Ler Heidi, além de ser um dos desafios da maratona literária em que participo, é, simultaneamente, um passeio às minhas memórias de criança.
Vi, pela primeira vez, a Heidi numa cassete de vídeo que os meus pais compraram. Não me recordo ao certo que idade teria quando o vídeo veio "morar" para nossa casa, mas lembro-me que os meus pais compraram várias cassetes para mim e para o meu irmão.
Mais tarde - e até já escrevi por aqui - por volta dos 10 anos, a minha mãe comprou-me a coleção da Condessa de Ségur, e nesta série, vinham mais alguns títulos clássicos, como o David Copperfield de Charles Dickens (uhhhh, eu a dar uma de intelectual - li Dickens com 10 anos - sou tão culta, uhhhh!!!) e este livro da Heidi.
No passado fim-de-semana, fui à casa onde cresci e de onde saí há 8 anos. Ainda lá estão muitos dos meus livros: Uma Aventura, O Clube das Chaves... e os meus livros da Editorial Pública. Depois de muito pensar, trouxe a Heidi comigo, para cumprir, o desafio 11 do Livropólio - Ler um livro infantil ou juvenil.
Heidi, aos 5 anos, é largada em casa do avô. A tia Dete arranjou emprego em Frankfurt e não pode mais ocupar-se da pequena orfã. Se, ao princípio, parece estranho à pequena ser largada junto daquele velho com ar rezingão, depressa, entre ambos, nasce uma afinidade e um amor, difíceis de mensurar.
A juntar à alegria de viver nas montanhas, em liberdade, Heidi conhece Pedro, o jovem pastor, e ficam amigos.
Algum tempo depois - cerca de 3 anos - Dete regressa para levar Heidi. Há uma outra família que precisa de uma companheira para Clara, uma menina que está confinada a uma cadeira de rodas. Chegadas a Frankfurt, Heidi, sem mais explicações, é "despejada" em casa do senhor Sesemann, para acompanhar Clara.
Depois de muitos altos e baixos, e de muitas inocentes travessuras, Heidi começa a ficar doente de saudades das montanhas. E o tratamento é simples: regressar para casa do avô. Rapidamente, a menina recupera a saúde e a alegria. Os capítulos finais contam como Clara voltou a andar depois de uma temporada revigorante junto de Heidi e do avô, no planalto, e da amizade improvável entre as famílias.
Uma nota: não considerei este livro no meu Reading Challenge do GoodReads. Li-o, em pouco mais de duas horas (são 192 páginas, apenas), e seria quase batota, porque, se não fosse "obrigada" pelo Livropólio, certamente não o releria.
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