Tanto se falava deste autor, que não resisti a uma boa pechincha e comprei (de enfiada), "A Virgem" e "A Bala Santa".
A acção da história de "A Virgem" passa-se nos anos 30 do século XX, durante os primeiros anos do regime de António de Oliveira Salazar. Nesta altura, as conflitualidades entre monárquicos e republicanos são politicamente correctas, mas sem se esquecerem velhas "feridas de guerra".
As família do Coronel Silveira e do Conde Cosme são as protagonistas, sendo que a recém-nascida Mariana Silveira é quem ocupa lugar de destaque, apesar de apenas chorar, sujar fraldas e dormir.
A leitura é fácil, a escrita é boa (destaco, especialmente, o cuidado de Luís Miguel Rocha em usar linguagem de época, que dá uma graça diferente ao texto), mas considero que já fazia falta o 2.º livro, para explicar muito do que foi deixado em suspenso. Não acho que seja um livro genial - porque não o é - mas lê-se bem e é um belíssimo retrato do nosso Portugal de 1933.
Leiam, se o apanharem à mão, mas não corram mundos e fundos para o adquirir!
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