Não vou obviamente fazer nenhum resumo do livro. A história é tão conhecida que era uma repetição desnecessária. Mas, aproveito esta oportunidade para fazer um pequeno exercício de memória e de comparação entre livro e filme.
Teria, sensivelmente, 18 anos quando li A Irmandade do Anel e o livro foi-me emprestado por um primo. Achei-o uma seca. Devo tê-lo lido tão na diagonal que, agora, não me recordava rigorosamente de nada. Foi como se o estivesse a ler pela primeira vez.
E é esta a beleza da leitura. Já havia lido o livro. Já vi os filmes umas 10 vezes cada um, mas, no entanto, senti-me como se estivesse pela primeira vez naquele lugar, naquele tempo, naquele ambiente... e gostei de cada página como se fosse uma estreia na Terra Média, como se nunca tivesse ouvido falar de Bilbo ou Gandalf, de Frodo ou de Sam...
Outro aspeto interessante desta leitura (quase nem a considero uma releitura) é conseguir estabelecer as diferenças com o filme. Enquanto que, no filme, mal Bilbo desaparece, Frodo herda os seus bens e imediatamente sai do Shire devido aos enormes perigos, no livro, há um hiato de quase 20 anos. Frodo é um hobbit com 50 anos quando abandona o Shire.
Tom Bombadil ou Radagast, o Castanho são duas personagens que não entram nos filmes e que, no livro, têm um papel importante no desenvolvimento da ação.
Também a figura de Golum tem uma presença despercebida no livro. Apesar de, efetivamente, não aparecer, segue constantemente a Irmandade desde as Minas de Moria. Aragorn, Frodo e Sam são os únicos que se apercebem da perseguição. E já todos conhecem a ligação desta criatura ao Anel Um, enquanto que, no filme, aparentemente, Frodo não sabe ao certo com quem está a lidar.
Comprei a trilogia em janeiro de 2019, antes da Europa-América entrar em insolvência, mas só agora me predispus a iniciar a leitura. Nunca li os dois volumes seguintes de O Senhor dos Anéis. Esta leitura foi feita para o "Estações Literárias - Verão" (categoria livro que teve versão cinematográfica) e "Mais Verão" (letra I - que se encontra em Irmandade).
Enfim, foi uma leitura de cinco estrelas, sem sombra de dúvidas.
Esta é uma das trilogias que me arrependo de não ter comprado mas tenho esperança de que alguma editora entretanto pegue nas obras do Tolkien. Ainda não li o senhor dos anéis mas tenho curiosidade em ler os livros mesmo já tendo visto os filmes. Boa semana.
ResponderEliminarOlá, antes de mais, muito obrigada pela tua visita e comentário. Eu tive sorte, reconheço, em ter comprado os livros antes da falência da empresa (não são a edição mais bonita, mas, foi o que se pode arranjar).
EliminarA editora Planeta já editou 2 livros de Tolkien, portanto, acho que se pode presumir que haja uma re-edição da trilogia num futuro próximo.
Boas leituras! :)