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sexta-feira, 14 de junho de 2019

Lido: O Templo de Borkudan, de Helder Martins

Há umas semanas, fui contactada, através do Instagram, pelo autor. Perguntou-me se gostaria de receber um exemplar do seu livro "O Templo de Borkudan - Crónicas de Tellargya" (2013), o primeiro de uma trilogia. Por se tratar de um autor nacional, a dar os primeiros passos, aceitei a oferta. Terminado o livro, passo a escrever a minha opinião, em duas partes distintas: história e forma.

1.ª parte: a história
Não conheço o Helder, nem alguma vez, tinha ouvido falar deste livro. Helzar é um jovem mago, que frequenta uma Academia de artes arcanas, e possui poderes que, na maior parte das vezes, não são reconhecidos pelos seus pares. Tem uma vida muito monótona, até ao dia em que conhece um dragão. Batiza-o de Drinus, pois este ser, não tem qualquer memória, nem sequer do seu próprio nome. Durante cerca de três anos, Drinus é o pequeno segredo de Helzar.
Um dia, a aldeia em que vive é completamente queimada. Muitos dos seus habitantes são mortos, ou acabam por morrer devido ao incêndio. Entre as vítimas, está a mãe de Helzar... assassinada às mãos de Tunnroch.
Para salvar a irmã, Helzar informa Drinus que têm de ir ao Templo de Borkudan, supostamente buscar um mapa que lhes indicará que direção tomar. Mas, a jornada é tudo menos simples, e a chegada ao mítico Templo revelará segredos inimagináveis.
A ideia de uma aventura épica, num mundo em que a magia e a permanente luta entre o bem e o mal são protagonistas agrada-me muito.
O livro é pequeno - 185 páginas - e tem de tudo: partes muito interessantes e rápidas e outras um pouco mais lentas, mas a parte final - as últimas 35/40 páginas são muito sumarentas e fizeram-me querer ir à 2.ª parte. Fiquei com água na boca para saber... só para dar dois exemplos... as origens de Drinus, ou a importância dos poderes de Helzar num mundo de magia.

2.ª parte: a forma
Detetei várias gralhas no livro. Não sou escritora, nem tenho pretensões de o vir a ser. Não conheço o processo criativo que cada autor, nem quais os passos a dar para publicar um livro, mas claramente, o trabalho de revisão deste livro foi colocado num plano secundário - o que é uma pena, porque esta história merecia um bocado mais de esforço por parte da editora (partindo do princípio que seria a editora a entidade responsável por esta parte).
Sou também uma doidinha das vírgulas. Se tivesse sido eu a rever o escrito, tinha sugerido mais um milhão delas. Fizeram-me falta em alguns parágrafos mais longos.

Nota extra: adorei a capa. O segundo volume da trilogia, A Asa da Consequência (2016), também tem uma capa muito bonita.

Sobre o autor:
(retirado do site da Chiado Books)
Helder Manuel Carreira Martins nasceu a 10 de Março de 1986, no Barreiro e reside em Alhos Vedros, concelho da Moita do distrito de Setúbal. A sua formação profissional, no âmbito das Técnicas de Apoio à Gestão, não impede que seja um apaixonado pelo mundo fantástico. O Templo  de  Borkudan  é  a  sua  primeira  experiência  nesta área,  depois  de  ter  tido  um início como hobbie.

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