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segunda-feira, 7 de março de 2016

O Homem do Castelo Alto, de Philip K. Dick

Este livro já cá morava há algum tempo. O meu excelso homem tinha-o comprado, e lido. E eu andava a procrastinar.

Até que me decidi a pegar nele. Neste livro, já se passaram uns quantos anos desde a 2.ª Guerra Mundial. Os Aliados perderam a guerra e os Estados Unidos foram divididos entre a Alemanha nazi e o Império do Japão.

Sinopse do livro:
Estamos em 1962. A Segunda Guerra Mundial terminou há dezassete anos e a população já teve tempo de se adaptar à nova ordem mundial. Mas não tem sido fácil: o Mediterrâneo foi drenado, a população de África foi eliminada e os Estados Unidos da América divididos entre nazis e japoneses.
Na zona neutra que divide as duas superpotências vive o homem do castelo alto, autor de um bestseller de culto, uma obra de ficção que oferece uma teoria alternativa da história mundial em que o Eixo perdeu a guerra. O romance é um grito de revolta para todos aqueles que sonham derrubar os invasores. Mas poderá ser mais do que isso?

Temos personagens e eventos bastante interessantes.

Temos um antiquário, proprietário de uma das lojas de antiguidades com melhor reputação, daquele lado dos Estados Unidos. E com antiguidades, refiro-me a objetos que faziam parte da cultura norte-americana, e que agora são procurados por japoneses, como se se tratassem de autênticas raridades históricas.
Temos um judeu, que tenta esconder a sua verdadeira identidade, e a sua ex-mulher que atravessa um momento peculiar na sua vida.
Temos um alto representante do Comércio japonês, e um espião americano que se faz passar por industrial sueco.

Temos um mundo em suspenso, porque o chanceler morreu, e, ao que tudo indica, Joseph Goebbels irá suceder-lhe.

A televisão é uma nova tecnologia desenvolvida pelos alemães, que, inclusivamente, estão a desenvolver o seu programa espacial - o que resulta numa grave escassez de oferta de bens na Alemanha. Neste cenário, o Japão, tecnologicamente falando, é apresentado como estando atrás da Alemanha.

No meio do que está instituído, surge algo com potencial revolucionário. Um livro - O Gafanhoto Será Um Fardo - que apresenta uma realidade alternativa: uma realidade em que Alemanha e Japão perdem a guerra (contudo, os eventos nele descritos são diferentes daqueles que aconteceram na nossa História Mundial). Este livro é de tal forma gritante que é proibido pela Alemanha nazi.

A edição que tenho pertence à Saída de Emergência.

O Homem do Castelo Alto foi, em 2015, adaptado a série televisiva, pela Amazon Studios, e foi, recentemente, renovada para a 2.ª temporada.

2 comentários:

  1. Já o li. E vale a pena, para ser honesto.

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  2. Também gostei muito. É mesmo envolvente, por isso é que fiz o forcing para o terminar :)

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