Quem leu este livro, sabe da importância desta notícia... heheh
15 de Julho, 2011O
O escritor italiano Umberto Eco vai reescrever o romance 'O Nome da Rosa', que lhe garantiu a notoriedade mundial, para o tornar «mais acessível a novos leitores», noticiou o diário romano La Repubblica.
Eco vai aligeirar várias passagens da obra assim como a linguagem usada no thriller medieval, com acção passada no século XV, para o aproximar das novas gerações e das novas tecnologias. O Nome da Rosa teve origem na paixão declarada do autor, um medievalista confesso, pelos livros e pela cultura da época.
O escritor tem por objectivo ultrapassar a dificuldade idiomática ou a densidade de várias passagens da obra, assim como chegar àqueles que só conhecem excertos publicados na internet, através das potencialidades de uma nova edição digital.
Bompiani, a tradicional editora de Eco que publicou o romance em 1980, estabeleceu o próximo dia 5 de Outubro como data para o relançamento de O Nome da Rosa, em nova e mais ligeira versão.
No romance, dois monges, o franciscano Guilherme de Baskerville (personagem que conjuga as referências de Guillaume d'Ockham, o filósofo «invencível» inglês, Venerabilis inceptor do século XIV, com as referências literárias de Connan Doyle e um dos mistérios-chave de Sherlock Holmes, O cão dos Baskervilles), e o seu discípulo, o noviço Adso de Melk, investigam uma série de assassínios num mosteiro beneditino, todos relacionados com um livro proibido.
A novela foi um verdadeiro êxito de vendas, traduzida em cerca de meia centena de línguas, com milhões de cópias vendidas em todo o mundo - mais de seis milhões só no país de origem -, encontrando-se há anos entre os cem títulos fundamentais do século XX, escolhidos pelo vespertino francês Le Monde.
Em 1986, o cineasta francês Jean-Jacques Annaud assinou a adaptação cinematográfica, com Sean Connery como Guilherme ou William de Baskerville, e Christian Slater como Adso de Melk.
O Nome da Rosa foi originalmente publicado em Portugal pela Difel, em 1983, com tradução de Maria Celeste Pinto, tendo, logo no primeiro ano, esgotado perto de cinco edições.
À semelhança do que se passou noutros países, o romance revelou ao público português um autor até então conhecido apenas dos meios universitários por ensaios como Signo, Como se faz uma tese em ciências humanas, A definição da arte ou Leitura do texto literário.
Lusa/SOL
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