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terça-feira, 29 de setembro de 2020

Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas

Este rascunho já estava iniciado há semanas, mas, e não me querendo desculpar, estive a braços com umas situações para resolver ainda referentes à mudança de casa, que demoraram mais do que o suposto e me roubavam toda a energia.

Os Três Mosqueteiros iam dando cabo de mim. Não pela história, mas pela formatação do livro. Letras mínimas, espaçamento mais do que reduzido, enfim... um pequeno pesadelo para os meus pobres olhos cansados. Não conseguia ler mais do que meia dúzia de páginas de cada vez, razão pela qual demorei tanto tempo a terminá-lo.

A história é aquela que todos nós conhecemos, e não vale a pena estar com rodeios: seguimos a personagem do jovem D' Artagnan, que pretende ingressar nas fileiras dos Mosqueteiros do Rei Luís XIII. Antes de conseguir ser um Mosqueteiro de pleno direito, o jovem gascão vê-se envolvido numa teia de de intrigas que envolvem o Cardeal Richelieu, Milady e Rochefort, bem como a figura da Rainha Ana de Áustria e o Conde de Buckingham. 

As personagens principais são todas, ou pelo menos, a maioria, inspiradas em figuras históricas de proa, que Dumas romanceou, e que deram origem à trilogia que tem, precisamente, início com este Os Três Mosqueteiros. 

Apesar de haver uma linha condutora - separar o Rei e a Rainha, provando por A + B que ela é uma traidora - o livro é um "conjunto" de aventuras vividas pelos quatro companheiros, até ao final. 

Gostei muito. Apesar de não ter sido uma leitura simples, pelas razões que já apontei, é muito interessante: é um verdadeiro livro de aventuras, de heróis de capa e espada, que colocam a honra e o dever acima de tudo. Os Mosqueteiros são "gentis homens", ou seja, cavalheiros, homens de porte nobre, que vivem para servir, e não deixam nenhuma donzela, ou um semelhante, desemparados. 

E assim é. Desde o princípio ao fim. A honradez de se curvarem perante aqueles que, manifestamente, são seus antagonistas é o que faz, ainda hoje, não se ter esgotado o filão de Os Três Mosqueteiros. 

Já vi várias adaptações ao cinema e séries das famosas aventuras dos Três Mosqueiros, mas é totalmente diferente de ler aquilo que foi idealizado pelo seu autor. Aliás, atrevo-me a dizer que de todas as adaptações, aquela que gostei mais - e que ainda assim, resvala muito em relação ao livro - é a série da BBC, The Musketeers (2014), que está disponível na Netflix. 

É mais um clássico que posso assinalar na minha lista. 
(e sim, eu sei que a capa é horrível, mas a que está debaixo desta ainda é pior... e esta é também a pior adaptação que conheço!!!)


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