Terminei o livro A Catedral do Mar, de Ildefonso Falcones. Este era uma das obras que figurava na minha "lista de desejos" de aniversário. Lembro-me de ver a capa deste livro pela primeira vez e da sensação que me percorreu ao olhá-la uma e outra vez. Nunca quis ler a sinopse, para ser apanhada de surpresa pelo enredo.
Até que o terminei. São quase 600 páginas de livro, mas que se lêem tão bem que conseguimos acompanhar a ação na nossa mente. Faz lembrar um pouco Os Pilares da Terra... o ambiente (medieval) em que se situa, a construção quase-megalómana de um templo, a presença constante da figura da Igreja, o herói que sofre até chegar a bom porto, os aliados fiéis...
Bernart Estanyol é um agricultor cuja vida dá uma volta de 180º no dia do seu próprio casamento. O senhor das suas terras viola a sua jovem esposa, evocando o direito ancestral à noite de núpcias. Não satisfeito, obriga Bernart a fazer o mesmo.
Pouco depois, o mesmo senhor evocando novo direito leva a jovem Francesca para o seu castelo para amamentar o seu filho. Francesca, grávida, não pode recusar, nem Bernart pode contradizê-lo.
Alguns meses depois, Bernart descobre o filho recém-nascido, abandonado à sua sorte e resolver pegar nele e fugir para Barcelona, onde espera vir a conquistar o título de homem livre. No resto da história, seguimos Arnau, e a sua demanda enquanto homem livre, na cidade de Barcelona, e ao mesmo tempo, acompanhamos a construção da Catedral de Santa Maria do Mar, um símbolo da fé de todo um povo.
"O jovem Arnau trabalha como estivador, palafreneiro, soldado e cambista. Uma vida extenuante, sempre à sombra da Catedral do Mar, que o tirará da condição miserável de fugitivo para lhe dar nobreza e riqueza. Mas com esta posição privilegiada chega também a inveja dos seus pares, que tramam uma sórdida conspiração que põe a sua vida nas mãos da Inquisição...".
Não me desiludiu minimamente, mas confesso que, às vezes, tinha de voltar atrás para me localizar no meio de tantos nomes e de tantos factos históricos (alguns verdadeiros, outros ficcionados) com que o autor adornou esta obra.
Sobre o autor (retirado do site Wook):
Ildefonso Falcones, autor natural de Barcelona, formado em Direito, seguiu uma antiga paixão: a da História. Das primeiras memórias de infância, em que encontrou refúgio na Catedral da cidade, à decisão de escrever um romance que revelasse a verdadeira origem daquele lugar de culto, o autor dedicou-se a uma intensa investigação sobre a sociedade catalã do século XIV. Da prosperidade da cidade às gentes que ali viviam e cruzavam, dos escravos aos artesãos, dos judeus à condição da mulher, o autor traça um fabuloso e vivo quadro da Barcelona medieval.
Ildefonso Falcones, autor natural de Barcelona, formado em Direito, seguiu uma antiga paixão: a da História. Das primeiras memórias de infância, em que encontrou refúgio na Catedral da cidade, à decisão de escrever um romance que revelasse a verdadeira origem daquele lugar de culto, o autor dedicou-se a uma intensa investigação sobre a sociedade catalã do século XIV. Da prosperidade da cidade às gentes que ali viviam e cruzavam, dos escravos aos artesãos, dos judeus à condição da mulher, o autor traça um fabuloso e vivo quadro da Barcelona medieval.
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