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terça-feira, 30 de julho de 2019

Lido: Chamava-se Sara, de Tatiana de Rosnay

Terminei este livro quase há 10 dias... e ainda não publiquei nada sobre ele... vergonha!!

(terminei outro, já depois deste, e a publicação do post sai amanhã... juro!!)

Gostei imenso deste "Chamava-se Sara". Situa-se em dois tempos: os tempos modernos, onde conhecemos Julia Jarmont, uma jornalista norte-americana, casada com um arquitecto francês, e a viver em França há cerca de 25 anos. É-lhe entregue a investigação do que se passou em julho de 1942, durante a rusga da polícia francesa, aos judeus daquele país. O episódio ficou conhecido como Vel d'Hiver: centenas de judeus franceses foram transportados para o Vélodrome d' Hiver, um recinto desportivo, para daí serem deportados para os campos de concentração nazis.

No decurso da sua investigação, Julia descobre que uma família judia viveu na casa da avó do marido... aquela que iria ser a sua futura casa. Daí, o seu interesse pelo tema cresceu ainda mais e fez de tudo para conseguir descobrir mais sobre esse assunto, para, de alguma forma, conseguir alcançar uma certa paz de espírito.

O 2.º momento passa-se exatamente durante essa rusga. Uma criança, que viremos a saber que se trata de Sara, é levada com os pais para o Vélodrome e depois levada para um campo de concentração. Porém, antes de sair de casa consegue esconder o seu irmãozinho, Michael. De alguma forma, consegue fugir e é acolhida por uma família francesa que, praticamente a adopta.

Este livro é o cruzamento íntimo destas duas narrativas. Gostei muito da escrita da autora, que ainda não conhecia. E, mais uma vez, a realidade consegue dar um pontapé "nos tintins" da ficção. A maldade durante este período horrível da História da Humanidade devia ser um "abre-olhos" para tudo aquilo que, hoje, se passa no quintal ao lado do nosso.

O sofrimento, a dor, a separação, a tortura, a miséria, a fome... ninguém devia passar por uma coisa destas. Fosse nos anos 40 do século passado, ou à beira dos anos 20 do nosso século XXI.

Houve alguns pormenores que não gostei tanto, mas que não comprometem minimamente a experiência de leitura nem a narrativa - é apenas uma questão pessoal; razão pela qual dei 4 estrelas ao livros em vez de 5.

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