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sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Lido: O Rouxinol, de Kristin Hannah

Não sei por onde começar, sinceramente. O Rouxinol é um livro sobre coragem, amor, força, persistência, ingenuidade... valores que, em muito, ultrapassam o horror da 2.ª Guerra Mundial.

Estamos em França e o território está a ser tomado pela Alemanha nazi. Seguimos a história de duas irmãs Isabelle (a mais nova e impulsiva) e Vianne (a mais velha e mais temerosa).

A determinada altura, Isabelle é recrutada pela Resistência Francesa e assume como sua, a missão de salvar pilotos aliados abatidos e transportá-los, através dos Pirinéus, para a embaixada britânica em Espanha. Nome de código: Rouxinol.

Vianne, por seu turno, vê o marido a ir para a guerra e a ficar sozinha com a filha, Sophie. Até que um oficial alemão fica aquartelado na casa da família. A missão passa, essencialmente, por sobreviver debaixo do mesmo teto que o inimigo. Até ao momento em que também decide fazer algo: salvar crianças judias.

Enquanto isso, a guerra continua a devastar a Europa e a reclamar vidas. Mais ou menos próximas das nossas protagonistas.

De tempos a tempos, temos momentos passados em 1995. Uma das irmãs é convidada para ir a um encontro de sobreviventes e de protagonistas da Resistência. Só quase no final sabemos qual delas é. E é este final que rebenta com as defesas do leitor. Que, por outras palavras, significa que me fartei de limpar lágrimas.

Apesar de alguns pormenores inconsistentes ao longo da narrativa - como por exemplo, uma das protagonistas referir várias vezes o facto de não ter dinheiro, e ter muita dificuldade em comprar comida (não só pela sua escassez), e numa das cenas descritas vai de comboio até sei-lá-onde. Afinal, há dinheiro ou não? - não alteram a mensagem que o livro pretende transmitir.

É um livro muito bom, completo e com uma escrita muito interessante e fácil de seguir. Demorei apenas três dias a ler o livro (504 páginas) e recomendo-o muito a quem estiver interessado em ler sobre a França ocupada, métodos da Resistência, ou apenas uma narrativa de uma perspetiva diferente do habitual.

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