#13 livro do desafio de 2018 do GoodReads
Terminei, há instantes, a 2.ª parte da saga de Kaloust Sarkisian que nos apresenta a versão romanceada da vida do filantropo e homem de negócios que conhecemos como Calouste Gulbenkian.
Este livro está dividido em 3 partes, sendo que a primeira é muito sobre o filho Krikor e sobre o Genocídio Arménio às mãos do governo Otomano (atualmente, a área ocupada pela Turquia). José Rodrigues dos Santos creditou, no final do livro, as fontes de onde retirou a informação deste episódio da História e que acabou com o extermínio de um número de arménios que varia entre 800 mil e 1,5 milhão.
A segunda parte do livro é a vida de Kaloust até ao momento da decisão em mudar-se para Lisboa. A Segunda Guerra Mundial, e a temporária declaração de inimizade do Reino Unido a Kaloust apressaram a mudança do homem mais rico do mundo à época.
A terceira parte é a vida de Kaloust em Lisboa até à sua morte em 1955.
Mais uma vez, apreciei bastante este tipo de "estória". José Rodrigues dos Santos, para mim, é muito melhor neste género do que com "Tomás Noronha", num formato que é sempre o mesmo e que já está mais do que visto. Percebo que "em equipa que ganha, não se mexe", mas é este o caminho.
De resto, temos sempre margem para imaginar se a vida de Kaloust/Calouste terá sido tal como ali vemos: um negociador implacável, irredutível e com uns laivos de "prima donna", mas apaixonado pela ideia do ideal de beleza, pela cultura e pelo saber...
Mas, basta-os uma pesquisa rápida na internet e sabemos que Kaloust teve dois filhos: um rapaz e uma rapariga e não apenas um único herdeiro como nos é apresentado nesta peça de ficção. Apenas neste "pormenor" vemos que JRS se permitiu a algumas liberdades criativas.
Enfim, como já disse aquando de O Homem de Constantinopla, é uma saga que vale a pena ler. E as descrições que são feitas dos ambientes, dos locais, dos costumes da época... imperdível.
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