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sábado, 1 de fevereiro de 2025

Silo, de Hugh Howey

Vi a primeira temporada da série da Apple TV ainda em 2024, e fiquei maravilhada. 

E, em janeiro, quando no clube de leitura "Regaleira de Livros" ficou decidido que o tema mensal era "distopia", achei que, entre as opções que tinha em cima da mesa, era o que mais me interessava.

Temos uma comunidade que vive dentro de um silo subterrâneo há mais de 140 anos. São cerca de 140 andares. No topo, estão as instituições do poder, nos pisos intermédios estão alguns serviços essenciais (por exemplo, o berçário) e nos últimos, estão as profissões, ditas, menores. 

Começamos esta saga com o xerife Holston a ser enviado para a "limpeza". Vivemos num mundo pós-apocalíptico. O mundo, fora do silo, é tóxico e altamente mortífero. Só dentro do silo existe ordem e paz. Contudo, aqueles que, de alguma forma, não cumprem as ordens são mandados "limpar": terão de sair do silo, equipados dentro de um fato especial, com equipamento para limpar as câmaras que permitem aos residentes ver o mundo lá fora. Ninguém sobrevive.

A esposa do xerife havia sido mandada limpar uns anos antes, depois de se convencer que o mundo lá fora não era exatamente como parecia e, que de alguma forma, todos os habitantes do silo estavam a ser enganados. O xerife não aguentou a solidão e pediu para sair. Nisto, entra a nossa protagonista, Juliette Nichols, uma mecânica dos pisos inferiores que, tempos antes, ajudou o xerife num caso. 

Inteligente, impulsiva e reservada, Juliette não é só agrado de todos os detentores do poder: Bernard, chefe da Informática, não esconde que o seu eleito para o lugar era outra pessoa da sua confiança. 

Nisto, a prefeita Jahns e o xerife adjunto Marnes, os únicos da "equipa Nichols" morrem, e Bernard torna-se prefeito interino, e tenta fazer da vida de Juliette um inferno.

Até que num golpe, condena Juliette a ir "limpar". Chega o dia, e Juliette sai do silo. Mas sobrevive. O que aconteceu? Como? O que vai ser do silo com este conhecimento? Afinal o que há lá fora?

Apesar de haver muitas diferenças entre série e livro, estão ambos muito bons. No livro, estou um pouquinho mais à frente em relação a série, mas estou a aproveitar cada segundo destas duas versões da mesma história.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Shuggie Bain, de Douglas Stuart

Este livro de que irei falar não foi a primeira leitura concluída em 2025, mas é um livro que já vinha de 2024, e que só agora terminei.

Trata-se do livro Shuggie Bain, vencedor do Booker Prize em 2020. 

Terminei esta leitura há poucos minutos - entenda-se, no momento em que escrevo este texto e não no momento em que está a ser publicado - e ainda estou meio sem chão. Só me apetece dar colo ao meu filho e prometer-lhe que o irei proteger enquanto as forças não me faltarem.

Shuggie Bain é um jovem adolescente de 15 anos que vive numa residencial rasca e trabalha como atendente num supermercado. Ao mesmo tempo, tenta manter-se na escola, com mais ou menos sucesso.Nota-se que tem brio na sua apresentação, mas infelizmente, algo de muito errado lhe  aconteceu na vida para estar naquela posição.

Nisto, recuamos a 1981 e vamos conhecer Agnes Bain. Uma mulher lindíssima, casada com Shug Bain, um taxista mulherengo. De momento, vivem com os pais dela, e com mais 3 crianças - Catherine e Leeks, filhos do primeiro casamento de Agnes - e o pequenino Shuggie. As traições constantes de Shug fazem com que Agnes, apesar de sentir que merecia mais e melhor, se refugie na bebida. Problema esse que vai ser um dos grandes protagonistas desta história.

Shug farta-se de Agnes e abandona-a numa comunidade de mineiros completamente arruinada. Aos poucos, os filhos de Agnes, primeiro Catherine, e depois Leeks, vão saindo de casa, destroçados com a mãe, numa tentativa de conseguirem vir a ser alguém e sobreviverem aquela existência. Fica Shuggie. O mais pequeno e o mais delicado e deslocado. Sempre desejoso de agradar à mae, sempre desejoso de se integrar, Shuggie tem uma vida que ninguém merece: violência em cima de violência, negligência, a pobreza...

Fiquei altamente aflita com a vida desta criança que foi obrigado a crescer demasiado depressa. Foi angustiante levar esta leitura até ao fim, razão pela qual demorei tanto a concluí-la.

Cada capítulo é uma dor diferente. Há um período da vida de Shuggie em que a mãe, durante um ano, fica sóbria. Mas é como ver um comboio a passar e saber que ele vai descarrilar. Não sabemos o momento exato em que isso vai acontecer, e quando acontece, só nos apetece entrar dentro destas paginas e abanar Agnes até lhe voltar a meter noção na cabeça. 

É um livro que merece, definitivamente, a vossa atenção. Se ainda não o leram, façam-no. Não se arrependerão.

domingo, 26 de janeiro de 2025

Crimes de Inverno, de Agatha Christie

Estou bastante atrasada no que toca à atualização do blogue - nada de inédito em mim, convenhamos. 
Deixa-me bastante frustrada não conseguir alimentar este espaço com regularidade, mas nem sempre tenho a energia necessária para dar conta de tudo o que tenho em mãos diariamente, e, é inevitável, que alguma coisa fique para trás.

O último livro que li, ainda em 2024, foi um livro de contos de Inverno e de Natal de Agatha Christie, "Crimes de Inverno".

No mês de dezembro, no clube de leitura "Regaleira de Livros", a que pertenço, o tema escolhido foi Natal e, entre as opções que tinha, apeteceu-me revisitar personagens que me são tão queridas e familiares. Nem todos os contos eram com Poirot ou Miss Marple. Também tínhamos os Beresford e outros detetives amadores saídos da imaginação de Christie.

Fiquei de coração quentinho, porque não sendo uma novidade, foi um livro que me deixou confortável, num mês habitualmente tão atípico como é Dezembro. 

Christie, para mim, ainda continua a ser a rainha do género. Mesmo em histórias curtinhas, consegue manter a qualidade que eu lhe é reconhecida. Não sou a maior fã de contos... Fico sempre com a impressão que falta qualquer coisa, mas agora não senti isso, e deixei-me envolver.

Crimes de Inverno. Não se esqueçam do nome para o próximo Natal!

sábado, 14 de dezembro de 2024

Na Cabeça de Sherlock Holmes, de Cyril Lieron e Benoit Dahan

 


Era impossível ler um livro mais bonito e imersivo do que este "Na Cabeça de Sherlock Holmes".

Este livro foi comprado no Amadora BD, no mês de outubro. Quando terminei "A Floresta Sombria" de Liu Cixin não me estava a apetecer lançar-me de cabeça em outro livro grande e complexo. Decidi que iria usar uma BD como "limpa palato".

A história  é simples: na Londres de 1890, é encontrado, na rua, um homem. Estava vestido apenas com pijama, magoado, sem memória... Com as horas a passarem, ele conseguiu dizer que era conhecido do Dr. Watson. 

Mais uma vez, encontramos um Sherlock Holmes aborrecido, sem ter nenhum mistério a que se dedicar... Nisto, batem à porta e é a polícia que traz consigo o misterioso homem, na esperança que Watson os ajude a identificá-lo. Trata-se, na verdade de Herbert Fowler, um médico que exerce no antigo consultório de Watson.

A aparência de Fowler e as circunstâncias que rodeiam este surgimento despertam Holmes do torpor em que se encontrava. 

A narrativa envolve circo, artes performativas, a guerra contra o ópio, China vs Grã Bretanha. E claro a presença dos  incontornáveis Mycroft e Lestrade.

Além da história ser uma verdadeira homenagem a Conan Doyle (a história não é um original do autor, mas !), a arte é perfeita. Os pormenores são perfeitos. A forma como o leitor é puxado a ter um papel ativo na resolução do mistério é perfeita. As cores usadas são perfeitas. 

Não posso falar muito para não estragar a surpresa que é ler este livro, mas cada página traz um elemento capaz de nos deixar boquiaberto. 

Não posso deixar de destacar a capa maravilhosa. Temos o contorno do rosto de Holmes, em recorte, e o desenho de baixo é uma representação daquilo que será o cérebro do mais afamado detetive britânico.



quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

A Floresta Sombria, de Liu Cixin

Consegui terminar A Floresta Sombria, o segundo volume da trilogia "O Passado do Planeta Terra", habitualmente conhecida como "O Problema dos Três Corpos". 

Já tinha lido o primeiro volume há bué bué de tempo e o entusiasmo por esta trilogia voltou com a série da Netflix. Aqui a menina, armada em Chica, achou que conseguia acompanhar o volume 2 com base na série. Erro crasso. 

Sim, meu amigos, também cometo erros. Eu sei, um choque! Acontece que reli (na diagonal!) o volume 1 antes de me lançar ao 2. No final do ano, não posso esquecer de acrescentar esta releitura, que não contabilizei no GoodReads Reading Challenge.

O planeta Terra foi ameaçado de invasão por uma raça alienígena do planeta Trisolaris, que já arrancou em força na nossa direção. Irá chegar em cerca de 400 anos. Os humanos unem esforços para elaborar um plano para conseguir eliminar a frota alienígena, preferencialmente, antes dela chegar à Terra. Quatro séculos parecem muito tempo, mas estamos em guerra.

Foi assim lançado o Projeto Clausura em que os 4 melhores pensadores/estrategas do Mundo vão trabalhar nesse plano para atingir os nossos inimigos. Luo Ji, um perfeitamente desconhecido astrónomo, é um dos escolhidos, mas são várias as dificuldades com que os Enclausurados se deparam. Luo Ji, em especial, tendo em conta que é o principal visado das várias tentativas de homicídio por parte de Trisolaris, e dos seus colaboradores.

Este livro, à semelhança do primeiro, não é simples de ler por uma razão: trata-se de ficção científica em todo o seu esplendor. Em cada página são lançados conceitos e ideias muito específicos, explicações científicas que embora tenhamos acesso à sua clarificação não ficam especialmente... claros...!

Contudo, se ultrapassarmos o facto de não sermos cientistas de topo, e nos focarmos na narrativa principal, temos aqui um livro absurdo de bom. Liu Cixin criou uma ideia que já vimos em vários filmes, mas aqui, não temos o herói que salva o dia com um lança-chamas numa mão, um cigarro no canto da boca e a outra mão na cintura da heroína bonitona. Temos protagonistas que hibernam por 200 anos (sim, de repente, avançamos 2 séculos) e acordam numa sociedade altamente avançada, onde temos frotas espaciais (3, aliás!) e um desenvolvimento tecnológico impensável. Temos protagonistas com dúvidas, que entram em missões suicidas, que enfrentam a desconfiança e o ódio da comunidade que estão a servir.

É uma trilogia para se ler. Com calma, mas sem interrupções. Levar tudo a eito, como se diz. 

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

O Hobbit, de JRR Tolkien

Depois de ler este livro, é que me apercebi da parvoíce que foi transformá-lo em três filmes. Que sacramental tolice, Peter Jackson... 

O Hobbit seria um filme único perfeito. Ou, no limite, uma mini serie de 4 a 6 episódios, dos pequenitos. Não era preciso inventar. E inventar mal, sejamos francos.

A história é tão simples que dói. Bilbo Baggins é um hobbit que vive, de forma simples, na sua casinha. Os seus prazeres são simples: fumar o seu cachimbo, comer e pouco mais. No fundo, eu sou o Bilbo Baggins (#todossomosBilbo). Sem a parte de fumar cachimbo. Bilbo como um bom hobbit quer e paz e sossego. Até que aparece Gandalf. Esta enorme figura é um feiticeiro com uma relação antiga com família de Baggins, e  aparentemente, este reencontro parecia inócuo. Até que, no dia seguinte, Bilbo estava descansado em casa e, de repente, vê a sua casa invadida por anãos (sempre aprendi que o plural de anão é anões, mas vou respeitar a opção escolhida na tradução da edição). E, não menos de repente, vê-se envolvido na situação que hobbit algum deseja: uma aventura. 

Bilbo vai acompanhar a expedição dos anãos, na qualidade de ladrão especialistas, na reconquista da Montanha Solitária, lar antigo desta raça, que Smaug, um terrível dragão, usurpou.

Nesta viagem incrível, Bilbo e os anãos irão conhecer as personagens mais improváveis: elfos simpáticas e outros nem tanto, homens com todas as suas qualidades e defeitos, aranhas horríveis, goblins assustadores, trolls e Beorn, um aliado que muda de forma. 

E também...como bem sabemos, Gollum. E vai tornar-se proprietário do Um Anel, mesmo que não conheça minimamente o perigo que ele representa.

É isto. Ponto. Não era preciso fazerem 3 filmes de quase 3 horas cada um. Isto era um livro infantil, senhores. 

Claro, obviamente, adorei voltar a este universo. Tenho acompanhado a série Anéis do Poder e é  sempre (sempre!) um enorme gosto ler mais sobre este mundo criado por Tolkien. 

domingo, 8 de dezembro de 2024

O Canto de Aquiles, de Madeline Miller

Li, há alguns meses, o livro "Circe", e gostei bastante. Posto isto, decidi explorar um pouco mais a autora, e arrisquei-me a ir de encontro ao O Canto de Aquiles. Era, aliás, a minha primeira escolha para ler no âmbito do clube literário a que pertenço. O desafio era ler um livro, cujo título começasse com a nossa inicial. 

Se leram o meu post anterior, devem saber que acabei por escolher O Carteiro de Pablo Neruda, mas dei continuidade também a esta leitura, porque fez clique a determinada altura. 

Não estava a adorar o início. Mas, depois, não sei bem o quê exatamente, dei por mim a virar páginas atrás de páginas e a pesquisar alguns factos sobre as personagens que eram apresentadas e dei por mim, de novo, enredada num novelo sem  fim de mitologia grega. 

Este livro foi escrito em 2011 e estou tão absolutamente chocada com este pedaço de informação que nem sei bem o que fazer com ele. Fica, aqui, lindamente, metido a martelo. Assunto resolvido!

Adiante... Este romance segue Aquiles, "o melhor dos gregos", desde o seu encontro com Pátroclo, seu amigo de infância e (dizem os boatos) seu amante, até à Guerra de Tróia. Aliás, este livro explora bastante o relacionamento amoroso dos dois. 

Pátroclo é o narrador deste livro. E temos acesso a todos os acontecimentos da sua perspetiva, mesmo depois de morto. Inicialmente, surge como filho de Menoetius e pretendente à mão da bela Helena. Nessa sequência, todos os pretendentes rejeitados fazem um juramento a Helena e a Menelau. Depois de um incidente, Pátroclo é exilado em Ftia e conhece Aquiles de quem se torna próximo, nascendo daí um relacionamento íntimo.

Tudo o resto é história. A profecia em torno de Aquiles, o treino com o centauro Quíron, o suposto rapto de Helena, a guerra entre gregos e troianos, a morte de Heitor e, em resultado disso, a morte de Aquiles.

O ritmo é incansável. E cheguei ao fim com a sensação de que gostei mais deste O Canto de Aquiles do que de Circe. Quase dei por mim a esquecer que se tratava de uma obra ficcional e que aqueles diálogos, obviamente, não podiam ter chegado aos nossos dias. Madeline Miller conseguiu mais uma vez.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

O Carteiro de Pablo Neruda, de Antonio Skármeta

Vi o filme há vários anos, e tinha este livro há muitos mais, para ser franca.

Decidi lê-lo, no âmbito do clube literário do qual faço parte e cujo desafio consistia em ler um livro, cujo título começasse com a inicial do nosso nome. Mas esta escolha não foi planeada.

Em busca de um livro para emprestar à minha colega de trabalho, deparei-me com ele.  E achei que quase 20 anos de espera era tempo mais do que suficiente para ler um livro. Mea culpa. A edição será de 2008, estamos em 2024 - é fazer as contas. Estou envergonhada? Mais ou menos. Não posso, em boa fé, assumir que sim. 

Enfim, seguimos Mario que é um jovem cuja ideia de trabalhar lhe era algo avessa, convenhamos. Filho de pescador, pescador será. Até que surge a hipótese de ser carteiro. De um único destinatário e remetente. Nem mais nem menos que o poeta Pablo Neruda. O nosso Mario, fã do poeta, anda, uns tempos, numa tentativa de pedir um autógrafo, com uma dedicatória, mas desiste sempre. Até que surge Beatriz. E é do amor que nasce em Mario, que também surge a coragem de pedir ajuda Neruda. Daqui vai nascer uma forte e original amizade. 

Fiquei apaixonada. Não sei se pela simplicidade inocente de Mario, se pelo carisma envolvente de Neruda... O livro lê-se quase de uma assentada. É pequenino, letras grandes, e uma história que nos conquista nas primeiras páginas. 

Houve cuidado com a escrita, mas não é difícil de entender. Aliás, Neruda faz questão de explicar a Mario cada vez que usa uma expressão mais literária. É impossível não ficarmos com um sorriso no rosto ao ler as metáforas que Mario dedica a Beatriz.

Era este o livro que eu precisava ler, naquela altura. E ele encontrou-me.

O escritor chileno, Antonio Skármeta, morreu, no passado dia 15 de outubro, com 83 anos.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Wolf Hall, de Hilary Mantel

Gostei bastante desta leitura, mas não posso dizer que foi sequer perto de simples. 

Habitualmente, sou a pessoa que vibra com livros históricos e ia com as expectativas nos píncaros.

Contudo, à medida que o livro ia avançando, ia tornando-se algo confuso. Só para terem uma ideia, existem umas 10 personagens chamadas Thomas, outras tantas que Henry... Muitos nomes iguais faziam-me dar nós no cérebro, porque, às tantas, já não fazia ideia de quem se falava, e até apanhar o ritmo, não foi "um passeio no parque". 

A narrativa, em si, tem lugar durante um período interessantíssimo da História: o reinado de Henrique VIII, no século XVI. Retrata, de forma ficcional, a subida ao poder de Thomas Cromwell, de um simples advogado até alcançar a posição de conselheiro principal do Rei.

E passamos por muito: a tentativa de divórcio do Rei, casado com Catarina de Aragão, para conseguir casar com Ana Bolena. E, pelo meio, não esqueçamos, tornar-se o líder da Igreja Anglicana.

(ainda não cheguei à parte das reais cabeças decepadas, lamentavelmente)

A linguagem e o estilo de escrita não são para o comum mortal, e, nesta categoria, incluo-me com o maior respeito e humildade. É uma escrita muitíssimo cuidada e rica. Mantel, não raras vezes, faz uso do seu domínio absoluto da escrita, no meio da narrativa, colocando pensamentos e impressões de Cromwell sobre determinadas situações. 

É um livro absurdo pela quantidade de detalhes que tem. Uma dica: ajuda bastante assistir a série Os Tudors, porque atribuímos caras aos nomes e acaba por ser uma bengala interessante. 

Por se ter tratado de um livro que demorei bastante a ler, não sei se tenho vigor mental para avançar para o próximo da trilogia - O Livro Negro - mas lá chegarei em 2025, com toda a certeza.

Ponto de situação das minhas leituras

Tive agora um daqueles momentos de " já não atualizo o blogue há bué de bué". Confere. Pouco mais de um mês.

Mas a verdade é que também não li muito depois daquela última atualização. Terminei o Wolf Hall (de Hilary Mantel), li O Carteiro de Pablo Neruda (de Antonio Skármeta), O Canto de Aquiles (de Madeline Miller), e terminei ontem à noite O Hobbit (dispensa apresentações, mas ppr uma questão de coerência, de JRR Tolkien). 

A Floresta Sombria (de Cixin Liu, e o segundo volume da trilogia Three Body Problem) é um work in progress.

Bem vistas as coisas, e em perspetiva, li mais do que aquilo que pensava que tinha lido... 

Vou, portanto, aproveitar que estou em casa esta semana (a cria está com varicela e com baixa até segunda feira), e irei pôr os escritos em dia.

Quatro publicações irão sair, de certeza, durante o que resta desta semana e, se conseguir terminar A Floresta Sombria é um extra que me iria deixar para lá de satisfeita.