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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Ando com vontade

Ando cheia de vontade de voltar mas não a esta casa.

Hora de mudanças...vou ali ver de um 2º esquerdo jeitoso para mim.

:)

SmS

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A Senhora das Especiarias


Chitra Banerjee Divakaruni escreveu, e eu li.

A escritora indiana, nascida em Calcutá, transporta-nos para um mundo místico de uma mulher, mestra e sacerdotiza escolhida para servir a magia das especiarias e os seus dons curativos e benfeitores, seja do corpo seja da alma.

Num local mágico, uma loja de especiarias, uma indiana muda a vida de todos os que frequentam a loja para comprar as inúmeras especiarias, aconselhando como as utilizar, dando receitas não só culinárias, mas também para resolver os problemas ou dilemas daqueles que por lá passam.
Sem nunca poder sair da loja ou tocar sequer fisicamente nenhum dos seus clientes, Tilo é prisioneira da sua condição. É escrava das especiarias...

Até ao dia...
E mais não conto deste belo livro que deu origem e um filme igualmente belo e sensual, denominado «O Sabor da Paixão», fica a dica para quem aprecia exotismo, erotismo e cheiro a especiarias...

Repórter X

De acordo com a Wikipédia, Repórter X era o pseudónimo de Reinaldo Ferreira que, além de jornalista, era também cronista, romancista, poeta e dramaturgo... entre outras actividades.

O livro que andei a ler era um conjunto de testemunhos de pessoas e amigos que cruzaram na vida deste homem, descrito muitas vezes como genial e um dos melhores jornalistas que Portugal viu nascer na primeira metade do século XX.

O livro - emprestado - era velhinho e o nome era apenas aquele que Reinaldo Ferreira havia escolhido. Em linguagem de início de século, vários amigos deste homem mostraram o que Reinaldo havia significado para eles, contaram episódios (como aquele em que Reinaldo, aos 13 anos, escreveu para uma revista francesa e a direcção desta pensando que se tratava de um jornalista conceituado começou a enviar-lhe exemplares...)

Profissionalmente, passou por jornais como A Capital, O Século, O Primeiro de Janeiro, entre outros.

Apesar de estar meio adoentada e deste simples post estar, por demais, fraquinho, acho que vale a pena conhecer o Repórter X, mais não seja pela sua faceta de escritor de literatura policial.

Trilogia «Sevenwaters»

retirado da net
Uma das minhas mais recentes longas leituras foi a trilogia de Juliet Marillier escritora de origem neo-zelandesa de uma cidade com fortes tradições escocesas, Dunedin. É licenciada em Linguística e Música pela Universidade de Otago, e a obra que me refiro é A Filha da Floresta, O Filho das Sombras, A Filha da Profecia.

Perto de mil e duzentas páginas de romance de fantasia mitológica celta da antiga Irlanda, escrito de forma a prender o leitor até à última página (já agora ficam a conhecer uma mania minha; quando uma obra é composta por diversos volumes, só a leio depois de os ter todos na minha posse para os poder ler de enfiada).

É a primeira obra que leio da escritora e gostei da história marcada por personagens bem elaborados, vibrantes e por um enredo que nos faz viajar às florestas e ilhas da Irlanda, e ao seu passado celta.
Druidas, feiticeiros, profecias e mitos...uma história através de gerações bem construída e empolgante.

Passada na velha Irlanda celta, quando o mito ditava a lei e a magia era uma força da natureza, esta relata a história de Sorcha, a sétima filha de um sétimo filho, o carismático Lorde Colum, e dos seus enfeitiçados seis irmãos. Contada em várias gerações relata o percurso dos domínios de Sevenwaters, um local remoto na Irlanda.

Em breve vos falei de outra trilogia da autora, igualmente bem escrita denominada «As Crónicas de Bridei» e que em nada desmerece esta primeira que li.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A Cidade da Alegria



Sem nenhum motivo aparente, de repente aflorou a minha memória uma obra que li à muitos anos atrás e que me marcou profundamente, e que posteriormente originou também um filme com o mesmo nome.
Co-escrita pelos grandes escritores Dominique Lapierre e Larry Collins, relata de forma jornalística a história de quatro pessoas que se cruzam, a de um jovem e rico médico que abandona a sua vida confortável, para exercer medicina num dos locais mais miseráveis e pobres deste planeta, um condutor de riquexó, um padre católico de origem polaca e uma bela enfermeira naquela que é ironicamente denominada «Cidade da Alegria» bairro de lata mais profundamente pobre que qualquer favela e onde doenças como a lepra proliferam.

A história verídica é sem dúvida um impressionante testemunho de vida que me fez e faz ainda hoje reflectir, sobre a verdadeira miséria humana e o quanto muitas vezes me queixo de uma forma rídicula dos problemas que por vezes atravesso, e que no fundo têm apenas a dimensão que eu lhes atribuo.

Mais impressionante é saber que autor doou metade dos seus direitos de autor da venda de mais de três milhões de títulos para o combate à pobreza na Índia. A sua generosidade contribuiu para curar da lepra cerca de oito mil doentes e erradicou a tuberculose de perto de outros mil e quinhentos. Recentemente adquiriu um navio-hospital que trata dos doentes dispersos pelas cinquenta e quatro ilhas existentes no rio Ganges. Um exemplo de vida, de generosidade humana e de solidariedade.

Além deste impressionante relato, também escreveram em conjunto um outro excelente livro, compilação de testemunhos sobre o período em que Paris se encontrava sob o domínio nazi, e como o general que era responsável pela cidade, se recusou a fazer explodir os então monumentos que se encontravam dinamitados. A esse general devemos o facto de a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo entre outros ainda se encontrarem de pé.
Hitler pergunta, Paris já está a arder? E é este o nome não só do livro como da adaptação cinematográfica.

Por fim não posso deixar de mencionar uma outra obra do autor, de excelência que nos relata a formação do estado de Israel, génese do actual conflito israelo-palestiniano.
A obra intitula-se «Oh, Jerusalém» e conjuntamente com as outras duas atrás referidas constituem leituras de referência e grande qualidade.

domingo, 21 de novembro de 2010

A Escrava de Córdova


Alberto Santos, advogado, formado pela Universidade Católica,presenteia-nos com a sua primeira obra literária.
Uma obra belíssima sobre a vida peninsular no período medieval, século X, no seio de uma encruzilhada de culturas.
Época em que os árabes liderados pelo grande Almansor dominavam a Península e cuja cultura florescia na maravilhosa cidade fortificada Medina Al Zahra, nas medianas de Qurtuba a actual Córdova.

Querelas incursões e batalhas entre o Sul arabizado e o Norte cristão. Amor e paixão entre uma jovem princesa anegiense raptada e reduzida à escravatura por duas vezes, e o filho do braço direito de Almansor, Abdus.

A trama, o rigor histórico e linguístico e o desenvolver dinâmico do romance, torna-o num livro surpreendente, rico em detalhes e que nos transporta pelo mundo peninsular antigo.

A todos os que apreciam o romance histórico, sobretudo este escrito por um autor português, recomendo vivamente a sua leitura e deliciem-se tal como eu me deliciei.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Murasaki Shikibu



«A História de Murasaki» é uma obra escrita por Liza Dalby sobre a grande novelista japonesa do século XI, conhecida como Murasaki Shikibu. Murasaki nasceu em Kyoto, no ano 973 e terá falecido por volta de 1025. Filha do governador de província, da familia Fujiwara, cedo revela um brilhante talento para a aprendizagem e para a escrita, rapidamente atalhado com um casamento imposto. Após a morte do seu marido em 1001 e como reconhecimento do seu talento Murasaki é convidada a ingressar na corte imperial.
Do período Heian emerge um relato delicado da sua vida na corte, através do seu diário que mantém durante dois anos, e uma novela que a tornou célebre «Genji monogatari». O relato das aventuras do príncipe Genji, escritas para serem lidas em voz alta perpetuaram a sua fama até aos nossos dias.
É o universo do Japão do período Heian, e da vida desta talentosa escritora japonesa que Liza desvenda numa obra cheia de subtileza e delicadeza. Para quem gosta de literatura, a não perder como é óbvio o livro «Genji monogatari», traduzido para o inglês como «The Tale of Genji».

Nova autora "contratada"

Tenho o enorme prazer em anunciar que a minha querida amiga Djinn aceitou o desafio lançado neste mesmo espaço e vai fazer parte do 'Capa Mole e Companhia'.

A partir de hoje - ou de quando ela quiser - além de textos "assinados" por mim, também aqui está presente a marca da Djinn.

Bem-vinda!!