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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Alex, de Pierre Lemaître

Há muito tempo (mesmo muitoooo tempo!) que não me acontecia uma destas: ler um livro num único dia. Aconteceu simplesmente. E adorei!

Comprei o livro "Alex" (2011) de Pierre Lemaître, na Bertrand por um preço ridículo. Atenção, senhores da Bertrand... "ridículo" no bom sentido. Por ser um livro "antigo", estava por 10 euros (na Wook, está, por exemplo a 14,94€), e como tinha dinheiro no cartão de cliente, ficou-me por oito euros e uns trocados.

Já tinha ouvido falar deste autor - aliás, já tinha descarregado o primeiro livro dele, "Irène", para o tablet, mas ainda não tinha encontrado tempo para me debruçar sobre ele - por isso, pensei que seria um bom investimento.

E foi. "Alex" é daqueles livros que nos prende desde o início.

Temos Alex, uma belíssima mulher, de quem se conhece muito pouco. É raptada, por um homem misterioso que a espanca violentamente, e a tranca numa espécie de gaiola, num local, aparentemente, deserto e abandonado. O homem pouco fala, e apenas lhe dá água e biscoitos de cão para comer.
Numa das poucas falas deste homem, ele diz-lhe, claramente, que ela está ali para morrer. Com uma determinação imensa, Alex elabora um plano para fugir daquele cativeiro.

Por outro lado, temos um policial, o comandante Camille Verhœven a quem é entregue o caso. Com pouquíssimas pistas, consegue encontrar o lugar para onde foi levada Alex, só que ela já não está lá.

E é aí que tudo começa. Começam a aparecer diversos mortos, com o mesmo "modus operandi": golpeados na cabeça, e forçados a beber ácido, indicando que o assassino será o mesmo. Mas... o que será que estas pessoas têm em comum?

"Um thriller gelado que joga com os códigos da loucura assassina, um mecanismo diabólico e imprevisível, onde nos encontramos com o enorme talento de Pierre Lemaître. Alex foi um dos romances finalistas do Grand Prix de la littérature policière 2011", segundo se lê na capa do livro.

Aconselhadíssimo. Mas se tiverem o estômago fraquito, não se metam nisto... não é um livro para meninos!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

A Mulher Enjaulada, de Jussi Adler-Olsen

Descobri, há pouco tempo, o livro "A Mulher Enjaulada", de Jussi Adler-Olsen (2014, publicado pela Editora Record, no Brasil) e bastou-me ler a sinopse para saber que era um livro que tinha de ler.

No auge da carreira política, a bela e reservada Merete Lynggaard desaparece. As investigações que se seguem não rendem muitas informações à polícia, levando ao arquivamento do caso, como sendo suicídio. 
Passados alguns anos, o detetive Carl Mørck, responsável pelo recém-criado Departamento Q — uma secção para casos importantes não solucionados — é encarregado de descobrir o que, afinal, aconteceu com ela. Então, com seu assistente, Assad, ele inicia uma busca pelos rastros desse mistério e, para isso, Carl precisa vasculhar o passado de Merete, guardado a sete chaves, para descobrir a verdade.

Eu sou o tipo de pessoa que vê a série "Casos Arquivados", logo gostei da ideia.

E o prólogo confirmou-o. Começamos logo com a descrição de um cativeiro. Merete está presa algures. Confinada a um espaço pequeno, e tem as mãos em sangue. Sabemos que é Merete devido à informação recolhida na sinopse. Ou pelo menos, supomos que seja ela.

E depois somos divididos em dois períodos diferentes temporais, sendo que um deles (o mais antigo), inicia em 2002, com o desaparecimento de Merete. E no tempo mais recente, temos o detetive Carl Mørck, que se está a recuperar de um ataque (que vitimou um colega, e deixou outro totalmente paralisado), que pega - a contragosto - no recém-criado Departamento Q e que, por sorte, elegeu o desaparecimento de Merete como o caso a solucionar.

Um mistério à boa moda escandinava.

Sobre o autor: 
Jussi Adler-Olsen nasceu em Copenhaga e, entre outros trabalhos, foi editor de diversas publicações antes de começar a escrever ficção. O Guardião das Causas Perdidas é o primeiro romance da série Departamento Q. Jussi Adler-Olsen recebeu numerosas distinções e prémios literários nos últimos anos e atualmente conta com mais de 10 milhões de exemplares dos seus livros vendidos em 34 países.Venceu, em 2010, o Prémio Chave de Vidro (prémio literário criado em 1992 e concedido anualmente pela Associação Escandinava do Romance Policial a um escritor sueco, dinamarquês, norueguês, finlandês ou islandês).
Este livro é o primeiro da série "Departamento Q", protagonizado pelo detetive Carl Mørck e pelo seu assistente Assad. E que a série serviu de base para três filmes, sendo que o lançamento do último está agendado para este ano de 2016 (os anteriores tiveram, ambos, nota de 7.1 pelo IMDB)