Alinhei, pois está claro, porque tinha, cá em casa, "material" para "despachar", nomeadamente, os volume de A Liga dos Cavalheiros Extraordinários (de Allan Moore e Kevin O'Neil). Calhou também, nesse fim-de-semana ter "desconfinado" um bocadinho e ter trazido o 2.º volume de The Promised Neverland e o 6.º de Saga.
First things first. A Liga dos Cavalheiros Extraordinários.
Vi o filme, do princípio ao fim, há muito tempo e não me entusiasmou particularmente. Antes mesmo de saber que tinha como base os livros, achei a ideia interessante, mas houve ali qualquer coisa que não fez "clic". Mais tarde, descobri que havia um livro envolvido, que as filmagens foram caóticas, que o Sean Connery abandonou, definitivamente, a indústria devido àquele filme, que houve demasiadas liberdades artísticas que desagradaram Moore... enfim, um sem número de coisinhas ruidosas. E não perdi mais do meu tempo a pensar no assunto.
Um belo dia, encontrei os livros cá em casa. Obviamente, são do meu excelso esposo e estavam na nossa arrecadação, juntamente com outras coisinhas que irei ler com o tempo... entretanto, lancei ao Universo um "que se lixe!" e comecei a ler. Escusado será dizer que, se o filme tivesse seguido a ideia do seu criador, a coisa talvez tivesse corrido melhor.
Estamos em 1898, ainda durante o reinado da Rainha Vitória. Mina Murray (anteriormente conhecida como Mina Harker), ao serviço da Inteligência Britânica, é escolhida para selecionar algumas das pessoas mais capazes para defenderem o Império Britânico de uma terrível ameaça. São escolhidos: o Capitão Nemo, Allan Quatermain, o Dr. Jekyll e Hawley Griffin (o Homem Invisível). É ela quem assume a liderança do grupo, até porque aquele que, em teoria, seria o mais forte - Quatermain - é viciado em ópio e está muito longe do homem das "estórias". Mina não esconde a sua desilusão, e diz-lho frontalmente.
Nos dois volumes (que em Portugal foram, por sua vez, divididos em outros dois), o grupo consegue impedir uma guerra entre Fu Manchu e o Professor Moriarty, e tomam ainda parte dos eventos descritos na Guerra dos Mundos de H. G. Wells.
As referências a outras personagens de outras obras é uma constante, o que acaba por ser muito divertido, na óptica do leitor, dado que temos a oportunidade de ver essas figuras do nosso imaginário a interagir.
Gostei tremendamente mais dos livros. Por coincidência, há dois dias (à data da publicação deste post) o filme voltou a passar na televisão, numa dessas dezenas de canais. Ver lá o Tom Sawyer ou o Dorian Gray não me pareceu natural, e ver a personagem de Mina tão apagada foi uma verdadeira decepção.
Os livros contêm, no fim, alguns desenhos de capas alternativas, bem como histórias que envolvem estas personagens.
Li ainda The Promised Neverland e fiquei, novamente, rendida à saga dos órfãos que descobrem que o orfanato que habitam é algo muito diferente daquilo que pensavam.
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