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domingo, 7 de abril de 2019

Lido: Marina, de Carlos Ruiz Zafón

Nota prévia: leitura efetuada para a maratona literária Volta ao Mundo em 15 Citações e para o desafio #enabrilleemosenespañol, da Ana Lopes, do blogue e canal O sabor dos meus livros.

Em dezembro, li o primeiro livro da tetralogia de O Cemitério dos Livros Esquecidos, A Sombra do Vento, e tinha adorado. E, desde aí, fiquei com a intenção de ler os restantes livros de Zafón. Este sábado, decidi tornar-me leitora da Biblioteca Municipal de Sintra, e, numa vista rápida pelas estantes, encontrei este Marina, e tive de o trazer. Prazo de entrega do livro: 29/04/2019. O tempo que demorei a lê-lo? 24 horas.

É tão viciante que enerva. Começamos com o narrador (que mais tarde, viremos a saber que se chama Óscar) a dizer que em Maio de 1980 esteve desaparecido 7 dias e 7 noites. Até que foi encontrado, por um polícia, a vaguear pela estação de comboio. Na página seguinte, começa a ação, propriamente dia. Estamos em Setembro de 1979, e o nosso jovem narrador afirma ter 15 anos e que reside num internato. Todos os dias, quando terminam as aulas, e até à hora de jantar, costuma vaguear por uma zona de Barcelona, composta por mansões abandonadas.

Não resiste ao apelo de entrar numa dessas mansões, atraído por música. Nessa mansão decrépita, assusta-se com um vulto e foge. Apenas quando está a caminho do internato, se apercebe que trouxe um relógio avariado. Essa ideia continua a atormentá-lo, até que se decide voltar, uma semana depois, para o entregar. E é nesse regresso que conhece Marina, uma jovem que vive com o pai, Gérman, o responsável pelo susto de uma semana antes.

Marina e Óscar tornam-se amigos, e a rapariga leva-o a um cemitério meio esquecido da cidade, para observarem uma estranha figura, totalmente trajada de negro. Os dois seguem-na à saída do cemitério. E esse momento, quase sobrenatural, leva-os a uma estufa, onde encontram aquilo que parecem partes de marionetas, que os atacam e perseguem.

E é aqui que começa a parte emocionante do livro, que os faz recuar até décadas atrás, e a perseguir fantasmas do passado. Houve aqui algumas semelhanças com A Sombra do Vento, não nego, mas a narrativa está tão bem escrita, tão fluída, tão cativante que é quase impossível despegar os olhos desta história. Até à última página.

Citação que destaco: 

"Às vezes, as coisas mais reais apenas acontecem na imaginação, Óscar - disse ela. - Só recordamos o que nunca aconteceu." - página 92

Goodreads Reading Challenge: 30/45

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