Habitualmente, sou a pessoa que vibra com livros históricos e ia com as expectativas nos píncaros.
Contudo, à medida que o livro ia avançando, ia tornando-se algo confuso. Só para terem uma ideia, existem umas 10 personagens chamadas Thomas, outras tantas que Henry... Muitos nomes iguais faziam-me dar nós no cérebro, porque, às tantas, já não fazia ideia de quem se falava, e até apanhar o ritmo, não foi "um passeio no parque".
A narrativa, em si, tem lugar durante um período interessantíssimo da História: o reinado de Henrique VIII, no século XVI. Retrata, de forma ficcional, a subida ao poder de Thomas Cromwell, de um simples advogado até alcançar a posição de conselheiro principal do Rei.
E passamos por muito: a tentativa de divórcio do Rei, casado com Catarina de Aragão, para conseguir casar com Ana Bolena. E, pelo meio, não esqueçamos, tornar-se o líder da Igreja Anglicana.
(ainda não cheguei à parte das reais cabeças decepadas, lamentavelmente)
A linguagem e o estilo de escrita não são para o comum mortal, e, nesta categoria, incluo-me com o maior respeito e humildade. É uma escrita muitíssimo cuidada e rica. Mantel, não raras vezes, faz uso do seu domínio absoluto da escrita, no meio da narrativa, colocando pensamentos e impressões de Cromwell sobre determinadas situações.
É um livro absurdo pela quantidade de detalhes que tem. Uma dica: ajuda bastante assistir a série Os Tudors, porque atribuímos caras aos nomes e acaba por ser uma bengala interessante.
Por se ter tratado de um livro que demorei bastante a ler, não sei se tenho vigor mental para avançar para o próximo da trilogia - O Livro Negro - mas lá chegarei em 2025, com toda a certeza.
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