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sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Tóquio Express, de Seichō Matsumoto

Começamos com a descoberta de dois corpo na Baía de Hakata. Um homem jovem, vestido à ocidental, e uma mulher, também jovem, com um quimono. Tudo indica que se tratou de um suicídio entre dois amantes. 

Mas o inspetor Torigai acha que há algo mais. Os seus anos de experiência dizem-lhe que estás mortes não foram assim tão lineares. Aquilo que mais lhe desperta os sentidos é o facto do homem ter consigo o fatura de uma única refeição que fez a bordo do comboio que o levou àquele ponto. Uma única refeição para uma única pessoa. 

Partilha as suas dúvidas com o mais novo inspetor Mihara, que, de Tóquio, foi destacado para trabalhar naquele caso. As chefias querem apenas a confirmação que se trata de um duplo suicídio para fecharem definitivamente o caso. 

Mas Mihara levou em consideração as suspeitas do velho inspetor Torigai e começa a escrutinar cada pormenor que pode envolver um gigantesco caso de corrupção no governo.

Este livro ambienta-se no final dos anos 50, na zona de Tóquio, mas estive permanentemente com o livro "Os crimes do ABC" de Agatha Christie em mente. Talvez pela coincidência dos comboios e a rede ferroviária serem os grandes protagonistas. 

Mihara, por alguma razão, também me fez lembrar Poirot que não se deixava nunca cegar pelo óbvio - procurava fazer as suas próprias deduções e chegar a uma conclusão satisfatória justa. 

Gostei imenso deste livro: li-o em pouquíssimos dias (2 dias e pouco). É um livro com menos de 200 páginas, mas com um ritmo muito satisfatório. 

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