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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Os dois livros de Joana Veríssimo

Acabei de ler, de uma penada, Há pesadelos que nos fazem acordar e Sorriste-me, ambos de Joana Veríssimo, uma jovem autora que está a dar os primeiros passos no mundo da escrita. Formada em Jornalismo e Comunicação pela Universidade de Coimbra, apercebi-me pelo que li, que a escrita é um desejo antigo que agora começa a ganhar forma...

A Joana, simpaticamente, ofereceu-me a possibilidade de ler os seus dois lançamentos que, desde já, muito agradeço.

Há pesadelos que nos fazem acordar foi o primeiro. Trata-se de um conjunto de crónicas e cartas, cujo tema gira em torno de um sentimento maior: o amor. Grande parte destes escritos são pensamentos, reflexões e análises a diferentes tipos de amor. Sente-se, claramente, a dor de uma perda amorosa - não há ninguém no mundo que não tenha passado pelo fim de uma relação que não se reveja em muito daquilo que Joana escreve.

Contudo, prefiro destacar as páginas dedicadas ao avô. Sempre deixei clara a perda da minha mãe há 13 meses e senti, de forma muito clara, as palavras que a autora deixa sobre a perda física de um ente querido.


Sorriste-me (lançado este ano), por sua vez, é um livro romântico. Seguimos a história de amor de Laura e Pedro - e temos "acesso" ao pensamento de ambos, intercalado com excertos de músicas bem conhecidas  Pedro Abrunhosa, Sérgio Godinho, Rui Veloso, Ana Carolina, etc... 
Assistimos ao nascimento de um amor, ao pedido de casamento, à boda junto dos amigos... e ao final feliz que se, enquanto leitora, esperava. É um livro pequenino que se lê muito bem, especialmente, se tivermos uma alma cor-de-rosa e que acredita que os amores podem ser para toda a vida. 

Ainda se nota, nas entrelinhas, a juventude da Joana; o que é bom para quem já escreveu dois livros - há ainda uma enorme margem para desenvolver este aspeto. Daqui a 10 anos, gostaria de continuar a ouvir falar da Joana. 

Podem saber mais sobre a Joana Veríssimo na sua página oficial do Facebook: https://www.facebook.com/jisrv/


Lançamento "Viagem ao Património Português"

Por iniciativa da União Europeia celebramos em 2018, pela primeira vez, o Ano Europeu do Património Cultural. É uma oportunidade para a realização de iniciativas envolvendo comunidades, cidadãos, organizações, entidades públicas e privadas, contribuindo para uma maior visibilidade da cultura e do património e para o reconhecimento da sua importância e do seu caráter transversal em todos os setores da sociedade.

A Editora Fábula teve, a propósito desta iniciativa especial, a original de ideia de criar e lançar Viagem ao Património Português (Ed. Fábula | 72 pp. | 14,99€), de Rita Jerónimo (texto) e Alberto Faria (ilustração). 
Um livro que dá a conhecer os 23 elementos do Património Português considerados pela UNESCO como Património da Humanidade (material e e cultural imaterial). Fomentando a descoberta do Património em família, leitores de todas as idades vão descobrir e aprender curiosidades sobre estes elementos e sentir orgulho pela sua riqueza e diversidade.



Sobre o livro:
Os avós da Sara e do Tomás desafiaram os netos para uma viagem à descoberta do património cultural português reconhecido como Património da Humanidade pela UNESCO. Ao longo do passeio vão ficar a conhecer a Paisagem do Douro Vinhateiro, os Bonecos de Estremoz, o Convento de Cristo, o Fado, entre muitos outros tesouros do nosso país. As ilustrações bem-humoradas de Alberto Faria, combinadas com o rigor e a criatividade do texto de Rita Jerónimo, tornam esta viagem inesquecível para leitores de todas as idades. E no final, as observações divertidas e curiosas dos irmãos e as explicações simples, e cheias de sabedoria, do avô Zé e da avó Alice vão deixar saudades. Afinal, a «saudade» é ou não é um património cultural imaterial português?

Sobre os autores:
Rita Jerónimo nasceu em Lisboa, mas tem raízes em África. É antropóloga de formação e coração. Tem trabalhado desde sempre na área do Património, tanto o material, em projetos museológicos em vários locais do país, como, mais recentemente, o património cultural imaterial, tema do seu projeto de doutoramento, cujo estudo de caso é a candidatura do Fado à lista da UNESCO.

Alberto Faria nasceu em Lisboa, onde se licenciou em Design pela Faculdade de Belas Artes. É diretor de arte e ilustrador. Colaborou com as agências de publicidade BBDO, Brandia, Fuel e Young & Rubicam, entre outras, e em publicações como O Público, Diário de Notícias, Ler, Evasões e Volta ao Mundo. Foi premiado em alguns dos principais festivais de publicidade nacionais e internacionais, e foi autor de sardinhas premiadas nas Festas de Lisboa em 2013, 2014 e 2015.


quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Novidade - a partir de 3 de outubro

Sobre o livro:

A criatividade torna-nos especialmente avançados enquanto espécie, mas também nos dá o potencial para sermos extremamente perigosos, sobretudo no que respeita ao nosso planeta. Neste livro profundo e revelador, Edward O. Wilson procura saber como surgiu esta expressão humana única e fundamental e como se manifestou ao longo da história da nossa espécie.

Revelando grande sensibilidade e misturando meditações filosóficas com factos científicos, o autor demonstra que a criatividade teve início há mais de cem mil anos e narra a sua evolução desde os antepassados primatas até aos seres humanos. Os primeiros Homo sapiens tinham um cérebro e uma memória maiores, levando à elaboração de narrativas internas e, pela primeira vez na vida, a uma verdadeira linguagem. A partir daí, surgiu a nossa criatividade e cultura sem precedentes.

Wilson aborda ainda a importância da relação entre as humanidades e as ciências: o que se oferecem mutuamente, como podem unir-se e quais são as suas lacunas.

O passado e o presente da criatividade e da humanidade, e também uma proposta de mudança, para que, no futuro, possamos aprender mais sobre a natureza humana e aperfeiçoar a nossa relação com a natureza.

Sobre o autor:
Edward O. Wilson é um dos mais proeminentes biólogos do mundo. Nasceu em Birmingham, no Alabama, em 1929 e desde cedo se sentiu atraído pelo ambiente natural. Professor emérito da Universidade de Harvard, reside com a mulher em Massachusetts.

Escreveu mais de 30 obras, entre as quais A Criação, A Diversidade da Vida, Cartas a um Jovem Cientista, A Conquista da Terra, O Sentido da Vida Humana e On Human Nature e The Ants, ambas distinguidas com o Prémio Pulitzer.

Entre os mais de cem prémios que recebeu destacam-se a Medalha Nacional das Ciências dos EUA, o Prémio Crafoord (equivalente ao Prémio Nobel) da Real Academia Sueca de Ciências, o Prémio Internacional de Biologia do Japão e, em letras, dois prémios Pulitzer, os prémios Nonino e Serono de Itália e o Prémio Internacional Cosmos do Japão.

Ficha Técnica:
Homo Creator
Tradução de João van Zeller
216 Págs l PVP: 15,50€
Disponível a partir de 3 de outubro

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Lançamento: Portuguesas Extraordinárias

A editora e escritora Maria do Rosário Pedreira escreveu Portuguesas Extraordinárias, um livro dirigido aos mais jovens que dá a conhecer mulheres portuguesas que se destacaram nas mais variadas áreas, da Literatura à Política, do Desporto à Ciência. As ilustrações são de Elsa Martins.

O livro terá lançamento e apresentação pública no dia 27 de setembro, pelas 18h30, no Colégio Moderno, em Lisboa. A apresentação será conduzida por Isabel Soares.


Portuguesas Extraordinárias
Ed. Booksmile
72 pp.
14,99€

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Lido: A Rapariga de Auschwitz, de Eva Schloss


Tenho lido, este ano, alguns livros cuja temática é a II.ª Guerra Mundial, com especial incidência no Holocausto. 

Desde que me lembro de estar na escola, nas aulas de História, e de se abordar este tema, senti-me fascinada. Já fiz duas visitas à Alemanha, e numa delas, antes de entrar no país germânico, passei cerca de um dia na Holanda e visitei a casa-museu Anne Frank. Havia lido "O Diário" quando era mais nova, e fiquei arrepiada ao ver - in loco - o espaço exíguo em que aquelas pessoas viveram durante poucos anos. 

Já em Berlim, visitei o Memorial do Holocausto e, embora, hoje, já não me recorde muito bem o ano concreto da minha visita, lembro-me bem do sentimento de impotência, de claustrofobia e de tristeza imensa, simplesmente, por estar ali e ler os testemunhos e ver o que restava de vidas desaparecidas.

Isto para chegar ao A Rapariga de Auschwitz. 

Para além de O Diário de Anne Frank, nunca tinha lido um livro escrito por alguém que passou pelas atrocidades cometidas durante o governo de Hitler. A maioria dos livros que li é baseada em relatos, em entrevistas, em análises de documentos, em visitas a campos de concentração... não são livros escritos pelo punho de uma sobrevivente. 

Eva Schloss, em 1944, foi transportada para Auschwitz - das mais de 150 crianças desse transporte, ela é uma das (apenas) sete sobreviventes. 

"Tinha 15 anos quando eu e milhares de outras pessoas atravessámos às sacudidelas a Europa, num comboio composto por carruagens de gado escuras e a abarrotar, e fomos despejados junto aos portões do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. Mais de 40 anos haviam passado, mas, quando Ken Livingstone me pediu para falar, uma sensação de terror absoluto formou-me um nó no estômago. Senti vontade de rastejar para baixo da mesa, e esconder-me" - assim se lê na primeira página.

Na capa: "A Rapariga de Auschwitz começa onde O Diário de Anne Frank termina" - New York Daily News.

A mãe de Eva, Fritzi, também sobreviveu, por pouco, ao campo de concentração. O pai e o irmão morreram pouco antes da libertação do campo pelo exército russo. Em 1953, Fritzi acaba por casar com Otto Frank, pai de Anne. 

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

A Vida Secreta dos Faraós - a partir de 3 de outubro

Disponível a partir de 3 de outubro

A Vida Secreta dos Faraós é o 10.º livro da famosa coleção, cujo primeiro título, Os Grandes Mistérios da História, vai já na 11.ª edição. Este novo livro, dedicado ao nascimento, auge e queda da civilização mais importante da antiguidade, abarca mais de 3000 anos de História e faz revelações, como nenhum outro até agora, sobre o lado espiritual dos faraós.

Sobre o livro:
A revelação dos mistérios dos monarcas que governaram um império em nome dos deuses, as origens no rio Nilo e a busca pela eternidade são temas fundamentais deste novo livro. Os templos e os rituais funerários, a escrita hieroglífica, as inovações na engenharia, astronomia, química e medicina são alguns dos mais impressionantes feitos da cultura egípcia, aqui relevados de forma detalhada e apelativa.

Começando no final da pré-História e terminando após ser conquistada pelo Império Romano, a civilização do Antigo Egito desenvolveu-se na margem do rio Nilo, com uma organização social, política, artística e administrativa nunca antes conhecida. Ainda hoje o seu sistema de escrita, os tesouros, a arquitetura monumental, a religião e as histórias sobre os próprios faraós continuam a encantar o mundo.

Como começou e o que levou ao seu declínio? Quem foram os faraós e como conseguiram criar um império a partir do Nilo? Quem foi o monarca mais poderoso? Porquê o desejo de eternidade? Onde esconderam os seus túmulos e tesouros? Quais foram os principais avanços nos domínios da arte, da tecnologia e da ciência?

Eis um relato épico que abarca mais de três mil anos de História de uma sociedade sofisticada e única sobre a qual ainda há tanto para conhecer.

Ficha Técnica:
PVP: 19,00€
432 Págs.
Já em pré-venda em https://www.clubedoautor.pt/

Lançamento: Vício de Amor, de Patrícia Martins

“O quarto de isolamento para onde a enfermeira me levou naquele primeiro dia passou a ser o meu refúgio.
Aquelas quatro paredes brancas, aquele catre onde me debati durante horas, suei e gritei para que me deixassem sair dali, para que me dessem aquilo que o meu corpo desesperadamente pedia. 
Ninguém me respondia, parecia que ninguém ouvia os meus suplícios. Talvez estivesse sozinha no mundo. 
Talvez alguém me visitasse no meu santuário, pois os tabuleiros de comida encontravam-se sempre em cima da pequena mesa junto à porta, nos poucos momentos de sanidade.
Não recordo a presença de ninguém naquela cela. Nem sei se alguma vez deixei de estar sozinha.”

Este é um excerto do livro "Vício de Amor", assinado por Patrícia Martins (uma colega dos tempos de faculdade). Nesta sua primeira experiência literária, a Patrícia abraçou o romance como linha de partida.

Sinopse:
Quando se nasce num dos bairros mais problemáticos de Lisboa, sonhar pode parecer algo inantingível, só a forte determinação e perseverança de Laura lhe permitem ir em busca do seu sonho.

Consegue terminar o curso de estilismo. Com a ajuda da família e graças ao talento nato dela, agarra a oportunidade que lhe surge e parte para Milão para fazer um estágio numa das mais prestigiadas marcas de roupa europeias.

É aí que a sua vida vai dar uma grande reviravolta. Vícios do passado voltam para assombrar o seu futuro promissor. A possibilidade de uma carreira em Itália fica arruinada e Laura vê o sonho de uma vida escapar-lhe entre os dedos.

Bruno Delatorre é um promissor astro do futebol, nascido numa das mais influentes famílias italianas, foi um jovem habituado a ter tudo o que sempre desejou. Quando conhece Laura a química entre ambos é imediata. Bruno sabe que não pode ceder ao seu desejo pois a jovem está proibida a ele. E quando ela chega a Itália determinada a conquistar o mundo, a convivência entre ambos faz renascer o desejo antigo.

O destino parece querer conspirar contra os dois e Bruno finalmente percebe que há coisas que o dinheiro não pode comprar, pois arrisca-se a perder o seu amor para sempre.

Sobre a autora:
Nasceu nas Caldas da Rainha onde cresceu junto dos pais e dos irmãos. Desde tenra idade demonstrou que entre livros é onde se sente melhor. O desejo pelas letras era tal que aprendeu a escrever antes de ir para a escola.
Esta paixão cedo se transformou em um desejo de poder criar o seu próprio universo literário. Quando terminou o curso de comunicação social, começou a aventurar-se no mundo da escrita criando alguns textos que permaneceram na gaveta. “Vício de Amor” é o seu primeiro romance.

Ficha Técnica:
ISBN: 978-989-52-3564-3
Páginas 220
Pvp papel 16€
Pvp ebook 3 €

O livro encontra-se à venda no site da Chiado Editores: https://www.chiadobooks.com/livraria/vicio-de-amor

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Novidade: O Pequeno Livro dos Cães mais Famosos, de Cláudia Cabaço

Sobre o livro:
Todos sabemos: o cão é o melhor amigo do Homem! Descubra histórias de cães famosos e do que fizeram por quem amavam. Narrativas comoventes, como a do labrador que não deixou para trás o dono no 11 de Setembro, ou a do velhote e debilitado Max, que permaneceu junto da sua dona, ainda criança. Recorde a Laika, a Lassie ou o Rin Tin Tin... 

Já o Walter e a Julia, a menina surda, esses, dão-nos uma lição de vida! Divirta-se com as histórias de vários heróis acidentais: cães que se tornaram verdadeiras celebridades, lidando muito bem com a fama que lhes caiu nas patas. Independentemente, do século ou do continente, surpreendem-nos cães que conquistaram o coração a presidentes, rainhas, soldados, crianças, e tantos outros que nunca, mas nunca, os decepcionaram.

Ao ler O Pequeno Livro dos Cães mais Famosos, corre o risco de ficar a gostar ainda mais desse seu companheiro de quatro patas.

Sobre a autora:
Cláudia Cabaço nasceu em 1971, em Lourenço Marques, Moçambique. Filha de um publicitário, Manuel Jorge Cabaço da Silva, desde cedo percebeu que gostava da área da comunicação e de escrever. 
Trabalhou mais de uma década em publicidade, passando a seguir por plataformas de e-commerce e empresas de marketing digital. Pelo caminho, foi dona de Dandy, um charmoso cão que veio de África com a família e que, fazendo justiça ao nome, rapidamente se habituou a cirandar sozinho pelas ruas de Cascais, regressando apenas ao cair da noite.
Depois entra o Twiky, rafeiro déspota como não houve outro nos anos 80, mas que teve a sorte de ser o protegido do lar, confrontando, sem dó nem piedade, as adolescentes da família e todos os seus amigos. Felizmente, com um Twiky amenizado pela avançada idade, chega a Iuca, a labradora mais doce de sempre.

Ficha Técnica:
Não Ficção / Lazer e Tempos Livres
160 páginas · 15x23 · 13,90 €
Nas livrarias desde 18 de setembro
Guerra e Paz Editores

Lançamento: Dom Quixote de la Mancha para jovens!

Agora os jovens dos 8 aos 14 anos já podem ler D. Quixote de La Mancha de Cervantes!

Um dos livros mais traduzidos de sempre, e o maior êxito do grande escritor espanhol Miguel de Cervantes, Dom Quixote de La Mancha assume preponderância na rentrée da Guerra e Paz, mais heróico e aventureiro do que nunca.

Este é o 9.º clássico que a Guerra e Paz adapta para os jovens e inclui na coleção «Os Livros Estão Loucos». Referência apenas cronológica, pois Dom Quixote de La Mancha é, sem sombra de dúvida, um dos mais ambiciosos deste leque de luxo.

Dispensar-se-iam apresentações a tal obra-prima, mas os miúdos precisam saber: afinal quem é Dom Quixote de La Mancha?

Esta obra, com mais de 400 anos, conta a história de Alonso Quijano, um fidalgo que era igualmente um assíduo leitor de livros de cavalaria. Tantas eram as horas passadas a ler que Alonso começou a fantasiar sobre o tema e quis reviver as peripécias que lia. Foi assim que nasceu Dom Quixote de La Mancha, o Cavaleiro da Triste Figura. A partir desse momento, as aventuras não mais pararam.

Acompanhado pelo fiel escudeiro Sancho Pança e suspirando de amor pela donzela Dulcineia del Toboso, este engenhoso Fidalgo irá lutar, ao lado dos mais novos, contra moinhos de vento e exércitos de ovelhas e carneiros!

Ficha Técnica
Dom Quixote de La Mancha
Miguel Cervantes / Adaptação: Elizabete Agostinho
136 páginas · 14x20,5 · 13,90 €
Nas livrarias desde 18 de Setembro

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Novidade: Anassa, de Josh Martin

Sinopse:
O curioso das profecias é que nos fazem ser o que dizem que vamos ser.
Etain é a Anassa, a jovem líder da única ilha que resta na Terra. A profecia diz que o seu destino é unir os dois povos da ilha e liderá-los. Mas as profetisas não a prepararam para as dificuldades - as pessoas continuam divididas e começam a questionar a sua liderança.
Inesperadamente, a ilha é invadida por homens nunca antes vistos, guerreiros hostis, e os seus habitantes descobrem que afinal não estão sozinhos no mundo. Os recém-chegados trazem consigo violência, destruição e revelações sobre o passado que vão abalar as crenças da sociedade.
Para fazer frente à magia desconhecida e poderosa dos ocupantes, e conseguir salvar a sua ilha, a Anassa terá de pôr em perigo a sua vida e a de todas as pessoas de quem gosta.
Será ela capaz de salvar o seu povo?

Ideal para fãs de Os Jogos da Fome e Divergente.

Sobre o autor:
Josh Martin nasceu em 1989 e atualmente mora em Londres. Dedicou toda a sua vida à escrita e à ilustração, acalentando, desde sempre, o sonho de se tornar escritor.
Adora literatura fantástica e heróis, preocupa-se profundamente com as questões ambientais e defende ativamente a igualdade de géneros.

Ficha Técnica:
ISBN 9789898917232
PVP 18,79 € (IVA incluído) - preço fixo até fim de fevereiro de 2020
Páginas 400
Apresentação capa mole
Dimensões 150x230x22,5 mm

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Apresentação do novo livro de Luís Osório



«Guardei sempre essa mensagem, amor não tem prazo de validade, se o tentamos aprisionar já não é amor, será que o pai te amou na noite em que me fizeram?»

Uma dúvida inexplicável de Luís Osório, 46 anos, autor de meritório percurso e reconhecimento público, que após duas décadas de carreira mediática decide abrir o mais recôndito baú de memórias familiares e publicá-las, num impressionante testemunho, de alta intensidade literária, com a chancela Guerra e Paz, editores.

Em Mãe, promete-me que lês, o autor assume o repto do «livro mais arriscado e mais doloroso» do seu percurso de escrita, numa viagem a um passado no qual moram vivências extremas e devastadoras. O pai seropositivo e a vertigem depressiva que levou a mãe a tentar o suicídio, após descobrir a homossexualidade do homem amado.

Dez anos após a morte da sua mãe, Luís procura manter um diálogo pungente e terno, capaz de quebrar barreiras, com a mulher que mais amou e mais odiou. Aqui a literatura entra pelos territórios da realidade, a contamina-a, tornando tudo mais suportável.

O medo da perda, o medo da morte, o amor pela vida. Tudo cabe nesta confissão de Luís Osório. Uma obra na tradição europeia dos livros de escritores que se confrontam, com mais ou menos amor, com a figura materna.

De um desabafo sobram questões e um pedido: «Um dia prometes-me que lês? Consegues ler onde estás?» Que mais pode ele desejar? «Continua comigo, mãe.»

sábado, 15 de setembro de 2018

Lido: A Terceira Voz, de Cilla e Rolf Börjlind

Em novembro, já havia dado (aqui) a informação do lançamento de A Terceira Voz, do casal Cilla e Rolf Börjlind.

Agora, li-o. Começamos com Olivia Rönning, recruta da Polícia de Estocolmo, a procurar as suas origens, na América do Sul. Não li o livro anterior "Maré Viva", mas consegue-se perceber nas entrelinhas o drama pessoal da jovem, que assume o apelido "Rivera" da sua mãe biológica.

Na Suécia, Sandra fica sem combustível na mota e tenta contactar o pai, sem sucesso. Estando relativamente perto de casa, decide pôr-se a caminho, a pé, apesar do mau tempo que se faz sentir. Pelo caminho, sente-se desconfortável com a passagem de um desconhecido. Ao chegar a casa, depara-se com a figura do pai... enforcado.

Em Marselha, uma antiga artista de circo, que agora fazia filmes pornográficos, é brutalmente assassinada e desmembrada.

Aparentemente, estes dois casos nada têm em comum; mas, nos policiais nórdicos, nem tudo o que parece é. Tom Stilton, um ex-inspetor da Polícia com quem Olivia colaborou no passado, é arrastado para este último caso e quer o destino que juntem novamente forças para deslindar os mistérios que rodeiam todos os envolvidos.

Mas mais do que um policial, A Terceira Voz assume-se como um livro onde a crítica social é muito forte. Temas como a corrupção, a violência contra a mulher, os maus tratos a idosos, a violência sexual são abordados de uma forma muito direta, mostrando que apesar dos lugares cimeiros em indicadores como qualidade de vida, sustentabilidade, inovação, cultura e educação, a Suécia ainda tem (como todos os países da UE) um longo caminho pela frente no que toca à igualdade social.

Não foi um livro que me tirasse o fôlego como outros do género, mas é surpreendente, e o final não foi aquele que imaginava - o que é bastante positivo.

Novidade: O Barqueiro, de Claire McFall

Nas livrarias esta semana

O Barqueiro, de Claire McFall é inspirado no mito grego do Barqueiro do Hades e é uma história profundamente original. Obra premiada na Escócia, país natal da autora, tornou-se um dos maiores bestsellers contemporâneos na China, onde já vendeu mais de um milhão de exemplares.

Traduzido já em 14 países, o livro vai ser adaptado ao cinema pela mesma produtora de O Cavaleiro das Trevas (Batman Begins) ou o recente Mundo Jurássico (Jurassic World).

Sinopse
Dylan mal se lembra da cara do pai, tinha cinco anos quando ele se foi embora – e nunca mais o viu. Descobriu entretanto que ele vivia em Aberdeen, no Norte da Escócia. Telefonou-lhe, falaram longamente, e hoje é o grande dia: vai visitá-lo. Sente borboletas na barriga, e a verdade é que não dormiu bem, teve um sonho muito estranho…

O comboio percorre lentamente paisagens verdejantes. Até que, ao passar num logo túnel, dá-se um acidente terrível. E Dylan é a única sobrevivente. Ou talvez não.

Ao emergir dos escombros, ao encontrar a saída do túnel, não percebe bem onde está. A paisagem verdejante deu lugar a um cenário desolado, desértico, terrível.

E Tristan, um rapaz de olhos tristes, está à sua espera. Ela levará tempo a perceber o que se passa. Tristan é o barqueiro, tem a mesma missão há muito, muito tempo: encaminhar os mortos para o outro lado. É uma longa travessia, que ele já fez com milhares de pessoas. E com enormes perigos: porque à espreita estão as fúrias à caça de almas humanas…

Ao longo do caminho, sem perceber como nem porquê, Dylan sente-se cada vez mais próxima do rapaz dos olhos tristes. E ao aproximar-se do seu último destino, sabe que a história não pode acabar ali, sabe que tudo fará para permanecer ao lado do seu barqueiro, por toda a eternidade.

Ficha Técnica
ISBN: 978-989-23-4308-2 
264 páginas 
PVP C/ IVA 16,90€
Sobre a autora
Claire McFall é escritora e professora e vive e trabalha no Norte da Escócia. O seu primeiro livro, O Barqueiro, conquistou o prémio Scottish Children's Book Award e foi nomeado para os prémios Branford Boase Award e Carnegie Medal.
Autora também das obras Bombmaker e Cairn Point (vencedora do primeiro prémio Scottish Teenage Book Prize), dedica-se a tempo inteiro à escrita desde que os direitos de O Barqueiro foram vendidos para o cinema.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Novidade: O Medo, de C.L.Taylor


Sinopse:
Quando Ben, o novo namorado de Louise, a tenta levar numa viagem-surpresa a França, ela entra em pânico, sai do carro e foge. Ben não entende. Não pode entender, porque não sabe o que aconteceu a Louise da última vez que um namorado a levou pelo canal da Mancha. Ela tinha 14 anos. Mike tinha 31. E o que aconteceu deixou marcas em Louise para sempre.

Hoje com 32 anos, Louise nunca conseguiu ter uma relação estável. Guarda o seu segredo inconfessável dentro do peito e, por isso, ninguém a conhece verdadeiramente. Depois do que aconteceu com Ben, decide fugir do mundo e isolar-se. Abandona Londres, deixa os amigos e começa a procurar um novo emprego perto da casa onde cresceu, que agora lhe pertence.

Ao instalar-se, descobre que Mike, agora com 49 anos, ainda vive e trabalha na vila. Quando o vê a beijar uma rapariga de 13 anos, Louise decide que já chega.

Está na altura de Mike sentir o medo com que Lou vive desde aquela viagem.

Sobre a autora:
C. L. Taylor é autora bestseller do Sunday Times, especializada em thrillers psicológicos. Os seus livros venderam para cima de um milhão de exemplares, tendo já sido traduzidos em mais de 20 línguas.
Nasceu em Worcester, no Reino Unido, e formou-se em Psicologia pela Universidade de Northumbria. Dedica-se, desde 2014, à escrita a tempo inteiro.

Ficha Técnica:
ISBN 9789898917249
PVP 17,69 € (IVA incluído) - preço fixo até fim de fevereiro de 2020
Páginas 320
Apresentação capa mole
Dimensões 150x230x19 mm

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Lançamento "docinho" no Mercado da Ribeira

Lançamento do livro "Os Doces da Chef Marlene. O Sabor do Saber Português", de Marlene Vieira



quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Novidade: A Dança das Trevas, de Philippa Gregory


Sinopse: 
Luca Vero, membro da Ordem das Trevas, foi enviado pelo Papa para investigar os sinais do final dos tempos. Juntamente com a amada Isolde, o servo Freize, o irmão Peter e a confidente Ishraq, Luca vai percorrendo os perigosos caminhos de uma Europa em plena Idade Média, repleta de mitos e segredos sombrios.

Desconhecendo os verdadeiros perigos que enfrentam, Luca e o seu grupo acabam encurralados numa pequena aldeia. Ali, quase à beira da loucura e possuídos por uma epidemia demoníaca, os habitantes dançam sem conseguirem parar.

Luca e os seus companheiros unem-se, então, em busca das causas e da cura para a doença da dança. Mas quando Isolde desaparece sem deixar rasto, é claro para todos que o maior dos perigos não se esconde entre os dançarinos…

Sobre a autora:
Philippa Gregory nasceu no Quénia a 9 de janeiro de 1954. Quando tinha apenas dois anos, a família mudou-se para Bristol, em Inglaterra. Licenciou-se em História pela Universidade de Sussex e é doutorada em Literatura do Século XVIII pela Universidade de Edimburgo.

Era já uma escritora consagrada quando se interessou pelo período dos Tudor. Rapidamente se tornou uma das escritoras de romances históricos mais lidas em todo o mundo.

Vive no condado de Yorkshire, em Inglaterra, onde se dedica à família, à escrita e aos animais da sua quinta. Consegue ainda encontrar tempo para se dedicar à organização Gardens for the Gambia, que fundou com o objetivo de ajudar a criar hortas junto das comunidades mais carenciadas na Gâmbia.

Ficha Técnica:
ISBN 9789897077111
PVP 16,99 € (IVA incluído) - preço fixo até fim de fevereiro de 2020
Páginas 288
Apresentação capa mole
Dimensões 150x230x18 mm

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Lido: Perguntem a Sarah Gross

Que livro bom, senhores e senhoras! Em fevereiro, li Os Loucos da Rua Mazur, e tinha ficado rendida a João Pinto Coelho. Na altura, havia ficado com Perguntem a Sarah Gross na retina, porque as críticas a este livro eram tão boas como ao "Os Loucos".

Este fim-de-semana, passei na FNAC, e acabei por comprar a edição de bolso de Perguntem a Sarah Gross (sim, lembro-me de, recentemente, ter pedido para me internarem se voltasse a comprar um livro a curto prazo...).
Não resisti e comecei logo a ler. E li. E li. E eram mais meia dúzia de páginas. E li. E "assim como assim" já passei as 360 páginas. E li. E só faltam 50 para terminar. E terminei. Em menos de 24 horas.

João Pinto Coelho faz os trabalhos de casa. E, pela minha saúde, eu precisava de morrer e nascer outra vez para escrever como ele. Aliás, quando eu for grande quero saber escrever como ele. A magia, a realidade, o ambiente... as palavras que usa para descrever algumas das maiores crueldades que se passaram em Birkenau-Auschwitz nos anos da guerra têm uma incomum forma de arte.

Chorei a ler este livro. Pronto, está dito. E terminei-o a implorar silenciosamente, que João Pinto Coelho volte depressa aos escaparates das livrarias. Eu compro, mesmo que seja um livro a falar das pedras da calçada.

Kimberly é convidada a ir a uma entrevista a um dos mais conceituados colégios americanos. Sabemos que foge de alguma coisa, sentimos o seu desconforto, mas precisamos de avançar na narrativa para "ouvirmos" pela sua voz o que tanto a afeta.

Pela frente, tem Sarah Gross, a diretora do colégio. Uma mulher enigmática, mas que consegue transmitir fortes emoções apenas com o olhar. Kimberly consegue a vaga e muda-se para o Colégio de Saint Oswald's. Cedo percebe que Sarah Gross é uma voz dissonante junto daqueles que querem manter vivo o espírito elitista da instituição. Reformular e modernizar o colégio é uma das missões a que se propõe.

Ao iniciar o 2.º ano letivo no Colégio, numa bela manhã, perto do Natal, Kimberly vê o seu mundo abalar, com uma descoberta perturbadora. E, essa descoberta, vai levantar muita da poeira acumulada ao longo de anos de encobrimentos, dor e sacrifício.

Perguntem a Sarah Gross começa em 2013, com a nossa narradora a contar eventos passados nos finais dos anos 60; eventos esses que vão sendo intercalados com episódios passados na Polónia dos anos 20 e 30, pouco antes do início da 2.ª Guerra Mundial.

Senti a dor de cada uma das personagens. João Pinto Coelho já me havia transmitido essa sensação, e agora pude confirmá-lo. Ainda estou ligeiramente ansiosa com o que li, quase como se eu própria fosse a portadora de segredos tão obscuros como aqueles que Sarah, ou até mesmo Kimberly, suportaram.

Leiam. A sério. Leiam Perguntem a Sarah Gross. Vale cada segundo do vosso tempo.
Comprar livros é um luxo. Comprar literatura não é barato, mas esta edição, custou menos de 10 euros. Estou sem óculos e fiz um esforço bastante grande para ler aquelas letrinhas inerentes a uma edição de bolso, mas dormi com a alma preenchida.


domingo, 9 de setembro de 2018

Rentrée literária do Grupo 20|20

A reentrada na nova temporada do Grupo 20|20 começou no passado dia 30 de agosto com o lançamento de 21 Lições do Século XXI, de Yuval Harari. 


No seguimento do enorme sucesso de Sapiens e Homo Deus - obras recomendadas por líderes como Barack Obama, Bill Gates ou Mark Zuckerberg - o fenómeno global Yuval Harari regressa com mais uma obra desafiadora, geradora de uma leitura voraz, de escrita escorreita, mas entusiasmante, acessível a todos os leitores.

Em Sapiens, o meu primeiro livro, revisitei o passado do homem, descrevendo o modo como um macaco insignificante se tornou o dono do planeta Terra. No meu segundo livro, Homo Deus, explorei uma visão a longo prazo do futuro da vida humana, contemplando como poderemos eventualmente tornar-nos deuses, e refletindo sobre os limites até onde a nossa inteligência e a nossa consciência nos poderão levar. O meu novo livro debruçar-se-á sobre o estado presente do mundo.

Qual o verdadeiro significado dos eventos que hoje testemunhamos e como poderemos lidar com eles à escala individual? Que desafios e escolhas se nos deparam? O que poderemos legar ou ensinar aos nossos filhos? Algumas das questões que procurarei explorar e dar resposta incluem o significado da ascensão de Trump, se Deus estará ou não de regresso ao nosso mundo, se o nacionalismo pode ser a resposta a problemas como o aquecimento global.

21 Lições do Século XXI está dividido em 5 partes (O Desafio Tecnológico, o Desafio da Política, Desespero e Esperança, Verdade, Resiliência), cada uma delas com questões dedicadas a temas específicos, no total de 21 lições para o Século XXI.

Sobre o autor:
Yuval Noah Harari é historiador, investigador e professor de História do Mundo na Universidade Hebraica de Jerusalém, considerada uma das melhores instituições de ensino a nível internacional. Doutorado em História pela Universidade de Oxford, Harari tem-se dedicado ao estudo e ensino da História, encorajando os seus alunos a questionar os conhecimentos e ideias que têm por garantidos sobre a vida, o mundo e a humanidade.

Harari foi duas vezes vencedor do Prémio Polonsky para Criatividade e Originalidade nas Disciplinas de Humanidades, em 2009 e 2012. Publicou numerosos livros e artigos científicos. Sapiens: História Breve da Humanidade (ed. Elsinore, 2017) é bestseller internacional, publicado em mais de vinte línguas. É também autor de Homo Deus (ed. Elsinore, 2017), sucessor de Sapiens, no qual aborda o futuro do ser humano.

sábado, 8 de setembro de 2018

Lido: 2666, de Roberto Bolaño

Nunca um livro me deu tanto "trabalho" como 2666. Demorei quase quatro meses a lê-lo. Foram 1000 e algumas páginas.

2666 é, definitivamente, o livro mais complicado que alguma vez me passou pelas mãos. Algumas vezes (não poucas) pensei em colocá-lo de lado, mas olhava para o tempo já "gasto" e continuava a avançar.

Algumas vezes (não poucas) pensava "onde é que ele quer chegar com isto?", mas com calma e paciência, cheguei ao fim e as pontas uniram-se.

2666 foi o último livro escrito por Bolaño, antes de falecer em 2003, o que lhe dá uma aura de "incompleto", mas sem o estar. No fim, naquela última página, não ficamos desiludidos.
De acordo com o que percebi, 2666 está estruturado como se a ideia fosse serem romances independentes, com uma linha condutora comum: o assassinato de mulheres em Santa Teresa, uma cidade mexicana, junto à fronteira com os Estados Unidos da América (a cidade é transposição ficcional de Ciudad Juárez).

No início, temos quatro académicos - uma inglesa, um italiano, um espanhol e um francês - especialistas na obra do misterioso autor alemão Benno von Archimboldi.
Archimboldi, apesar da longa obra publicada, mantém-se longe dos holofotes da fama (cada vez mais) crescente. E esse espectro de mistério que faz com que os quatro o tentem encontrar. Assim, dão por si a viajar para o México, último lugar onde supostamente Archimboldi teria sido avistado. Entre os quatro começam a nascer relações cada vez mais distantes daquilo que os tinha unido em primeira instância. Aqui, começam as primeiras notícias de mulheres assassinadas.

Depois, no capítulo seguinte, temos Amalfitano, um professor, transferido para a Universidade de Santa Teresa, que se faz acompanhar da filha, Rosa. O seu maior receio é que Rosa se torne mais uma vítima.

O capítulo seguinte fala-nos de um jornalista afro-americano, que vai ao México para cobrir um combate de boxe, apesar de "Desporto" não ser a sua área de especialidade. Lá, conhece um camarada mexicano que lhe chama a atenção para os assassinatos. Conhece também Rosa (a jovem do capítulo anterior), e o pai paga-lhe para levar a jovem para os EUA. A última vez que sabemos deste jornalista é quando ele vai a um estabelecimento prisional entrevistar o único suspeito detido dos assassinatos, Klaus Haas.

O quarto capítulo é o dos assassinatos propriamente ditos, até à prisão de Haas. São muitos assassinatos. Umas mulheres são identificadas, outras não, que acabam por ir parar a uma vala comum. 112 mulheres mortas em Santa Teresa no espaço de quatro anos, para sermos mais exatos.

No último capítulo, assistimos ao nascimento de Benno von Archimboldi, até ao momento em que as pontas soltas de todos estes capítulos se unem.

Como disse antes, 2666 tem um total superior a 1000 páginas e é dono e senhor de uma complexidade que poderá não estar ao alcance de todos. Demorei a engrenar... talvez por isso tenha demorado quatro meses (menos quatro dias) a terminá-lo. Cansava-me, e pegava noutro livro. Voltava a 2666. Cansava-me e via uns quantos episódios de uma qualquer série de seguida. Voltava a 2666. Cansava-me e dormia a sesta.

Todos estes apartes, 2666 é um livro bom. Muito bom. Percebe-se porque é considerado dos melhores livros em língua espanhola dos últimos 25 anos.

2666 é um livro publicado em 2004, já depois da morte do seu autor.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Novidade: Os Provocadores de Naufrágios, de João Nuno Azambuja

Desde 4 de setembro nas livrarias

Sobre o livro:
1Os Provocadores de Naufrágios nasce da inquietação do autor em adaptar as memórias de Klaus Kittel, um luso-alemão que cresceu na cidade do Porto e lutou junto das tropas de Hitler na II Guerra Mundial. 

Os manuscritos foram descobertos por acaso numa casa desabitada na cidade invicta. Segundo João Nuno Azambuja, «aquelas páginas, escritas em alemão, exibem a nudez da mais singela das sinceridades, vogando ao longo da intensa vida de um homem».

Uma história com tanto de improvável como de real, de um homem que sentiu na pele a crueldade humana, numa época de terror, guerra, morte e totalitarismo. Ao longo de 304 páginas, acompanhamos Kittel nos bombardeamentos aliados, na fuga ao Exército Vermelho, no discurso para a elite do Partido Nazi e, ainda, na fuga do campo de prisioneiros, com uma misteriosa ajuda de Álvaro Cunhal.

Dezenas de fintas ao destino de um escravo, soldado e marido. Nas palavras do autor, Kittel fora «um homem que amou mais do que prometia a força humana».

Os Provocadores de Naufrágios apresenta um prefácio de Miguel Real, que elogia o «notável trabalho sobre a categoria de tempo», e a alta recomendação de Isabel Pires de Lima. Para a ex-ministra da Cultura: «Os Provocadores de Naufrágios confirma João Nuno Azambuja como um escritor ao qual é preciso doravante estar atento.»

Ficha técnica:
Os Provocadores de Naufrágios
João Nuno Azambuja
Ficção / Romance
304 páginas · 15x23 · 16,00 €
Guerra e Paz Editores

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Primeiro post da temporada de pré-outono

Apesar do mês de agosto ser, por excelência, o mês de férias de Portugal e dos portugueses, todos os dias, recebia comunicados das editoras com as novidades. Nestes últimos dias, estas comunicações têm sido ainda mais frequentes... estamos, oficialmente, na rentrée!!!

Estou a começar a preparar alguns posts com algumas das novidades das próximas semanas do mercado livreiro. Há muitas e boas notícias do que virá por aí.

Para começar, já no próximo dia 18, é lançado o 4.º livro da saga de Cormoran Strike, por Robert Galbraith, pseudónimo de J.K. Rowling. Li os primeiros três livros e estou em pulgas por este Lethal White.

Neste volume, Strike, um veterano de guerra e detetive privado, e a sua assistente Robin Ellacourt seguem o rasto de um crime que um jovem rapaz mentalmente perturbado diz ter sido testemunha. A história vai levá-los de becos londrinos a assustadoras casas senhoriais inglesas, aliando o suspense ao drama pessoal das personagens principais.

Em Portugal, os livros têm sido lançados pela Presença, e pelo que sei, ainda não há data anunciada para a versão portuguesa. Resta-me esperar, pacientemente.

E espero, também pacientemente, que alguma televisão compre a série televisiva da adaptação da HBO. Tom Burke (Os Mosqueteiros) e Holliday Grainger (Os Bórgia) interpretam os papéis principais. E, posto isto, Tom Burke é, oficialmente, o meu novo crush da TV britânica. 

Trailer oficial