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terça-feira, 30 de janeiro de 2018

O "mais ou menos" e o "mau"

Como por aqui já disse, o meu excelso homem ofereceu-me um Kindle no Natal. Tenho então "abusado" no download de livros "portuguese edition" gratuitos.

Os últimos que li foram "Génesis" de Tom Fox (autor de Dominus e O Sétimo Mandamento), e Arena Um: Traficantes De Escravos (Trilogia Sobreviventes) de Morgan Rice, conhecida pela saga Memórias de um Vampiro.

O Génesis é um thriller, que antecede a ação passada em Dominus. A ação passa-se em Roma e segue a jovem polícia Gabriella Fierro que foi encarregue de investigar um simples caso de desvio de somas insignificantes de uma pequena paróquia.

Contudo, e com a ajuda de Alexander Trecchio, ex-padre e atualmente jornalista, Gabriella descobre que este simples caso não é tão linear como pensava.

É um livro que se lê muito bem. No Goodreads, apenas o classifiquei com "3 estrelas", porque acho que faltava ali qualquer coisa. Este é o problema de quem lê muitos thrillers: às páginas tantas, não nos contentamos com "qualquer coisa". Faltava um pouco mais de desenvolvimento nos personagens. Mais profundidade. Não me senti ligada à personagem principal para sequer pestanejar quando estava a ser alvo de disparos.

Mas a história é interessante - atenção! Isto pode ser apenas defeito de quem já leu muito sangue e muito suspense em outros livros.


* * *

Depois deste, li "Arena Um: Traficantes de Escravos". Um vómito. A sério. Se virem este livro por perto, fujam. Começar por onde? Nem tanto o facto de ser para um público mais jovem, isso nunca me impediu antes... mas ser quase uma cópia de "Hunger Games" isso sim, incomodou-me. Um cenário apocalíptico, uma jovem heroína que tenta salvar a irmã e é levada para uma arena em que ninguém sobrevive. Duas figuras masculinas por quem a heroína desenvolve sentimentos que vão além da amizade... onde é que já li isto??

E depois as repetições... tantaaaaassss repetições. Frases e ideias iguaizinhas em capítulos diferentes. Sim, já percebemos que está tudo destruído e que só restam as carcaças dos prédios... às duas por três, dei por mim a pensar que o "problema" estava na tradução. Mas fui ver opiniões de outras pessoas no Goodreads e as queixas eram semelhantes.

E ainda a consistência da coisa. A miúda, Brooke, tem 17 anos e a irmã tem, mais ou menos, 10 anos. Até chegar à irmã, Brooke sofre cerca de três acidentes num Humvee roubado aos traficantes, é alvo de disparos, é esfaqueada, vai para a arena de combate e derrota (!!!) TRÊS adversários, melhor preparados e mais fortes, apanha tareia da forte, é lançada contra gradeamento de metal, é mordida por uma cobra (!!!), apanha mais tareia... e consegue safar-se.
Depois de sofrer o que ela sofreu, eu estaria em coma durante anos num hospital, mas ela apenas coxeia e tem dores "insuportáveis" (mas milagre!!! Não sei quantos anos depois, encontra um grupo de pessoas que lhe dá armas e penicilina... dafuq???)
Está rodeada de pessoas, vítimas nucleares e perfeitamente insanas, Nova Iorque desapareceu, mas Brooke consegue SEMPRE arranjar forma de se escapar: ou um prédio que, por acaso, é o único que ainda tem portas, os seus agressores que não conseguem acertar-lhe "por centímetros".

Enfim... foi um pequeno tormento que entretanto já passou. Só o li até ao fim, porque, habitualmente, não desisto dos livros que tenho em mãos e, já que ali estava, queria ver onde é que aquilo ia dar. Guess what? Não vou sequer tentar ler o resto da trilogia. It's done for me!!!

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