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sexta-feira, 9 de abril de 2010

Kafka à beira-mar

Estive a pensar no que diria sobre o livro 'Kafka à beira-mar'. É poderoso. É viciante. Está muito bem escrito .

Em poucas palavras: temos um jovem de 15 anos que foge da casa paterna. A mãe saiu de casa quando o rapaz tinha quatro anos, e com ela levou uma irmã mais velha. O pai... é alguém que mais tarde vimos a saber que é um escultor famoso e muito desligado da família. O filho crê-se amaldiçoado pelo pai: vai matar o pai e ter relações com a mãe e a irmã. Muito ao género de Édipo.

Depois, temos a 'estória' paralela de Nakata, um velhote de 70 anos, "não muito esperto", como se descreve, analfabeto, e que fala com gatos. À medida que a acção avança - que decorre inteiramente no Japão - os dois destinos cruzam-se.

São quase 600 páginas. O tamanho do livro, só por si, assusta, mas é tão bom que se lê "enquanto o diabo esfrega um olho". Aconselho vivamente.

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