Páginas

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Lido: O Poço da Ascensão, de Brandon Sanderson

Livraço. A minha análise a este livro quase podia ficar por aqui, que não me arrependeria. Li o primeiro volume, ainda durante o mês de novembro (de má memória) e tinha ficado fascinada com o mundo criado por Sanderson. 

(post sobre o primeiro volume O Império final, pode ser consultado aqui)

Este começa logo a assustar pelo tamanho. É um bicho com mais de 700 páginas e... senhores da Saída de Emergência, se me ouvirem, se fazia sentido dividir um livro, era este!... 

Mas adiante.

Muito resumidamente: no 1.º livro, tínhamos Kelsier, um afamado ladrão, a reunir um grupo, com o objetivo de derrubar o Senhor Soberano, o líder do Império Final, há mais de 1000 anos, num misto de reino de terror e fé cega (sim, enquanto nós temos várias religiões, ali, clamava-se pelo Senhor Soberano). 
Neste mundo, existem pessoas com o poder de "queimar" metais (chamados "alomantes"), dando-lhes uns determinados poderes. Kelsier é um raro, é "nascido das brumas", ou seja pode "queimar" todos os metais conhecidos, sendo, assim, uma pessoa praticamente invencível. Vin é a sua aprendiz, uma miúda das ruas, maltratada por todos, que encontra no bando de Kelsier, o conforto, a segurança e a confiança que nunca teve antes. Vin também é "nascida das brumas" e Kelsier desperta-a para os poderes que possui. 

Neste 2.º livro, explora-se muito a origem da mitologia do Senhor Soberano. De onde apareceu? Quem era ele realmente? De onde vinha todo o seu poder? Como conseguiu dominar o território durante tantos anos? 
O Senhor Soberano foi derrotado, e o bando de Kelsier está encarregue de pôr ordem em Luthadel, a cidade-capital do Império. Elend, o namorado de Vin, foi o escolhido para ser o Rei nesta nova Era, mas a pressão está a dar cabo dele: tem dois exércitos às portas da cidade (um deles do próprio pai), e um terceiro a caminho, e internamente, o seu Conselho insiste em entregar a cidade a um dos exércitos. 

Religião, política e poder são as palavras-chave deste extenso volume, com tudo o que de bom e de mau possam trazer. 

Já não me recordo com quem tive esta conversa, mas sei que há pouco tempo falava da saga e em como, de forma encapotada, há imensa atualidade num "simples" livro de fantasia: a manipulação, os jogos políticos de bastidores, um grupo de privilegiados que se sente "superior" em relação a outros... 

Provavelmente, o Sanderson nunca irá vencer um prémio Nobel da Literatura, mas, a saga está muito bem construída, caramba... 

Sem comentários:

Enviar um comentário