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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Lido: As Aventuras de Pinóquio, de Carlo Collodi

Comprei este livro para o Henrique, já há uns meses, mas o pequeno bacano ainda não se inclinou muito para o ler. Um dia, lá chegará. 

Aproveitei que o tema do mês do clube de leitura a que pertenço ser "clássico" e lancei-me eu na sua leitura, até porque não conhecia a narrativa original, apenas a versão da Disney. 

O nosso Pinóquio, antes de o ser, era um pedaço de madeira que pertencia a um carpinteiro; o homem aterrorizado por ter um tronco que falava, e depois de uma desavença, acaba por o dar a Gepetto, o futuro pai do mais famoso menino de madeira. 

A relação dos dois começa a correr mal logo nos primeiros instantes, e depois é tudo aquilo que conhecemos e mais umas pitadinhas, até chegarmos ao momento da redenção do Pinóquio. Há uma cena que me deixou um nadinha de pé atrás, ainda mais sendo um livro recomendado para alunos de 3.º ano, mas julgo que o mais importante será o foco na mensagem subjacente: fazer o bem, não cortar caminho para atingir as metas, o respeito pelos outros, não mentir... 

A tal parte que me deixou ligeiramente desconfortável é um momento em que Pinóquio - desesperado porque foi roubado e com o dinheiro não pode ajudar o pai; dinheiro esse conseguido, depois de ter desobedecido e não ter ido à escola - se tenta suicidar, através de enforcamento. Fica bastante tempo preso por uma corda até finalmente ser socorrido. Uma criança que leia o livro sem ninguém que o guie... bem, no mínimo, pode ser complicado. Na escola, sei que só lêem excertos, mas se houver algum pai (como eu) que compre o livro, convém que acompanhe a criança na leitura para explicar pontos que podem ser mais sensíveis, porque esta não é a versão Disney-fofinha. 

Sou sincera quando digo que estive na dúvida se colocava, aqui, no blogue, este texto, mas julgo ser importante, mesmo para memória futura, ou de dica para outros pais e/ou encarregados de educação. 

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