Nota prévia: este post tem estado nos rascunhos há precisamente um mês! Nada como uma boa pandemia para nos deixar desmotivados!
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Ahhh, os bons e velhos policiais noir. Que saudades! Não há nada melhor do que um bom detetive que se está nas tintas (ex-detetive, para ser justa).Nick Charles aposentou-se da vida de detetive. Casou e assumiu a administração da empresa da família da (inteligentíssima) esposa, Nora. Antes do Natal, o casal vai a Nova Iorque e lá encontra uma jovem, filha de um antigo cliente de Nick, que está desaparecido. Pouco depois, é encontrado o corpo da secretária do desaparecido, e todas as pistas apontam para ele.
Mulheres bonitas, hotéis elegantes, mentiras, glamour... é disto (e muito mais) que é feito este livro. E foi um prazer enorme.
O escritor Dashiell Hammett era considerado o pai do romance policial americano, e foi um dos pioneiros da literatura noir. Sobre este livro, foi publicado nos anos 30 (do século XX, claro!) em forma de folhetins. E é engraçado que, sem o saber, fiz uma ligação com o livro que li a seguir - Dashiell foi também autor de "O Falcão de Malta" (reeditado na coleção Vampiro e que mora nas minhas estantes), um dos livros que o protagonista de "A Última Noite em Lisboa" lê avidamente, na Lisboa dos anos 40; Henrique é, aliás, fã de Sam Spade, o detetive desta obra. Mas isto será tema para outro post...
Para já, fica apenas a dica - se não estão com vontade de ler aqueles thrillers pesadões, macabros e doentios, mas se lhes apetece algo "by the book", basta experimentar quem inventou a receita. O Homem Sombra dá-nos aquele requinte dos anos 30, com a esperteza dos detetives "noir". Este livro foi comprado na Feira do Livro de Lisboa há três anos, e é uma publicação da Porto Editora.
Encaixei esta leitura na maratona Estações Literárias, na categoria "Policial ou Thriller".
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