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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Paulo Coelho e Émile Zola

Ok... confesso: andei a ler dois livros em simultâneo. Já não fazia esta brincadeira há uns bons tempos.

Em primeiro, comecei a ler um clássico: A Taberna, de Émile Zola. Este é um daqueles livros que devia ser "obrigatório" de tão bom. Nele seguimos a vida de Gervásia, uma jovem mulher, na França do século XIX. A história começa com Gervásia, ainda na casa dos "vintes", companheira de Lantier e com dois filhos. Depois de ter sido abandonada pelo pai dos filhos, esta mulher casa com Coupeau.

A Taberna - lugar onde se afogam as mágoas - é a metáfora para a vida desta mulher. Depois do casamento, Gervásia consegue alcançar pequenas coisinhas: uma boa poupança, um marido bom e trabalhador, uma loja (onde emprega algumas mulheres), uma gravidez (da qual nasce Naná, que será personagem de um outro livro. Na adolescência, Naná torna-se prostituta... e mais não digo!). Contudo... Coupeau tem um acidente laboral e acomoda-se à boa vida. Daí para a frente, nada mais será igual. O fim é trágico, mas nada que não se esperaria de um contemporâneo de Eça.

***

Ao mesmo tempo andei a ler, Onze Minutos, de Paulo Coelho. Não sou a maior das fãs de Paulo Coelho - confesso que tenho por ele a mesma relação que tenho com Isabel Allende -mas apreciei muitíssimo este livro. Nele, o autor aborda a sexualidade e o amor através de Maria, uma jovem brasileira que, enganada por um empresário, chega à Suíça onde se torna prostituta. Na Suíça, conhece um artista por quem se apaixona e que altera todos os planos da jovem.

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