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terça-feira, 17 de setembro de 2019

Lido: A Companhia Negra, de Glen Cook

Terminei este livro durante o fim-de-semana, mas com o início das aulas, as rotinas, cá por casa, ainda estão a ser ajustadas, e o tempo não estica.

Desde há alguns meses que estava entusiasmada com esta publicação, mesmo antes do livro estar disponível nas livrarias, sequer. Tinha lido na revista Bang, um texto publicado pelo editor da Saída de Emergência, sobre este livro... e... como explicar?! Sabem aquela sensação que cresce em nós quando lemos algo que francamente nos entusiasma?! Pois, foi isso que senti... 

Houve qualquer coisa naquele texto que me levou a * salve o exagero * precisar - genuinamente - de ler A Companhia Negra. As minhas expetativas não foram defraudadas. 

A Companhia Negra é um livro de fantasia negra. Neste primeiro volume, acompanhamos a Companhia de Negra, um grupo de mercenários que, no momento em que começamos a história, está ao serviço de Síndico, na cidade de Beryl. Mas, o cenário na cidade é, de tal forma tenso, que rebenta uma guerra civil. Durante os confrontos, e sob proteção da Companhia Negra, Síndico, que funciona como uma espécie de governante de Beryl, refugia-se numa torre. Contudo, uma criatura negra ataca o local e há uma matança. A missão da Companhia Negra fica, desta forma, concluída, dado que o seu contratante é uma das vítimas da forvalaka, a tal besta.   

A Companhia Negra é contratada para servir a Senhora, nas terras do Norte. Em tempos que há muito passaram, a Senhora e o marido, Dominador, dois feiticeiros poderosíssimos, governaram com mão de ferro e crueldade, esse território. Mas, a Rosa Branca, líder mítica dos Rebeldes, havia conseguido pô-los num sono sem fim, acompanhados dos Tomados, um grupo de 10 inimigos que foi amaldiçoado a segui-los até ao fim dos tempos. Porém, após mais de 300 anos, a Senhora e os Tomados foram despertados, e a guerra recomeçou. 

É este o "plot" de uma saga que me entusiasmou muitíssimo. O livro está escrito da perspetiva do Físico, o médico da Companhia Negra, que serve também na condição de escriba que regista nos Anais, os momentos mais importantes e significativos do grupo. E aquilo que lemos são Crónicas escritas por Físico, logo existem alguns saltos temporais que, os mais distraídos, poderão achar estranhos. 

É um livro super-entusiasmante. E estava mesmo muito ansiosa para falar dele, mas estava difícil chegar ao fim, devido ao facto do Henrique ter começado as aulas, andarmos todos ainda um pouco "a apanhar papéis" e a criar uma nova rotina para estes primeiros dias do 1.º ano do 1.º Ciclo. 

Em A Companhia de Negra podemos encontrar um pouco de tudo: estratégia militar, fantasia e magia, humor, uma pitadinha de romance, intrigas, violência... e este 1.º volume é um início de uma saga, na minha simples opinião, memorável. Recomendo vivamente a quem gostou, por exemplo da Trilogia dos Senhores da Guerra, de Bernard Cornwell (também da Saída de Emergência), e gosta deste género de livro mais robusto.

Para não falar da capa, que é BRU-TAL! 

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