Declaração prévia: não adorei. É um livro pequenino que se lê muito bem e rápido, mas senti que ficou um pouco aquém. Talvez as minhas expetativas estivessem altas depois de ler os livros sobre a livraria Morisaki...
O nosso protagonista é um jovem carteiro que descobre ter pouco tempo de vida. A mãe faleceu, está afastado do pai (física e emocionalmente) e vive sozinho. Sozinho, é um exagero, vá: vive com o seu gato Repolho.
Ao chegar a casa, apercebe-se que não está sozinho. O Diabo - em pessoa! - veio fazer um trato: por cada objeto do quotidiano que o nosso protagonista faça desaparecer do mundo, ganha mais um dia de vida.
Esta história foca essencialmente na importância das pequenas coisas: no final, que é efetivamente importante para nós? Com a pressa dos dias, talvez demos demasiado tempo de antena aos smartphones e a todas as tecnologias, mas até onde é que poderíamos, hoje, viver sem elas?
É também um livro sobre o perdão, sobre a inevitabilidade, sobre a dualidade da vida e da morte...
O meu problema com este livro é que percebi imediatamente onde é que iria parar e não senti grande empatia com o protagonista. Foi tudo muito contado pela rama e demasiado previsível. Mesmo o facto do livro se chamar "Se os Gatos Desaparecessem do Mundo", esperava que estes bichanitos tivessem mais páginas.
Li o livro até ao fim. Não adorei, como já disse anteriormente, mas é um livro fofo. Não perdem o vosso tempo a lê-lo (tem cento e pouquinhas páginas) é isso que quer dizer. Mas se tiverem que escolher entre este livro e outro qualquer, pesem as hipóteses. É um bom livro de praia, por exemplo.
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