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domingo, 8 de dezembro de 2024

O Canto de Aquiles, de Madeline Miller

Li, há alguns meses, o livro "Circe", e gostei bastante. Posto isto, decidi explorar um pouco mais a autora, e arrisquei-me a ir de encontro ao O Canto de Aquiles. Era, aliás, a minha primeira escolha para ler no âmbito do clube literário a que pertenço. O desafio era ler um livro, cujo título começasse com a nossa inicial. 

Se leram o meu post anterior, devem saber que acabei por escolher O Carteiro de Pablo Neruda, mas dei continuidade também a esta leitura, porque fez clique a determinada altura. 

Não estava a adorar o início. Mas, depois, não sei bem o quê exatamente, dei por mim a virar páginas atrás de páginas e a pesquisar alguns factos sobre as personagens que eram apresentadas e dei por mim, de novo, enredada num novelo sem  fim de mitologia grega. 

Este livro foi escrito em 2011 e estou tão absolutamente chocada com este pedaço de informação que nem sei bem o que fazer com ele. Fica, aqui, lindamente, metido a martelo. Assunto resolvido!

Adiante... Este romance segue Aquiles, "o melhor dos gregos", desde o seu encontro com Pátroclo, seu amigo de infância e (dizem os boatos) seu amante, até à Guerra de Tróia. Aliás, este livro explora bastante o relacionamento amoroso dos dois. 

Pátroclo é o narrador deste livro. E temos acesso a todos os acontecimentos da sua perspetiva, mesmo depois de morto. Inicialmente, surge como filho de Menoetius e pretendente à mão da bela Helena. Nessa sequência, todos os pretendentes rejeitados fazem um juramento a Helena e a Menelau. Depois de um incidente, Pátroclo é exilado em Ftia e conhece Aquiles de quem se torna próximo, nascendo daí um relacionamento íntimo.

Tudo o resto é história. A profecia em torno de Aquiles, o treino com o centauro Quíron, o suposto rapto de Helena, a guerra entre gregos e troianos, a morte de Heitor e, em resultado disso, a morte de Aquiles.

O ritmo é incansável. E cheguei ao fim com a sensação de que gostei mais deste O Canto de Aquiles do que de Circe. Quase dei por mim a esquecer que se tratava de uma obra ficcional e que aqueles diálogos, obviamente, não podiam ter chegado aos nossos dias. Madeline Miller conseguiu mais uma vez.

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