O meio do mês é uma altura tão boa como qualquer outra para mostrar as minhas leituras de Abril.
"Ahhh, mas Abril já foi há tanto tempo. É tão mês passado" - oiço-vos a cochichar. Pois, mas Abril foi há 15 dias e Junho é daqui a outros 15, portanto, não me apoquentem e apreciem as sugestões enquanto estou disponível para escrever.
A imagem, claramente, é um print do Goodreads, portanto, a última foto foi do 1° livro que terminei.
Comecemos com Saga. Ainda há fãs por aí? Já vamos no volume 11 e a qualidade continua alta.
Seguimos para Torto Arado de Itamar Vieira Junior. Comprei este livro há umas semanas naquelas caixas da FNAC com livros mais baratinhos, porque têm algum problema. Neste, era a contracapa que estava rasgada.. O que não afeta absolutamente nada a experiência de leitura. Escrevi no Instagram que lee Torto Arado me deu umas "vibes" de Jorge Amado. O que, desde já, é um tremendo de um elogio dado que Amado é um génio (li os Capitães da Areia, na boa, umas cinco vezes).
Falando em Jorge Amado...o tema deste mês para o clube de leitura era ler um livro de um vencedor do Prémio Camões. Inicialmente, separei das minhas estantes, o livro As Meninas de Lygia Fagundes Telles, mas depois lembrei-me de um outro que me iria dar, infinitas vezes, mais gosto: Com o Mar por Meio. Uma amizade em Cartas. Um livro publicado pela Fundação Jorge Amado que nada mais é do que a troca de cartas e faxes entre Amado e Saramago. Uma leitura muito interessante, que espelha a amizade de dois monstros da literatura lusófona. Há passagens simplesmente deliciosas!
Terminei Março com uma mulher e portuguesa. Onde Cantam os Grilos de Maria Isacc, conta-nos a história da família Vaz pelos olhos de Formiga. Formiga era bebé quando foi deixado na Herdade do Lago e desde então que os Vaz, uma família bem estabelecida, são os seus heróis. Como criança que é e tendo a liberdade de circulação que tem, Formiga sabe tudo (ou pensa saber) de cada um dos elementos da família que o acolheu. Mas descobre um segredo que acaba por destruir a própria família e o obriga a deixar a infância para trás definitivamente. O livro é escrito na perspetiva de um Formiga já adulto, na casa dos 30, depois de 20 anos de ausência da Herdade que o viu crescer. Excelente leitura e com uma narrativa com o compasso certo. Gostei muito.
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