saber os verdadeiros nomes das ditas. Mike, Leo, Donnie e Rafa não são, de todo, o mesmo que Michelangelo, Leonardo, Donatello e Raphael. Americanizar os nomes vai contra o conceito da ideia: às tartarugas, foi dado o nome de artistas do Renascimento. Ponto final. Se tiverem filhos, por favor, expliquem-lhes. Não há nada melhor que fazer perdurar a memória.

Sobre o autor:
Christian Gálvez nasceu em Madrid, em 1980. Licenciado em Filologia Inglesa, é um dos rostos da televisão espanhola, onde conduz com êxito um concurso cultural. É também diretor de uma produtora direcionada para potenciar o talento de jovens promessas.
Desde 2009, divide-se entre o trabalho em televisão e a investigação sobre Leonardo da Vinci, vivendo entre Madrid e a Toscana. É um dos mais conhecidos especialistas internacionais do artista. Além deste livro, é igualmente autor de Rezar por Miguel Ángel, Leonardo da Vinci: cara a cara, entre outros.

terça-feira, 13 de março de 2018

Lido: História do Novo Nome, de Elena Ferrante

#14 livro do desafio de 2018 do GoodReads


Fiz um forcing para terminar a segunda parte da saga napolitana de Elena Ferrante. Comprei na última Feira do Livro de Lisboa, a primeira parte - A Amiga Genial - e desde então, que a restante tetralogia esteve em "stand by". 

Em A Amiga Genial, são nos apresentadas Lenú (Elena) e Lila (Rafaella), duas amigas que são o oposto uma da outra: Lenú é tímida e introvertida, Lila é um furacão em movimento. Em comum, a inteligência e o gosto pelo saber. A determinada altura, Lenú é autorizada a seguir os estudo, enquanto que o pai de Lila a proíbe. 

As vidas destas duas crianças é feita de aproximações e de afastamentos. Desde cedo, a estudiosa Lenú sente-se atraída, irresistivelmente, pela selvagem Lila. O que pode ser a sua salvação ou a sua perdição. O tempo vai passando e, no final deste primeiro livro, Lila está noiva e vai casar com um dos jovens mais bem-sucedidos do pequeno bairro de Nápoles onde residem. 

O 2.º livro - A História do Novo Nome - pega exatamente aí: no casamento de Lila e Stefano. Vamos entrando, umas vezes com suavidade, noutras vezes com uma brusquidão capaz de nos deixar tontos, na adolescência e na entrada na vida adulta das protagonistas. 

Lila casa com apenas 16 anos. Lenú segue para o liceu. Lila torna-se uma mulher abastada. Lenú luta para conseguir manter-se na escola. Estas diferenças tão abismais, aos olhos do leitor, continuam a ser quase como um íman para as duas raparigas. 

Elena Ferrante sabe como nos fazer entender Lila e os seus comportamentos erráticos, e criticar a "certinha" Lenú e a sua "mania" de julgar. Mas, ao mesmo tempo, compreendemos Lenú e ficamos com uma sensação de impotência e de quase desespero quando Lila se aproxima, sabendo que, mais cedo ou mais tarde, ela acaba por estragar tudo. Confesso que, a determinada altura, quase pus em questão a minha sanidade mental...

Não sei - aliás, ninguém sabe - quem é Elena Ferrante, qual a sua história, qual o seu método ou inspiração. Mas a sua escrita tem o fascínio de amarmos e odiarmos, ao mesmo tempo, aquelas personagens que nos desfilam perante os olhos. 

E não é só isso... em A Amiga Genial estamos em meados dos anos 50, num bairro humilde de Nápoles. Em A História do Novo Nome já estamos quase em 1970... acompanhamos todo um renascimento de um país que saiu afectado da 2.ª Guerra e as constantes movimentações políticas daí derivadas.

História de Quem Vai e de Quem Fica é o próximo capítulo...

segunda-feira, 12 de março de 2018

Novidade: A Maldição de Hill House, de Shirley Jackson

A Maldição de Hill House já se encontra nas livrarias, e é um dos mais perfeitos exemplos do terror e do suspense em literatura. 
Fonte de inspiração para nomes como Stephen King,  Guillermo del Toro, Neil Gaiman ou Joyce Carol Oates, confessos admiradores de Shirley Jackson, a história foi adaptada por duas vezes ao cinema e está previsto estrear, em 2018, como série televisiva pela Netflix (10 episódios). 
Também uma das suas obras maiores, Sempre Vivemos no Castelo, cuja 2.ª edição também já chegou às livrarias, terá estreia cinematográfica em 2018.

Sinopse:
John Montague, especialista e estudioso do oculto, chega a Hill House em busca de algo concreto que possa provar a existência do sobrenatural. Acompanham-no, Theodora, a sua assistente, Luke, o futuro herdeiro da propriedade e Eleanor, uma mulher solitária e frágil, já com experiência de encontros com poltergeists.  Contudo, aquilo que, inicialmente, era apenas uma experiência em torno de fenómenos inexplicáveis torna-se, em pouco tempo, uma corrida pela sobrevivência, à medida que Hill House ganha poder e escolhe, de entre eles, aquele que quer para si…

Sobre a autora:
Shirley Jackson (1916–1965) é considerada uma das mais influentes escritoras norte-americanas. Herdeira da grande tradição do gótico americano, iniciada com Edgar Allan Poe, teve uma vida curta, deixando uma obra pouco extensa, mas que a confirmou de imediato como uma das grandes personalidades literárias do século XX. Obteve imediato sucesso e fama com a publicação, em  1948, do seu conto The Lottery que, na época, dividiu opiniões e suscitou acesas polémicas. Ao todo, escreveu 55 contos e, da sua obra, destacam-se ainda as suas crónicas familiares Life Among the Savages (1953) e Raising Demons (1957), e os seus romances The Sundial (1958), Sempre Vivemos no Castelo (ed. Cavalo de Ferro, 2018), obra que será adaptada ao cinema em 2018, e o presente A Maldição de Hill House, obra adaptada para cinema e televisão.

A Maldição de Hill House é uma edição Cavalo de Ferro | 208 pp | 16,59€

sábado, 10 de março de 2018

Lido: Um Milionário em Lisboa, de José Rodrigues dos Santos

#13 livro do desafio de 2018 do GoodReads

Terminei, há instantes, a 2.ª parte da saga de Kaloust Sarkisian que nos apresenta a versão romanceada da vida do filantropo e homem de negócios que conhecemos como Calouste Gulbenkian.

Este livro está dividido em 3 partes, sendo que a primeira é muito sobre o filho Krikor e sobre o Genocídio Arménio às mãos do governo Otomano (atualmente, a área ocupada pela Turquia). José Rodrigues dos Santos creditou, no final do livro, as fontes de onde retirou a informação deste episódio da História e que acabou com o extermínio de um número de arménios que varia entre 800 mil e 1,5 milhão.

A segunda parte do livro é a vida de Kaloust até ao momento da decisão em mudar-se para Lisboa. A Segunda Guerra Mundial, e a temporária declaração de inimizade do Reino Unido a Kaloust apressaram a mudança do homem mais rico do mundo à época.

A terceira parte é a vida de Kaloust em Lisboa até à sua morte em 1955.

Mais uma vez, apreciei bastante este tipo de "estória". José Rodrigues dos Santos, para mim, é muito melhor neste género do que com "Tomás Noronha", num formato que é sempre o mesmo e que já está mais do que visto. Percebo que "em equipa que ganha, não se mexe", mas é este o caminho.

De resto, temos sempre margem para imaginar se a vida de Kaloust/Calouste terá sido tal como ali vemos: um negociador implacável, irredutível e com uns laivos de "prima donna", mas apaixonado pela ideia do ideal de beleza, pela cultura e pelo saber...
Mas, basta-os uma pesquisa rápida na internet e sabemos que Kaloust teve dois filhos: um rapaz e uma rapariga e não apenas um único herdeiro como nos é apresentado nesta peça de ficção. Apenas neste "pormenor" vemos que JRS se permitiu a algumas liberdades criativas.

Enfim, como já disse aquando de O Homem de Constantinopla, é uma saga que vale a pena ler. E as descrições que são feitas dos ambientes, dos locais, dos costumes da época... imperdível.


Novidade infantil: O Tigre que Veio para o Chá, de Judith Kerr

A Booksmile continua a editar os livros de Judith Kerr, uma das autoras mais admiradas e populares do Reino Unido. 

Publicado pela primeira vez em 1968, O Tigre que veio para o Chá, há muito esgotado no mercado nacional, tornou-se num clássico com 10 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo.​ 

​O Tigre que Veio para o Chá está a ser adaptado à televisão pela Lupus Filmes.

Sinopse:
​A Sofia e a sua mãe preparam-se para tomar o chá das cinco, mas o lanche é interrompido quando alguém toca à campainha… Quem será? Ao abrir a porta, deparam-se com uma visita inesperada: um grande tigre cor de laranja e atrevido. Num piscar de olhos, o tigre esfomeado faz desaparecer as sandes, os biscoitos, o chá e toda a comida que há em casa… sem deixar nem uma migalha!

40 páginas | 13,99€




quinta-feira, 8 de março de 2018

Novidade: Homem-Tigre, de Eka Kurniawan

Poético e irreverente, arrojado e político. Homem-Tigre já se encontra nas livrarias, e é um dos romances mais marcantes dos últimos anos. Esta obra, que combina política, sátira, humor e tragédia familiar, valeu a Eka Kurniawan comparações a Salman Rushdie e Gabriel García Márquez. Em 2016, com Homem-Tigre, Eka Kurniawa tornou-se o primeiro autor indonésio a ser nomeado para o Man Booker Prize.

Sobre o livro: 
 Pouco tempo depois de o cadáver de Anwar Sadat, um artista lascivo e preguiçoso, ser descoberto, Margio é detido pela polícia, havendo poucas dúvidas de que é ele o assassino. No entanto, o que terá levado o jovem e dócil Margio a afundar os dentes na garganta de um homem e perpetrar um crime tão hediondo permanece um mistério para todos os habitantes da pequena povoação. A verdade é que, no momento do ataque, Margio não estava em controlo das suas ações; nesse momento, um tigre fêmea branco tinha tomado posse do seu corpo.

Homem-Tigre é o retrato de duas famílias atormentadas, ligadas entre si por um casamento trágico e brutal, e de uma Indonésia rural e pobre a braços com um passado recente de abusos e violência, sedenta por justiça, onde o folclore e o mundo real colidem.

Sobre o autor:
Eka Kurniawan nasceu em 1975, na Indonésia. Formado em Filosofia, é autor de dois romances, vários  contos, argumentos para cinema e ensaios. A tradução em língua inglesa do seu primeiro romance, Beauty is a Wound, tornou-se uma das mais recentes e fulgurantes revelações da  Literatura mundial. Em 2016, com Homem-Tigre, tornou-se o  primeiro autor indonésio a ser nomeado para o Man Booker Prize. Foi ainda nomeado para o Prémio Médicis e para melhor livro do ano pelo Guardian e pelo New York Times. As suas obras estão traduzidas em mais de 35 línguas.

Homem-Tigre é uma edição Elsinore | 176 pp | 16,59€

quarta-feira, 7 de março de 2018

Novidade: A conspiração da senhora Parrish, de Liv Constantine

Sinopse: 
Amber Patterson está farta. Está cansada de não ser ninguém: uma mulher simples e invisível que passa despercebida. Merece mais: uma vida de dinheiro e poder como a de que desfruta Daphne Parrish, uma deusa loura de olhos azuis.

Para todos os habitantes da exclusiva cidade de Bishops Harbor, no Connecticut, Daphne — filantropa da alta sociedade — e o marido Jackson, magnata imobiliário, são um casal que parece saído de um conto de fadas.

A inveja de Amber poderia consumi-la... caso não tivesse um plano. Começa por usar a compaixão de Daphne para se envolver na sua vida familiar, primeiro passo de um esquema meticuloso para prejudicá-la.

Amber não tarda a converter-se na maior confidente de Daphne, viajando para a Europa com os Parrish e as suas filhas encantadoras e aproximando-se cada vez mais de Jackson. Mas um segredo do passado poderá destruir tudo o que Amber ambiciona. E se for descoberto, o seu plano bem engendrado poderá mesmo cair por terra. Com reviravoltas surpreendentes e segredos obscuros que o mantêm agarrado à história até ao final, A conspiração da senhora Parrish é um thriller suculento e viciante, resultante de um grande talento criativo.

Sobre a autoria:
Liv Constantine é o pseudónimo das irmãs Lynne e Valerie Constantine. Separadas por três estados, passam horas a criar enredos via FaceTime e a saturar o correio eletrónico uma da outra. Atribuem a capacidade de engendrar enredos sombrios às horas que passaram a ouvir as histórias transmitidas pela avó grega.

PVP: 18,90 €
Páginas:  400

terça-feira, 6 de março de 2018

AMANHÃ nas livrarias

As Sombras de Leonardo Da Vinci, de Christian Gálvez

Seis edições em pouco tempo e mais de 60.000 exemplares vendidos só em Espanha atestam a originalidade do primeiro romance do "autor revelação", Christian Gálvez. Neste romance histórico maravilhosamente ambientado na época do Renascimento, Gálvez apresenta o homem por detrás do génio, as sombras que contrastam com a luz do grande artista florentino.

Sinopse:
Século XVI. Os conflitos pelo poder nos Estados Italianos crescem ao mesmo tempo que as artes prosperam. A Igreja e famílias como os Médici e os Sforza detêm o domínio do território e das riquezas. Savonarola ganha seguidores. Verrocchio, Botticelli, Miguel  Angelo e Rafael são artistas respeitados.

Florença é casa dos Médici e berço desta ebulição cultural. O criativo e genial Leonardo da Vinci finalmente começa a criar nome, tem o seu próprio ateliê e clientes e liberdade para desenvolver a sua arte e as suas invenções. Mas uma acusação anónima de sodomia obriga-o a abandonar os seus planos e a cidade das artes.

Invejas e medos, ignorância e corrupção, sofrimento e perseguição. Quando Leonardo percebe que nada do que parece ser é e que os inimigos podem estar em qualquer lugar, debate-se entre a vontade de triunfar e o desejo de vingança, entre o homem pecador e o génio inventivo, entre o passado e o futuro.

Este é um romance histórico com uma extensa pesquisa por trás, em que as descrições e os grandes nomes da época criam o ambiente perfeito para conhecermos melhor o homem por trás de toda a genialidade.

Sobre o autor:
Christian Gálvez nasceu em Madrid, em 1980. Licenciado em Filologia Inglesa, é um dos rostos da televisão espanhola, onde conduz com êxito um concurso cultural. É também diretor de uma produtora direcionada para potenciar o talento de jovens promessas.
Desde 2009, divide-se entre o trabalho em televisão e a investigação sobre Leonardo da Vinci, vivendo entre Madrid e a Toscana. É um dos mais conhecidos especialistas internacionais do artista. Além deste livro, é igualmente autor de Rezar por Miguel Ángel, Leonardo da Vinci: cara a cara, entre outros.

segunda-feira, 5 de março de 2018

Lido: O Homem de Constantinopla, de José Rodrigues dos Santos

Terminei, hoje, as 500 e tal páginas do livro O Homem de Constantinopla, de José Rodrigues dos Santos (JRS). Não é o primeiro livro que leio do jornalista e, certamente, não será o último.

Quando acabei, e peguei no segundo livro da saga inspirada na vida de Calouste Gulbenkian, pensei para comigo que está, definitivamente, "na moda" falar mal da escrita de JRS. Este livro leu-se lindamente, tem um ritmo bastante interessante e permite-nos olhar para ele e imaginar o que será verdade e o que será criação do autor... a aura da dúvida ficará sempre no ar.

Aliás, JRS diz claramente, na nota final, que estes dois livros "são dois romances que se inspiram na vida e na obra do multimilionário arménio Calouste Sarkis Gulbenkian" e aponta as fontes onde recolheu a informação - entre as quais um sobrinho-neto de Gulbenkian.

A premissa é simples: Calouste está a morrer. O filho é chamado a Lisboa para se despedir do pai e, num instante de consciência, Calouste aponta para a mesa de trabalho. A sua secretária informa o filho que ele deveria estar a referir-se ao livro que andava a escrever. E é assim que O Homem de Constantinopla "vê" a luz do dia.

Calouste passou para o papel todos os relatos de todos os momentos significativos da sua vida. Aos poucos, vamos sabendo como é que o pequeno Kaloust, filho de um dos arménios mais influentes da sua era, se tornou um dos homens mais ricos do mundo. E pensar que tudo começou com uma pequena moeda...

Acredito que o preconceito contra os livros de JRS tenha nascido com a personagem do Professor Tomás Noronha. Sim, já o li o suficiente para saber que me irrita - o Codex 632, O Sétimo Selo e a Fúria Divina. Mas também já li a Ilha das Trevas e comecei A Filha do Capitão (não avancei muito, confesso!) e, retirando Tomás Noronha da equação, até temos uma boa ficção histórica.

O que é, sem dúvida, o caso de O Homem de Constantinopla. Na minha mesa de cabeceira, já se encontra Um Milionário em Lisboa, a segunda metade da saga. E sinto-me preparada para enfrentar estas 665 páginas.

O meu desafio a quem me estiver a ler é: dêem-lhe uma hipótese. A sério. Se não gostarem, coloquem de lado e chamem-me louca, mas antes de tudo, peguem no livro, esqueçam tudo o que ouviram de JRS e, simplesmente, leiam.

Novidade: Anatomia de um Escândalo, de Sarah Vaughan

A partir de HOJE, nas livrarias, Anatomia de um Escândalo é uma edição Topseller.

Sinopse:
​James Whitehouse é um bom pai, um marido dedicado e uma figura pública carismática e bem-sucedida. Um dia, é acusado de violação por uma colaboradora próxima. Sophie, a sua esposa, está convencida de que ele é inocente e procura desesperadamente proteger a sua família das mentiras que ameaçam arruinar-lhes a vida.

Kate Woodcroft é a advogada de acusação. Ela sabe que no tribunal vence quem apresentar os melhores argumentos, e não necessariamente quem é inocente. Ainda assim, está certa de que James é culpado e tudo fará para o condenar.

Será James vítima de um infeliz mal-entendido ou o autor de um sórdido crime? E estará a razão do lado de Sophie ou de Kate? Este escândalo — que irá forçar Sophie a reavaliar o seu casamento e Kate a enfrentar os s
eus demónios — deixará marcas na vida de todos eles.

Sobre a autora:
Sarah Vaughan estudou Inglês na Universidade de Oxford. Estagiou na Press Association, agência noticiosa do Reino Unido e da Irlanda, e trabalhou durante 11 anos no jornal The Guardian como jornalista e correspondente nas áreas da saúde e da política. Deixou o diário britânico para se dedicar ao jornalismo como freelancer, altura em que começou a escrever ficção.
Anatomia de um Escândalo é o seu terceiro romance e já foi traduzido para 17 línguas. Atualmente, vive perto de Cambridge com o marido e os dois filhos. Está presentemente a escrever o seu próximo livro.

domingo, 4 de março de 2018

Novidade: Amon: O Meu Avô Podia Ter-me Matado, de Jennifer Teege

Este é um dos livros que mais curiosidade me despertou nas últimas semanas.

Amon: O Meu Avô Podia Ter-me Matado, já está nas livrarias, e conta a história extraordinária da mulher que um dia descobre que é neta de Amon Göth, o brutal comandante nazi imortalizado no filme A Lista de Schindler.

É num livro de capa vermelha aninhado numa estante da Biblioteca Central de Hamburgo que Jennifer Teege reconhece o nome da mãe biológica e descobre um facto que viria a mudar para sempre a sua vida: o seu avô era Amon Göth, o sanguinário comandante nazi imortalizado ­por Ralph Fiennes no filme de Steven Spielberg, A Lista de Schindler.

(quem não se lembra da célebre cena protagonizada pelo ator britânico, desde a varanda de casa, a disparar contra os prisioneiros judeus??)

Jennifer Teege é uma alemã de origem nigeriana que foi criada num orfanato e acabou por ser adotada aos 7 anos de idade. Apesar de ter mantido algum contacto com a família biológica, nem a mãe nem a avó alguma vez lhe contaram a verdade acerca do avô, o comandante do campo de Płaszów, que veio a ser enforcado em 1946 por crimes contra a Humanidade.

Aos 38 anos, a descoberta acerca do seu passado familiar provoca-lhe uma depressão profunda e o desejo de desenterrar toda a história, conduzindo-a numa demanda que a leva até Cracóvia — onde ficava o gueto que o avô «limpou» de judeus e o campo de concentração que dirigia — e de regresso a Israel, onde em tempos vivera e conhecera a realidade judaica.

Quanto mais Jennifer descobre sobre o avô, mais é assolada por uma certeza: se soubesse que tinha uma neta negra, Amon Göth tê-la-ia matado.

Sobre a autora:
Jeniffer Teege trabalha em publicidade desde 1999. Ainda sem qualquer noção do seu passado familiar, viveu durante quatro anos em Israel, onde se tornou fluente na língua hebraica e conheceu a realidade judaica, tomando também contacto com o conflito israelo-árabe. É licenciada em Estudos do Médio Oriente e Estudos Africanos pela Universidade de Telavive. Vive atualmente na Alemanha, com o marido e os seus dois filhos. Este é o seu primeiro livro.

Nikola Sellmair é licenciada pela Universidade Ludwig-Maximilians, de Munique, e já trabalhou em Hong Kong, Washington, Israel e Palestina. É jornalista da revista alemã Stern desde 2000, tendo recebido vários prémios pelo seu trabalho, nomeadamente o Prémio de Jornalismo Germano-Polaco, pelo primeiro artigo de sempre sobre a história de Jennifer Teege. Neste livro, junta a sua voz à de Jennifer, contribuindo com uma narrativa paralela, baseada em entrevistas a familiares e amigos da neta de Amon Göth.

Amon: O Meu Avô Podia Ter-me Matado é uma edição Vogais | 224 pp | 16,59€

sábado, 3 de março de 2018

Novidade: Casa de Espiões, de Daniel Silva

Do autor de A Viúva Negra, número um da lista dos mais vendidos do The New York Times, eis um novo sucesso literário protagonizado por Gabriel Allon, espião lendário, assassino profissional e restaurador de arte.

Agora, em Casa de espiões, Gabriel Allon está de volta e disposto a vingar-se, decidido a capturar o terrorista mais perigoso do mundo, o esquivo cérebro do ISIS, mais conhecido como Saladino.
Quatro meses depois do maior atentado ocorrido em território americano desde o 11 de Setembro, os terroristas deixam um rasto de morte no exclusivo West End londrino.

O atentado é fruto de uma brilhante proeza de planificação levada a cabo no mais rigoroso sigilo, com um único erro: uma ponta solta. Essa ponta solta conduzirá Gabriel Allon e a sua equipa ao sul de França, até à luxuosa mansão de Jean-Luc Martel e Olivia Watson.

Olivia, uma bela ex-modelo britânica, finge não saber que a enorme riqueza de Martel procede do tráfico de droga. E Martel, por sua vez, finge ignorar que está a fazer negócios com um homem cujo objetivo é a destruição do Ocidente. Juntos, sob a mão hábil de Gabriel, converter-se-ão numa improvável dupla de heróis na luta global contra o terror.

Sobre o autor:
Daniel Silva é o galardoado autor de O Espião Inglês e A Viúva Negra, editados com enorme sucesso pela HarperCollins Ibérica. Os seus livros, publicados em mais de trinta países, encontram-se entre os mais vendidos em todo o mundo. Membro do Conselho do Museu do Holocausto dos Estados Unidos, Daniel Silva vive atualmente na Florida com a mulher, Jamie Gangel, e os dois filhos, Lily e Nicholas.

sexta-feira, 2 de março de 2018

Lido: Mil Sóis Resplandecentes, de Khaled Hosseini

"Não se podem contar as luas que brilham sobre os seus telhados
nem os mil sóis resplandecentes
que se escondem por trás dos seus muros".
Poema sobre Cabul, 
escrito por Saib-e-Tabrizi, no século XVII

Terminei, ontem à noite, o livro Mil Sóis Resplandecentes, de Khaled Hosseini. Esta obra não é, de todo, uma novidade; a data da 1.ª edição traduzida em português é de 2008... 10 anos, portanto.

Mil Sóis Resplandecentes é o 2.º romance do autor, editado logo após O Menino de Cabul (que agora quero mesmo ler!). E senhores, que livro... é tão poderoso, tão cru, tão real... fartei-me de chorar na recta final deste livro. 

 Khaled Hosseini apresenta-nos, logo à cabeça, Mariam... uma menina afegã que, percebemos imediatamente, é fruto de uma relação extra-conjugal entre Nana, uma mulher pobre, e Jalil, um milionário, já com três esposas e nove filhos. 

A primeira parte do livro é a calmaria antes da tempestade. Estamos nos arredores da cidade de Herat. Mariam tem 14 anos e vive apenas com a mãe, numa cabana, a poucos quilómetros da cidade. O pai visita-a todas as quintas-feiras e esse é o dia mais feliz de toda a semana, para Mariam. A mãe, Nana, faz todos os possíveis para que Mariam não se deixe deslumbrar pelas palavras do pai e diz-lhe que nunca será vista como filha daquele homem. 
Quando faz 15 anos, em 1974, pede ao pai que a leve ao cinema. O pai comparece ao combinado. Mariam decide descer à cidade e ir a casa do pai. Quando não é recebida, é trazida de volta a casa e encontra o corpo da mãe, pendurado numa árvore.

E começa a formar-se a tempestade.

Depois de uma breve passagem pela casa do pai e da sua numerosa família, é dada em casamento a Rashid, um homem 30 anos mais velho, que a leva para Cabul. Os primeiros tempos são, no limite, toleráveis, até que Rashid começa a revelar a sua verdadeira personalidade. 

Em 1978, nasce Laila, filha de Hakim, um professor, e Fariba, uma vizinha de Mariam e Rashid. Uma criança que vive rodeada de amor e com privilégios incontáveis. 

A segunda parte, dá um salto de nove anos, até à Primavera de 1987. Laila e Tariq, um vizinho, são os melhores amigos, e acompanhamos a evolução da situação política do Afeganistão a deteriorar-se a cada página, até à ascensão dos taliban.

Mil Sóis Resplandecentes é um retrato dos últimos trinta anos no Afeganistão (1974 até 2003), através da comovente história destas duas mulheres afegãs, que acabam casadas com o mesmo homem, e que se unem em nome de uma estranha amizade, nascida dos abusos que de que são vítimas.

Não hesitem! Se, por mero acaso, apanharem Mil Sóis Resplandecentes, agarrem-no, leiam-no e conservem num cantinho do vosso coração a bela história de Mariam e Laila. 

Novidades infanto-juvenis

Quem foi criança nos anos 90, certamente que leu os livros Uma Aventura. O meu primeiro livro da coleção foi Uma Aventura no Carnaval que um dos meus primos me ofereceu num aniversário.

Logo, esta notícia não me podia passar ao lado: o lançamento de histórias, mini-aventuras, vá... com os protagonistas de Uma Aventura, para os ainda mais novos. Nova coleção – Ler é Uma Aventura

O primeiro é: As Gémeas Fazem Anos, escrito por Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada e ilustrações do sempre habitual Arlindo Fagundes.

Uma história envolvente e apelativa que contribuirá para estimular o amor aos livros e o desejo de aprender a ler. E que enternecerá os que foram leitores da coleção Uma Aventura, por encontrarem as personagens quando eram mais novas e por ficarem a saber como o Caracol entrou na vida das gémeas. Com os mesmos heróis da coleção Uma Aventura

40 páginas - PVP C/ IVA 9,90€

* * *
Quem foi criança nos anos 90, se não leu, pelo menos ouviu falar de Alice Vieira. No mínimo. É o limite aceitável: ouvir falar de ...

A Leya lançou uma nova edição de Rosa, Minha Irmã Rosa, com uma nova capa.

Mariana, filha única, tem dez anos quando Rosa nasce. Agora vai partilhar tudo com a irmã: o quarto, o tempo dos pais, o afeto da família - incluindo a Avó Elisa que desconfia do progresso, e a Tia Magda, que tem um dente de ouro, uma fala que mete medo e só gosta de estrelícias e antúrios. Mas pelo menos a recordação da Avó Lídia e a amizade de Rita ela não quer dividir com mais ninguém. Será que Rosa vai continuar a ser «uma intrusa»?

120 páginas - PVP C/ IVA 11,00€

Estes são dois exemplos dos clássicos da literatura infanto-juvenil É muito estranho da minha parte querê-los para mim?!

quinta-feira, 1 de março de 2018

Novidade: Elogio da Lentidão, de Lamberto Maffei

Lamberto Maffei, médico e cientista italiano, acaba de lançar em Portugal, pela chancela Edições 70, a obra “Elogio da Lentidão”. Numa era em que o telemóvel toca sem parar e os emails exigem uma resposta rápida, deixando as pessoas num estado doentio de hiperatividade, o neurocirurgião italiano recorda-nos de que o cérebro sempre permitiu reações rápidas e automáticas, facilitando-nos a sobrevivência. Porém, a verdade é que constitui também um mecanismo sofisticado, capaz de produzir reflexões que, para serem verdadeiramente elaboradas, exigem um processo mental lento, hoje como no passado.

Segundo o autor, o pensamento lento é um pensamento pesado, uma vez que carrega consigo o peso da memória, o peso da dúvida e o peso da incerteza do raciocínio. Maffei recorda ainda de que nos últimos anos, somos constantemente forçados a um dinamismo cada vez mais frenético, repleto de compromissos ou anulações de compromissos, enquanto a tecnologia produz instrumentos que visam a rapidez e a velocidade, tornando os dispositivos digitais constantemente desatualizados, tal é a rapidez com que evoluem.

Sobre o autor:
Lamberto Maffei (1936) é um médico e cientista italiano. Dirigiu o Instituto de Neurociência de CNR e o Laboratório de Neurobiologia da Escola Normal Superior de Pisa, instituição onde foi professor emérito de Neurobiologia. Foi presidente da Accademia Nazionale dei Lincei. Recebeu inúmeros prémios e distinções na área da medicina.

O “Elogio da Lentidão” está já disponível nas livrarias portuguesas pelo PVP de 14,90€.