Da autora, só li apenas um livro, As Raparigas Esquecidas. Lembro-me de ter gostado, mas não me consigo recordar da história, portanto, quando comecei a ler este volume, senti que faltava qualquer coisa - muito provavelmente o que se passou algures no livro anterior - mas não me impediu de retirar prazer nesta leitura.
É um thriller dinamarquês. Bastaria dizer isto, para que entendessem o que não foi dito, certo?
Louise é encarregada de investigar o desaparecimento de um rapaz de 15 anos, uma semana depois. Nas primeiras diligências, descobre que o rapaz é filho do talhante da sua cidade, que, anteriormente fazia parte do círculo de amigos do seu namorado falecido há anos...
A detetive não perde, obviamente, a oportunidade de fazer uma investigação 2 em 1: descobrir onde está o rapaz e descobrir o que aconteceu verdadeiramente ao namorado, numa altura em que iam viver juntos.
O que gostei mais neste livro foi o facto da autora ter explorado um pouco as religiões antigas daquele território; religiões essas que vêm do tempo dos vikings e que têm uma componente quase mitológica.
Além do desaparecimento, temos rapto, homicídios, violações, manipulação, as inevitáveis mentiras e engodos, fanatismo... um sem número de coisinhas boas para os fãs de policiais. O Trilho da Morte não é tão sangrento ou doentio, como outros que já li, mas é uma leitura interessante para "desenjoar".
(li, em setembro, "Crime, disse o livro",
mais recentemente li "A Mulher no Expresso do Oriente",
dois policiais com fortes ligações a Agatha Christie,
e foi preciso recuar a julho, para encontrar um "puro" thriller nórdico)
Curiosidade que me deixou feliz: ao partilhar uma fotografia deste livro no Instagram, a própria autora colocou o seu "like" que fez o meu dia. Sara Blædel, se me estás a ouvir, és a mulher!!!
Sara Blædel escreve muito bem. Os capítulos são intensos, raramente há momentos mortos, e, apesar de ter percebido para onde ela se estava a encaminhar, não deixei de me surpreender.
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