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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Novidade: Confissão de um Assassino, de Joseph Roth

Romance inédito em Portugal de um dos nomes cimeiros da literatura mundial.

Confissão de um Assassino (Cavalo de Ferro | 144 pp |13,99€), inédito em Portugal, é um dos romances mais famosos de Joseph Roth, jornalista e escritor austríaco, nascido em 1894 e falecido em 1939. Nas suas obras encontramos um admirável fresco da Europa das primeiras décadas do século XX. Neste caso, como anuncia o subtítulo, trata-se do relato de uma noite, de uma fuga, de um crime.

Sentado ao balcão de um restaurante, ponto de encontro de emigrantes e exilados russos em Paris, Golubchik, antigo agente da Okhrana, a temível polícia secreta do Czar, entrega-se finalmente ao relato sofrido da sua vida.

À medida que avança, copo após copo, noite dentro, os poucos clientes presentes vêem-se embrenhados no fascinante percurso deste homem, desde a sua tentativa em reclamar o nome nobre do seu pai, ao encontro com uma personagem misteriosa que ensombrará para sempre o seu futuro, passando pela sua destrutiva história de amor com uma mulher e pelo seu ódio ao meio-irmão, o Príncipe.

Confissão de um Assassino é, ao estilo dos grandes romances russos, simultaneamente uma poderosa análise da natureza humana e do poder hipnótico do Mal e um retrato vívido e agitado dos modos e dos acontecimentos mais marcantes de uma época, da Revolução bolchevique ao ambiente de Paris que antecede a Primeira Guerra Mundial. Uma narrativa emocionante, próxima de Dostoievski na descrição de uma psicologia votada para
o Mal.

Sobre o autor: 
Joseph Roth, escritor austríaco de origem judaica, nasceu em 1894 na cidade de Brody (Galícia Oriental, atual Ucrânia). Estudou Filosofia e Literatura Alemã na Universidade de Viena. Em 1916, alista-se como voluntário na Primeira Guerra Mundial e cai prisioneiro do exército russo, experiência que o marca profundamente. Após o final da guerra, inicia uma carreira no jornalismo que o leva a mudar-se com a família, primeiro para Berlim, depois para Frankfurt, e, finalmente, em 1925, para Paris. O final da vida do escritor seria marcado pela tragédia, pressentida na sua breve e pungente novela A Lenda do Santo Bebedor, de 1939: exilado numa Paris em vésperas de mais uma guerra mundial, Roth acabaria por falecer nesse mesmo ano, consumido pelo alcoolismo.

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