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quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Lido: Batismo de Fogo (The Witcher #5), de Andrzej Sapkowski

Enfim. Sapkowski redimiu-se. Depois da falta de entusiasmo no 4.º volume, voltei a adorar a saga de Geralt de Rívia. Nas últimas semanas, deve ter sido o livro que li em menor espaço de tempo, porque fiquei realmente embrenhada. 

No livro anterior, uma das últimas grandes cena era o Geralt a levar uma tareia "de criar bicho", como habitualmente se diz. No início deste livro, ele está a recuperar, mas a sua preocupação com o facto de não saber onde está Ciri, leva-o a iniciar uma demanda em busca da menina.

Mais uma vez, e para não cair na tentação de dar mais pormenores sobre o enredo - porque só lendo, a sério! - não vou adiantar muito mais. Trata-se de um conjunto de vários livros e não faz muito sentido divagar sobre um determinado livro quando não se, desse lado, há sequer uma ponta de interesse por este género. 

Algo que adorei foi a introdução de novas personagens, companheiros de Geralt nesta missão. Cada um mais diferente do outro, mas com um forte sentido de amizade e lealdade, que fazem deste conjunto o mais improvável de todos os tempos. 

Geralt entende, por fim, que não pode manter a sua tão proclamada neutralidade, perante a guerra. 

Uma das coisas que mais me agrada nesta série é que o protagonista não é estanque, nem é um herói típico, e que, em poucas páginas tanto pode salvar alguém e ter atos altruístas, como pode ser tremendamente ofensivo para com aqueles que já manifestaram intenção de o ajudar, e que se mantém ao seu lado, venha quem vier. Magoado e preocupado, Geralt pode ser insuportável, mas estas novas figuras que aparecem neste volume tornam tudo melhor, e fazem deste livro, mais do que de fantasia, um livro sobre relações. 

Ciri e Yennefer têm muito menos tempo "de antena" neste volume, mas não é uma coisa má. Julgo que o próximo deva ter mais dos seus pontos de vista. 

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