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sábado, 6 de outubro de 2018

Lido: Cosa Nostra - Um Século de História da Máfia, de Eric Frattini

Há umas semanas, deu, no National Geographic, um documentário sobre Salvatore "Toto" Riina, il capo di tutti capi da Cosa Nostra siciliana, falecido quase há um ano.

Ver esse documentário, inspirou-me a ler um livrinho que já morava cá por casa há bastante tempo, escrito por Eric Frattini, jornalista, analista político, romancista, conferencista (entre outras coisas). O meu excelso esposo comprou-o, há para lá de muito tempo, já o leu e recomendou-mo, mas ainda não tinha sentido o chamamento, confesso.

Neste livro, Eric Frattini conta como surgiu, nos Estados Unidos, o crime organizado, ano-por-ano, desde 1895 até aos nossos dias: desde a Mão Negra até à Cosa Nostra como a "conhecemos". A verdade é que, ver Os Intocáveis, Os Soprano, Broadwalk Empire ou The Good Fellas poderá dar-nos a impressão de saber muito sobre o assunto... nope... nada mais errado, meus amigos!

O livro, em si, tem 366 páginas, mas cerca de 100 são anexos com glossário, breves biografias de alguns nomes citados, bibliografia e outros documentos consultados, a descrição das cimeiras da Cosa Nostra ao longo dos anos, e a descrição das famílias com atualização até aos nossos dias. É um trabalho de investigação muito profunda e extremamente bem documentado.

Cosa Nostra - Um Século de História da Máfia é um livro de 2012, editado pela Bertrand, editora de grande parte dos (muitos) livros já escritos por Frattini e publicados no nosso país.

Quem pegar nele não se iluda: não é romanceado, nem floreado... tem 24 páginas de fotografias e algumas delas mostram explicitamente, alguns cadáveres. A descrição de alguns assassinatos é muito gráfica - por exemplo, a dos dois irmãos que eram assassinos da Cosa Nostra e que eles próprios foram alvejados e enterrados vivos.

Um dos últimos grandes julgamentos de um Don, John Gotti, em 1992, mereceu um capítulo muito detalhado com excertos das transcrições de depoimentos, que culpabilizaram Gotti e sentenciaram a prisão perpétua.

Soberbo!

(agora, há fortes possibilidades de ir ler O Padrinho, de Mário Puzo - até porque aceitei o desafio lançado numa comunidade livrólica, para uma maratona que decorre até Fevereiro, e tenho de ler um livro que deu origem a um filme)

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