E, se quando foi da minha mãe, li imenso, para não me deixar absorver pela tristeza, agora tem sido o contrário: não me apetece ler, e tenho visto muito mais televisão. Os nossos mecanismos biológicos de defesa são uma coisa incrível, não haja dúvidas...
Contudo, e apesar de não me apetecer muito ler, tenho lido algumas coisinhas. Terminei O Império Final (trilogia Mistborn) do Brandon Sanderson, e li duas graphic novels que trouxemos da Amadora BD, ainda em outubro, e comecei, ainda, a ler Vozes de Chernobyl da Svetlana Alexievich. Mas, vamos às primeiras leituras.
Comecei a ler O Império Final a 28 de outubro. O meu pai faleceu no dia 3 de novembro. Estive dias sem lhe pegar, apesar de começar a interessar-me. Demorei um bocadinho a perceber a parte dos metais, e da dinâmica entre eles, mas depois que "engrenei" estava, genuinamente, a gostar. Mas depois, estive quase duas semanas sem ler uma linha sequer.
Gostei muito. A relação entre o Kelsier e a Vin - os protagonistas - é fabulosa! E ainda mais fabuloso é assistir ao desabrochar da Vin, quer como "nascida das brumas", quer como pessoa. é uma saga de fantasia, sem dúvida, a seguir.
Vou tentar explicar um pouco: o Império Final é dominado há séculos pelo Senhor Soberano, uma personagem quase mística, que fundou aquele território. O seu poder é divino, e domina pelo medo e pelo terror. Os skaa são o povo menor, inferior a tudo e todos. Escravos do Império Final, e dos nobre que ali habitam, os skaa nem ousam levantar a cabeça.
De entre eles, uma vez por século, junta-se um grupo rebelde cuja missão é derrubar o Senhor Soberano.
Kelsier, o nosso protagonista, é o Sobrevivente. Há anos, rebelou-se e foi enviado para os Poços de Hathsin, de onde nunca ninguém havia escapado. Graças à "alomância" que desenvolveu durante a sua prisão, Kelsier é uma figura respeitada.
Junta, portanto, um grupo de ladrões e vigaristas, com o objetivo de tomar as rédeas do Império Final. Neste grupo, é incluída, Vin, uma miúda de 16 anos, que fazia parte de um bando de ladrões comum, e que demonstra grandes capacidades alomânticas.
O livro está bem escrito, se bem, que, inicialmente, possa ser um pouco complicado entrar no esquema. Por se tratar de uma narrativa diferente do habitual, perceber a dinâmica dos metais alomânticos e a sua função, pode ser um desafio. E nas cenas de batalha, quando todos os alomantes estão ativos (por assim dizer), pode ser complicado seguir as descrições. Mas, fora isso, adorei o enredo, e quero muito ler o resto.
(amanhã, publico, num texto único, a minha opinião sobre as duas graphic novels.
E fico com os textos todos atualizados )
A saga Mistborn está editada, em Portugal, pela Saída de Emergência.
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