Cerca de 24 horas separam o momento em que comecei e terminei de ler "As Raparigas Esquecidas" da dinamarquesa Sara Blædel, a proclamada "rainha dinamarquesa do thriller".
As Raparigas Esquecidas é um livro de 2016 e conta-nos a investigação de Louise e Eik, do recém-criado Departamento de Pessoas Desaparecidas, após o corpo de uma mulher ter sido encontrado num bosque. Um dos traços mais significativos é uma cicatriz no rosto que se estende até aos ombros. Mas não existem quaisquer registos do desaparecimento de alguém com aquelas características.
Até que, após a divulgação da foto nos media, alguém a reconhece. É uma antiga paciente de uma instituição para doentes mentais, que havia sido dada como morta há mais de 20 anos.
A investigação leva Louise e Eik a levantarem questões que, durante muitos anos, outros se esforçaram por acobertar... ao mesmo tempo que novos crimes vão acontecendo.
Trata-se de um livro muito bem conseguido. Estando de férias, cá por casa, temos-nos esforçado para passar pouco tempo dentro de portas e aproveitarmos ao máximo estes dias de verão... mas, qualquer bocadinho, era o ideal para pegar no livro e ler até à interrupção seguinte.
Ao contrário de outros livros de autores nórdicos que já li, este não se passa num inverno frio e sim, em meados de maio, onde o tempo está ameno... um forte contraste ao que estamos habituados a ler, quando os invernos são rigorosos e sentimos a luta interna dos protagonistas em se manterem focados no trabalho.
No final deste livro, há um "clifhanger" que abre o leque à continuidade de um arco, entretanto aberto, e que se relaciona com o suicídio de Klaus, namorado da protagonista quando esta era adolescente.
Entretanto, em Portugal, é possível encontrar, além deste, mais três títulos assinados por Sara Blædel que, na minha modesta opinião, é uma excelente contadora de crimes, não tivesse ela sido jornalista nesta área.
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