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quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Lidos: Policiais

 Às vezes, como "limpa-palato", leio um policialzinho, só para me abstrair de temas mais densos. Os meus favoritos são, de longe, os autores escandinavos. Apesar de, nos últimos tempos, não ler muito este género, a verdade é que gosto sempre de lá voltar, de quando em quando...

Recentemente, li: 

- Quando a tua ira passar, de Asa Larsson: é preciso recuar a 2015, para encontrar um livro da autora sueca Åsa Larsson. Na altura, li "Aurora Boreal". Neste livro, Wilma e Simon, um casal de namorados, decidiu ir mergulhar num lago gelado para encontrar os destroços de um suposto avião alemão desaparecido na década de 40. Durante o mergulho, alguém corta a corda de segurança e tapa o orifício de entrada no lago. É impossível sair dali. Meses depois, na Primavera, aparece o corpo de Wilma e a investigação de Rebecka Martinsson e da inspetora Anna-Maria Mella leva-as na senda de um segredo que envolve colaboracionistas do regime nazi. 
Uma das coisas que mais me agrada nestes autores, é a capacidade de usarem o próprio clima nórdico como se fosse uma personagem. O frio cortante, a neve, as poucas horas de luz são uma constante e tornam a narrativa sempre muito mais "noir". Gostei imenso, e mais uma vez, é um daqueles livros que se lê num piscar de olhos, porque há poucos momentos pausados, e existe sempre muita ação e algo a acontecer. 

- Hercule Poirot: os crimes do ABC, de Agatha Christie (banda desenhada): os livros de Poirot, nesta altura do campeonato, já são clássicos, e esta história não é excepção. Poirot anda às voltas com um novo mistério. Um assassino desafia o detetive belga a pará-lo: antes de cada crime, escreve a Poirot com o dia e local de cada homicídio. 
Esta história, em banda desenhada, foi adaptada por Frédéric Brémaud, com desenhos de Alberto Zanon e cor de Fabien Alquier. 

- O Nadador, de Joakim Zander: nos anos 80, um espião americano acaba de ver morrer a companheira, numa explosão que o tinha como alvo. Tendo nos braços a filha bebé de ambos, decide deixar a bebé junto na Embaixada, para que esta fosse entregue aos parentes mais próximos. Na atualidade, Klara Walldéen é uma funcionária do Parlamento Europeu que tem um "affair" com George Lööw, um lobista norte-americano. Pelo meio, aparece também Mahmoud Shammosh, um ex-militar e ex-namorado de Klara, que no início deste livro é contactado por um colega que frequentou com ele o serviço militar e que suspeita que está a ser perseguido. Todas estas histórias vão, obviamente, acabar por se cruzar. Narrativa é sempre intercalada entre a história do espião e a atualidade que envolve Klara, até que passado e presente se fundem. Demorei um bocadinho a entrar na história, porque inicialmente, não estava a conseguir entender a dinâmica das histórias intercaladas, mas depois de "olear a maquinaria", segui sem problemas. 



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