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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Lido: Eu sou Malala, de Malala Yousafzai (e Patricia McCormick)

O que sabia sobre Malala é o que a generalidade das pessoas sabe: uma miúda, que foi alvo de uma tentativa de homicídio por parte dos talibã, e que entretanto recebeu um Nobel da Paz. Ponto final.

E Malala é exatamente isso: uma miúda, que foi alvo de uma tentativa de homicídio por parte dos talibã, e que entretanto recebeu um Nobel da Paz. Mas também é a irmã de Khushal e Atal. E teve a sorte de ter Ziauddin Yousafzai, como pai, e Toor Pekai Yousafzai, como mãe - duas pessoas que, dentro das suas possibilidades, incentivaram a filha a lutar pelo que acreditava.

A versão que li de "Eu sou Malala" foi a edição juvenil. Encontrei-a na biblioteca municipal, e pensei "porque não?". É, portanto, uma versão mais "soft" e simplificada da vida desta jovem paquistanesa.

Malala, que, este ano, completará 23 anos, tinha apenas 15, quando um homem armado disparou à queima-roupa sobre ela. A razão? Ela era, desde 2009, o rosto visível da luta das raparigas pelo direito à educação, após os talibã terem encerrado (e feito explodir) alguns estabelecimentos escolares na região onde vivia.

Neste livro, Malala - que fala sempre na 1.ª pessoa - explica um pouco do contexto político e religioso à época, e faz descrições de como era a sua vida em família e na comunidade. Fala especialmente do pai, e do seu papel enquanto educador e ativista - o pai foi, aliás, fundador de várias escolas na região.

Este livro só "peca" por ser algo superficial. Mas atenção, e faço questão de o sublinhar, esta é a versão juvenil. Se eu fosse adolescente, certamente que ficaria relativamente bem informada, em termos de contextualização política.

Malala, hoje, é estudante universitária. Frequenta a Universidade de Oxford e estuda Filosofia, Política e Economia... rumo ao desejo de se tornar uma líder mundial.

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