Não adorei. Tenho de ser honesta, senão não estou aqui a fazer nada.
Metade do livro são poemas - a parte mais penosa, para mim. E a outra metade são três pequenas novelas, que, sem dúvida, gostei muito mais.
Tentei intercalar, mas cada vez que começava a ler um poema, desatava a bocejar, independentemente das horas do dia.
As novelas - O Ferreiro de Wootton Major, O Lavrador Giles de Ham e A Folha de Niggle - foram uma leitura muito mais agradável, e dentro daquilo que estava à espera.
A primeira passa-se em Woottoon Major, uma pequena localidade, que tem um hábito a cada 24 anos: reúnem todas as crianças de uma determinada idade e é-lhes servido um bolo especial, em que cada criança recebe uma pequena prenda. Numa dessas ocasiões, uma das crianças recebe (por engano?? - quem sabe?!) uma estrela mágica que revoluciona toda a sua vida e as próximas gerações da sua família.
O Lavrador Giles de Ham é um pouco parecida com a história do Alfaiate Valente: um lavrador que, erradamente, é considerado um herói por ter afugentado um gigante, é chamado para livrar a vila de um dragão. Plot twist no final.
Sobre o último conto, A Folha de Niggle: Niggle é pintor e, ao mesmo tempo, uma pessoa que não é capaz de dizer "não" a qualquer pedido que lhe seja feito. Um dia, a meio de uma grande obra, é levado para um local desconhecido e a sua resistência é posta à prova. Outro plot twist no final. Mais ou menos, vá...
As 4 estrelas que dei foram, essencialmente, por causa dos contos / novelas. Como disse antes, logo no início, não adorei este livro, mas gostei - foi uma leitura muito interessante, e onde consegui distinguir aquelas coisinhas que fazem de Tolkien a grande referência na literatura de fantasia. Aquelas subtilezas onde o nosso amigo George R.R. Martin (entre outros) foi beber.
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