Já tinha lido o primeiro volume há bué bué de tempo e o entusiasmo por esta trilogia voltou com a série da Netflix. Aqui a menina, armada em Chica, achou que conseguia acompanhar o volume 2 com base na série. Erro crasso.
Sim, meu amigos, também cometo erros. Eu sei, um choque! Acontece que reli (na diagonal!) o volume 1 antes de me lançar ao 2. No final do ano, não posso esquecer de acrescentar esta releitura, que não contabilizei no GoodReads Reading Challenge.
O planeta Terra foi ameaçado de invasão por uma raça alienígena do planeta Trisolaris, que já arrancou em força na nossa direção. Irá chegar em cerca de 400 anos. Os humanos unem esforços para elaborar um plano para conseguir eliminar a frota alienígena, preferencialmente, antes dela chegar à Terra. Quatro séculos parecem muito tempo, mas estamos em guerra.
Foi assim lançado o Projeto Clausura em que os 4 melhores pensadores/estrategas do Mundo vão trabalhar nesse plano para atingir os nossos inimigos. Luo Ji, um perfeitamente desconhecido astrónomo, é um dos escolhidos, mas são várias as dificuldades com que os Enclausurados se deparam. Luo Ji, em especial, tendo em conta que é o principal visado das várias tentativas de homicídio por parte de Trisolaris, e dos seus colaboradores.
Este livro, à semelhança do primeiro, não é simples de ler por uma razão: trata-se de ficção científica em todo o seu esplendor. Em cada página são lançados conceitos e ideias muito específicos, explicações científicas que embora tenhamos acesso à sua clarificação não ficam especialmente... claros...!
Contudo, se ultrapassarmos o facto de não sermos cientistas de topo, e nos focarmos na narrativa principal, temos aqui um livro absurdo de bom. Liu Cixin criou uma ideia que já vimos em vários filmes, mas aqui, não temos o herói que salva o dia com um lança-chamas numa mão, um cigarro no canto da boca e a outra mão na cintura da heroína bonitona. Temos protagonistas que hibernam por 200 anos (sim, de repente, avançamos 2 séculos) e acordam numa sociedade altamente avançada, onde temos frotas espaciais (3, aliás!) e um desenvolvimento tecnológico impensável. Temos protagonistas com dúvidas, que entram em missões suicidas, que enfrentam a desconfiança e o ódio da comunidade que estão a servir.
É uma trilogia para se ler. Com calma, mas sem interrupções. Levar tudo a eito, como se diz.
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