(post sobre o primeiro volume O Império final, pode ser consultado aqui)
Este começa logo a assustar pelo tamanho. É um bicho com mais de 700 páginas e... senhores da Saída de Emergência, se me ouvirem, se fazia sentido dividir um livro, era este!...
Mas adiante.
Muito resumidamente: no 1.º livro, tínhamos Kelsier, um afamado ladrão, a reunir um grupo, com o objetivo de derrubar o Senhor Soberano, o líder do Império Final, há mais de 1000 anos, num misto de reino de terror e fé cega (sim, enquanto nós temos várias religiões, ali, clamava-se pelo Senhor Soberano).
Neste mundo, existem pessoas com o poder de "queimar" metais (chamados "alomantes"), dando-lhes uns determinados poderes. Kelsier é um raro, é "nascido das brumas", ou seja pode "queimar" todos os metais conhecidos, sendo, assim, uma pessoa praticamente invencível. Vin é a sua aprendiz, uma miúda das ruas, maltratada por todos, que encontra no bando de Kelsier, o conforto, a segurança e a confiança que nunca teve antes. Vin também é "nascida das brumas" e Kelsier desperta-a para os poderes que possui.
Neste 2.º livro, explora-se muito a origem da mitologia do Senhor Soberano. De onde apareceu? Quem era ele realmente? De onde vinha todo o seu poder? Como conseguiu dominar o território durante tantos anos?
O Senhor Soberano foi derrotado, e o bando de Kelsier está encarregue de pôr ordem em Luthadel, a cidade-capital do Império. Elend, o namorado de Vin, foi o escolhido para ser o Rei nesta nova Era, mas a pressão está a dar cabo dele: tem dois exércitos às portas da cidade (um deles do próprio pai), e um terceiro a caminho, e internamente, o seu Conselho insiste em entregar a cidade a um dos exércitos.
Religião, política e poder são as palavras-chave deste extenso volume, com tudo o que de bom e de mau possam trazer.
Já não me recordo com quem tive esta conversa, mas sei que há pouco tempo falava da saga e em como, de forma encapotada, há imensa atualidade num "simples" livro de fantasia: a manipulação, os jogos políticos de bastidores, um grupo de privilegiados que se sente "superior" em relação a outros...
Provavelmente, o Sanderson nunca irá vencer um prémio Nobel da Literatura, mas, a saga está muito bem construída, caramba...
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