Páginas

quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Na minha família todos mataram alguém, de Benjamin Stevenson

Pelo menos, uma vez por ano, gosto de ler um livro incomum de mortes.
Já li: Como matar a tua família, de Bella Mackie, e O meu homicídio, de Katie Williams. 

Agora cheguei ao livro que ganha pelo título mais longo: Na minha família todos mataram alguém, de Benjamin Stevenson.

Este é um livro que, imediatamente, nas primeiras páginas diz ao que vai. O próprio narrador diz em que páginas vão acontecer cenas de crimes - não há cá escondidinho de matanças para ninguém. Ou será que há?

O nosso protagonista é Ernesto Cunningham, um autor daquele tipo de livros "Dicas para escrever um policial de sucesso". 

Logo sabemos que, por causa de denúncia dele, o irmão Michael encontra-se na prisão - depois de ter morto alguém. Mas a saída está para breve. 

Numa tentativa de reunir toda a família, a tia Katherine organiza um encontro num hotel na montanha. O problema? A família Cunningham é conhecida por ser altamente disfuncional. O pai de Ernest era, aliás, um criminoso de carreira, conhecido por ter morto a tiro um polícia.

E, após a primeira noite, surge o primeiro cadáver. 

O livro é divertidíssimo. O Ernest assume o papel de detetive-amador e tenta encontrar o culpado (ou culpados) pelos corpos que se começam a acumular. A quarta parede, essa então, é quebrada em todos os capítulos. E vamos sabendo o que se passa sempre pelos olhos e ouvidos dele. Resta-nos tentar juntar as peças mais depressa do que ele. 

Mas o caminho até chegarmos à meta é hilariante. 

Sei que o novo livro do autor volta a ter Ernest Cunningham como protagonista, mas este livro lê-se perfeitamente sozinho. 

Sem comentários:

Enviar um comentário