Desta vez, a maratona literária levou-me a "passear" com uma autora oriunda da Nova Zelândia. Mas não foi uma viagem nova: já tinha lido os dois primeiros da trilogia Sevenwaters.
Em A Filha da Profecia, continuamos, portanto, a viagem mística e fantástica iniciada com Sorcha, e continuada no segundo volume com a sua filha Liadan. A protagonista deste volume é Fainne, sobrinha de Liadan (e neta de Sorcha). Fainne é educada fora do ambiente de Sevenwaters e afastada de todos os conflitos que envolvem os bretões; a jovem apenas conhece o ambiente de Kerry, onde reside apenas com o pai, o ex-druida Cíaran, ele próprio filho de Sevenwaters.
Assistimos ao regresso de Lady Oonagh, a feiticeira responsável pelos eventos do primeiro volume, e somos envolvidos numa história de contornos ainda mais envolventes do que nos primeiros livros, na minha opinião.
A determinado momento voltamos a Sevenwaters - contudo, não é lá que se passa a maior parte da ação - mas não deixamos de nos sentir aconchegados, como quando regressamos ao nosso quarto de infância. O líder de Sevenwaters é Sean, irmão gémeo de Liadan, e por só ter filhas, aquele domínio está prometido a Johnny, filho de Liadan e Bran - cuja concepção e nascimento acompanhámos no 2.º volume. Johnny é um guerreiro nato e o líder que os tempos conturbados precisam.
Temos, tal como nos outros livros, um romance. Aqui, o nosso par é Darragh, um jovem nómada, cuja família, costuma acampar em Kerry, durante o Verão. A ligação desta família a Sevenwaters é subtil, mas existe.
Fainne é uma protagonista forte, mas, ao mesmo tempo é algo insegura do alcance dos seus poderes. Pessoalmente, acho que este livro é ainda melhor do que os anteriores. A presença da magia é mais forte, e o enredo mais complexo. O final é fabuloso.
Não creio que vá avançar para a segunda trilogia. Segundo ouvi e li, não está ao mesmo nível desta e prefiro uma excelente experiência, a uma média ou menos boa.
Livro 1 - A Filha da Floresta
Livro 2 - O Filho das Sombras
Uma trilogia "despachada" em três meses. A ânsia era muita, pelos vistos...
Citação escolhida:
" (...) aprendi que um bretão e um irlandês derramam o mesmo sangue e sentem a mesma dor. O dia mostrara-me que a guerra traz ao de cima tudo o que há de mais bravo num homem. Ela deixa que a sua coragem brilhe. Em tempos de conflito, um homem simples pode tornar-se num herói."
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