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sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Lido: Três Coroas Negras, de Kendare Blake

Históricos, thrillers, policiais... pensava eu que estas eram as minhas águas seguras no que dizia respeito a géneros literários. Os "young adults" que tinha lido não me tinham preenchido as medidas, e fugia, por exemplo, da ficção científica como o Diabo da cruz...

Mas, ultimamente, a minha decisão de experimentar coisas novas tem-me aberto outros horizontes. Já li FC e gostei muito e, há instantes, terminei um de fantasia para YA: Três Coroas Negras, de Kendare Blake.


Fui a medo. Já tinha lido e ouvido críticas muito boas e outras muito más, mas não há nada melhor que sermos nós a avaliar.

A cada geração, nascem trigémeas, herdeiras da coroa da ilha de Fennbirn. Cada uma com uma especificidade, uma
dádiva: controlar os venenos, controlar os elementos e controlar a Natureza. Neste livro, vamos conhecer Katharine, a envenenadora, Mirabella, a elementar e Arsinoe, a naturalista.

As três irmãs, separadas desde crianças, chegam aos 16 anos e são obrigadas a entrar numa competição (fatal, para duas delas) pelo lugar no trono.

Este é o resumo muito simplista deste livro. Porque temos muito mais do que isto. E encontrei várias coisas em comum com a série da Senhora de Avalon, de Marion Zimmer Bradley. Nesta saga, as mulheres são as figuras centrais (uma!), são quem detém o poder concedido por uma Deusa (outra aqui!). O início da competição das irmãs começa após o Festival Beltane (e vão três), três noites rituais: o Desembarque, quando os pretendentes à posição de rei consorte se apresentam, a Caçada, quando as comunidades envenenadora, elementar e naturalista vão caçar e a noite da Aceleração onde as rainhas vão demonstrar os seus poderes perante todos. Começa então "O Ano da Ascensão", onde as rainhas, durante um ano, tentarão matar as outras duas. A que sobreviver fica com a coroa.

É um livro muito fácil de ler. Cada capítulo corresponde a cada uma das três rainhas, à sua preparação e à corte que a acompanha. Mais para o fim, os capítulos tornam-se mais curtos e mais rápidos, até à estocada final que é aquele fim. Um fim que não o é, já que este é apenas o 1.º de três livros (e um 4.º que funciona como prequela desta história).

Gostei mesmo muito, e estou muito expectante para saber se os livros restantes da série irão ser traduzidos para português; seria uma grande decepção se não fossem, porque este início foi fulgurante.

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