Páginas

domingo, 5 de outubro de 2025

Livros lidos - parte II

Como prometido, aqui está a parte II dos resumos dos livros que li desde 13 de agosto. 

- Seca, de Neal e Jarrod Shusterman: este livro foi lido no contexto do clube Regaleira de Livros. O tema de setembro era ler um livro com capa cor-de-laranja e escolhi este. Sabia que tinha havido bastante sururu na altura em que o livro foi lançado, mas não conhecia nada do enredo. Alterações climáticas e tal e temos uma Califórnia a passar por uma seca terrível. A água é racionada à gota. Até que é criada a iniciativa "Fechar da Torneira" e nem mas uma gota cai das torneiras de todo o território. Quem tinha reservas tem de as defender. Quem não tinha reservas, luta por elas. Instala-se um clima de terror em que cada pessoa está por si mesma. Este é um livro Young Adult, mas lê-se perfeitamente bem. Seguimos um conjunto de personagens: os irmãos Alyssa e Garrett, o vizinho de ambos Kelton, uma rapariga sem abrigo Jacqui e um rapaz de caráter muito duvidoso Henry. Os cinco sobrevivem juntos a coisas que crianças e adolescentes não deveriam ter de ultrapassar. Livro fantástico e que ajuda a pôr em perspectiva muitas coisas que tomamos como certas. 


- A Morte Eterna, de Liu Cixin: a terceira e última parte da trilogia que começou com O Problema dos Três Corpos. 
A Humanidade está num nível de avanço tecnológico que nós, os humanos de 2025 nem sequer perspetivamos. Nesta altura do livro, já estamos cerca de 200/300 anos à frente do nosso presente, este que estamos a viver agora. Trisolaris, entretanto, deixou de ser a nossa maior ameaça, mas o fim do Sistema Solar está cada vez mais próximo porque... guess what? Os Trisolarianos não eram a única civilização a escutar os nossos ecos pelo espaço profundo. É uma trilogia muito bem construída, mas volto a dizer: não é fácil de ler. Há demasiados conceitos de física, fusão nuclear, astronomia, engenharia aeroespacial que são eles os verdadeiros protagonistas. Tentei passar pelos pingos da chuva e tentar absorver o arco principal, mas acredito que tenha havido partes que simplesmente não entendi. E não faz mal. Gostei bastante do final. Ficou meio em aberto, mas fez sentido. Porque afinal de contas ninguém vivo nos pode contar como foi o Big Bang. 
Sobre este livro, tenho de reclamar: que merda, Relógio d' Água? Qual foi a ideia da lombada deste livro ser diferente das dos livros anteriores? O designer estava bêbado? Despediram-no e pediram ao estagiário que desenrascasse qualquer coisa no Paint?

Sem comentários:

Enviar um comentário